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terça-feira, 4 de janeiro de 2022

IPTU, salário mínimo, vale-gás: o que vai mexer com o bolso em 2022

 


O brasileiro entra no novo ano com um novo valor para o salário mínimo e para benefícios previdenciários e sociais, e também com a promessa de ampliação do alcance de programas como o Auxílio Brasil, Tarifa Social de Energia e vale-gás.

Depois de um 2021 marcado pela inflação nas alturas e pela forte alta da taxa de juros, 2022 começa com o crédito mais caro e com a pressão de reajustes tradicionais de começo de ano como mensalidades escolares, IPTU, IPVA, e tarifa de transportes públicos.

Veja o que muda em 2022:

Salário mínimo

O salário mínimo será de R$ 1.212. O valor representa uma alta de R$ 112, ou 10,18%, em relação aos R$ 1.100 vigentes ao longo de 2021, sem ganho acima da inflação pelo terceiro ano seguido.

Além de aposentadorias e salários, o novo mínimo vai mudar também os valores de benefícios como PIS/Pasep e seguro-desemprego.

Auxílio Brasil

Os pagamentos de R$ 400 do Auxílio Brasil começaram em dezembro de 2021, mas o substituto do Bolsa Família chega em 2022 com a promessa de inclusão de novos beneficiários, alcançando “cerca de 18 milhões de famílias”.

A terceira parcela do Auxílio Brasil começará a ser paga em 18 de janeiro. Quem recebia a Bolsa Família foi automaticamente incluído no Auxílio Brasil. O Ministério da Cidadania promete adicionar mais 2,7 milhões de beneficiários em janeiro, “zerando a fila de espera do ano de 2021”.

Vale-gás

O novo benefício começou a ser pago em dezembro, no valor de R$ 52, mas apenas nas cidades de Minas Gerais e Bahia atingidas pelas chuvas. O calendário regular de pagamentos começa no dia 18 de janeiro, seguindo as datas do Auxílio Brasil.

Ao todo, cerca de 5,5 milhões estão elegíveis para receber o vale-gás, segundo o Ministério da Cidadania. Os critérios de participação são: famílias inscritas no Cadastro Único com renda per capita menor ou igual a meio salário mínimo e integrantes do Benefício de Prestação Continuada (BPC).

A lei que institui o programa “Auxílio Gás dos Brasileiros” estabelece que os beneficiados terão direito, a cada dois meses, a um valor correspondente a uma parcela de, no mínimo, 50% da média do preço nacional de referência do botijão de 13 kg.

Energia

A partir de 2022, as famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) ou no Benefício de Prestação Continuada (BPC) serão incluídas automaticamente pelas distribuidoras na Tarifa Social de Energia Elétrica.

O subsídio corresponde a um desconto na conta de luz, que varia de 10% a 65%, até o limite de consumo de 220 kWh (quilowatts-hora por mês).

Atualmente, 12,4 milhões de famílias são beneficiadas com a Tarifa Social. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estima que 11,3 milhões de famílias podem ser incluídas no programa a partir de janeiro.

Escola

Entre os reajustes de preços que devem pesar no bolso do consumidor neste começo de ano e manter a inflação pressionada estão os reajustes das mensalidades escolares e dos transportes públicos.

Levantamento mostrou as mensalidades escolares devem subir no País até mais de 12% em 2022, podendo superar a inflação oficial de 2021. Vale lembrar que não existe teto para o reajuste e que cada escola tem autonomia para definir as mensalidades.

IPVA e ônibus

No grupo de preços administrados, aqueles cujos reajustes são regulados e autorizados pelo governo, e que costuma ser impactados pela inflação acumulada no ano anterior, estão o IPVA e as tarifas de ônibus, que ficaram congeladas em vários pontos do país em 2021.

A queda de ofertas de carros novos no Brasil fez os usados valorizarem mais de 20%. E como o IPVA é calculado com base no valor do veículo, não tem jeito: vai ficar bem mais caro em 2022, com reajuste médio de 22%.

A XP projeta uma inflação de 10% nos preços da tarifa de ônibus, em meio à disparada do custo dos combustíveis, que acumulam alta de cerca de 50% em 12 meses.

IPTU

Várias prefeituras já anunciaram reajustes no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). Em São Paulo, por exemplo, a Câmara Municipal aprovou um projeto que corrige o IPTU pela inflação até 2024 com teto de 10%. Ou seja, se a inflação for acima de 10%, só terá correção até esse percentual.

Conta de luz

Outro item que deve continuar caro em 2022 é a conta de luz. Mesmo com reservatórios em recuperação, a tarifa de energia deve seguir elevada. Desde o final de 2021 está em vigor no país a bandeira mais cara do sistema, com adicional de R$ 14,20 por 100 kWh consumidos ao mês. A Aneel decidiu manter acionada em janeiro a bandeira de escassez hídrica.

Em novembro, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) calculou que o reajuste tarifário médio nas contas de luz em 2022 deve ser de 21,04% para cobrir o rombo gerado pela crise energética em 2021.

O Sul

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