Foram coletadas amostras a fim de detectar o tipo de produto vazado
A aparição de uma mancha de óleo no Rio do Sinos fez com que a Corsan interrompesse a distribuição de água em Nova Santa Rita, na região metropolitana, na última segunda-feira. O combustível apareceu justamente onde é feita a captação de água bruta e foi percebido pelos técnicos da empresa logo pela manhã, ao testar a água. Foram coletadas amostras para a realização de testes laboratoriais, a fim de detectar o tipo de produto vazado. O resultado das análises está previsto para sair na manhã de terça-feira (25).
A Corsan alertou a prefeitura da cidade e a Fepam e a patrulha ambiental compareceram durante a tarde para o reconhecimento da área e observaram uma pluma de acúmulo do material, com aproximadamente 15 m de comprimento e vários pontos com iridescência sobre a água. Segundo a Fepam, saber de onde o material veio será complicado, pois ele pode ter se deslocado pela extensão do rio. O órgão também afirma ser cedo para dizer se o ocorrido pode ser considerado crime ambiental ou não.
Cerca de 6.500 economias são abastecidas pela Corsan no município de 30 mil habitantes. Elas ficaram sem água durante o dia, que teve temperatura máxima de 35ºC na cidade. Fernando Rodrigues e Maria das Dores Mendes moram a menos de 100 metros do ponto de captação da Corsan e contaram com a bondade dos vizinhos para conseguir água para passar o dia. “Se não fosse minha vizinha, ficaria sem água. Aí realmente só quem tem poço se salvaria”, disse Maria. Cerca de metade da população de Nova Santa Rita conta com poços artesianos.
Técnicos da Corsan trabalharam a noite para encontrar uma solução. Foto: Fabiano do Amaral
Durante a noite de segunda-feira, a Corsan trabalhava para criar uma barreira no entorno do ponto de captação, de forma que seja possível aspirar o óleo, que está na superfície da água, expurgá-lo e depois captar água do fundo do rio para utilização. Segundo os técnicos, a estiagem dificulta o trabalho. Se o nível da água estivesse alto, seria mais fácil captar a água do fundo. “Se tudo der certo, a ideia é captar água durante a madrugada para reabastecer a cidade já pela manhã”, afirmou Luciano Brandão, Superintendente Adjunto da empresa.
Durante o dia, a Corsan garantiu o abastecimento com caminhão-pipa em locais prioritários da cidade, como postos de saúde, asilos e clínicas. De acordo com Brandão, se não for possível solucionar o problema com a barreira, para terça-feira serão providenciados mais caminhões-pipa, com água levada de Canoas ou Esteio.
Correio do Povo
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