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terça-feira, 25 de janeiro de 2022

Ministério de Minas estuda criação de novas usinas nucleares no país

 Pasta considera a projeção da demanda de energia, as necessidades socioambientais e a atração de novos investimentos


Com o objetivo de aumentar a participação da fonte termonuclear na matriz energética brasileira, o Ministério de Minas e Energia, chefiado por Bento Albuquerque, estuda locais para implementação de novas usinas nucleares no Brasil.

A informação consta no Plano Decenal de Expansão de Energia, cuja consulta pública foi aberta nesta segunda-feira (24). De acordo com o documento, os atributos de confiabilidade de geração, elevado fator de capacidade e livre de emissões de gases causadores de efeito estufa concretizam essa tecnologia como opção.

"O país é privilegiado também na oferta desse combustível, com grandes reservas de urânio, ambientes territoriais estratégicos para alocação das usinas, bem como domínio completo de toda a tecnologia do ciclo do combustível nuclear, desde a mineração até a montagem do elemento combustível", diz.

"Há de se ressaltar também o quadro técnico de pessoas com experiência de sucesso na operação e manutenção das usinas Angra 1 e 2, bem como centros de ensino e pesquisas na área nuclear", acrescenta.

O estudo dos locais para implementação de novas usinas nucleares é feito pelo ministério em conjunto com o Cepel (Centro de Pesquisas de Energia Elétrica), empresa do Sistema Eletrobrás— o convênio tem orçamento de R$ 7 milhões — e considera a projeção da demanda de energia, as necessidades socioambientais e a atração de novos investimentos para viabilizar a construção das usinas.

O PNE estima uma expansão de 8 a 10 gigawatts na oferta de energia nuclear nos próximos 30 anos. Atualmente, o país possui duas usinas: Angra 1 e 2 — a 3, por sua vez, ainda está em fase de construção. Quando entrar em operação comercial, a unidade será capaz de gerar mais de 12 milhões de megawatts-hora por ano, energia suficiente para abastecer as cidades de Brasília (DF) e Belo Horizonte (MG) durante o mesmo tempo.

Em outubro de 2021, o presidente Jair Bolsonaro aprovou resolução do CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) que estabelece as diretrizes para a definição do preço da energia elétrica produzida na usina Angra 3. A aprovação é uma medida necessária para a continuidade do processo de conclusão e exploração da termelétrica, localizada no Rio. O documento prevê que estudos do BNDS (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e viabilidade econômica definirão valores de energia gerada pela usina. A previsão de entrada em operação é no fim de 2026.

Já a Angra 1, primeira usina brasileira, entrou em operação comercial em 1985 e opera com um reator de água pressurizada, o mais utilizado no mundo, e gera energia suficiente para abastecer uma cidade de 1 milhão de habitantes, como São Luís (MA) e Porto Alegre (RS). Angra 2, por sua vez, começou a operar em 2001 e tem capacidade de atender ao consumo de um município de 2 milhões de habitantes, como Belo Horizonte (MG).


R7 e Correio do Povo


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