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quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

Em meio à forte onda de calor desta semana, termômetros podem registrar até 40 graus no Rio Grande do Sul

 


A forte e rara onda de calor pode fazer com que os termômetros de cidades gaúchas registrem, nesta semana, temperaturas recordes. Meteorologistas não descartam a hipótese de que os habitantes do Oeste do Estado sofram com sensação térmica de até 45ºC  nesta sexta-feira (14) e sábado.

Projeções apontam que as máximas devem chegar a 40ºC em Porto Alegre, Bento Gonçalves e Farroupilha no final da semana. Caxias do Sul poderá ter até 37ºC.

A situação, com impactos tanto sobre os meios urbano quanto rural, é causada por fatores como a estiagem severa que atinge o Rio Grande do Sul, além dos vizinhos Santa Catarina, Paraná, Argentina e Uruguai. Há também a influência do fenômeno “La Niña”, relacionado ao resfriamento das águas do oceano Pacífico.

Com temperaturas até 15ºC maiores que a média para este período do ano, o “forno” gaúcho deve ser amenizado entre domingo (16) e segunda-feira, com a volta da chuva a diversas áreas do mapa gaúcho.

Estatísticas oficiais registradas desde o início da década de 1910 revelam que a temperatura mais alta no Rio Grande do Sul ocorreu em Alegrete (1917) e Jaguarão (1943), ambas na Fronteira-Oeste do Estado, 42,6ºC.

Abastecimento na Capital

A combinação de altas temperaturas e falta de chuva já está afetando parte do sistema de abastecimento de água da em Porto Alegre. Conforme o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), o calor intenso estimula o alto consumo de água e a região abastecida pelo Sistema Belém Novo, área com conhecido déficit, está sentindo o impacto.

Com capacidade para tratar até 1.200 litros por segundo, a estação atual está produzindo em média de 856 litros por segundo: em horários de pico de consumo, esse volume não é suficiente para manter os reservatórios cheios e atender a demanda das zonas Sul, Extremo-Sul, Lomba do Pinheiro e Restinga.

“A estiagem está piorando os sintomas já sentidos nos últimos verões pelo sistema Belém Novo e estamos trabalhando com força máxima para tentar minimizar esses efeitos com as armas que possuímos”, salienta o diretor-geral do Dmae, Alexandre Garcia. Porém, a situação da estiagem supera a nossa capacidade operacional.”

Dentre as séries de medidas que estão sendo adotadas, estão a instalação de comportas para isolar as captações em momentos de maior turbidez do lago Guaíba, a atuação de mergulhadores para melhorar o entorno da captação, manobras de parada de estações de bombeamento para encher os reservatórios e retomar a distribuição, assim como o planejamento de caminhões-pipa para atender as comunidades, em contato com as Subprefeituras.

“Entendemos as dificuldades pelas quais os moradores estão passando, mas pedimos a máxima conscientização da população, para que não desperdicem a água”, complementa Garcia. Conforme o titular da pasta, a solução definitiva para este problema é o novo Sistema de Abastecimento de Água (SAA) Ponta do Arado, que já está em construção e que deve ficar pronto em 2024.

No ponto de captação da água para tratamento, na baía de Belém Novo, a baixa do nível no Guaíba, associada ao vento, tem gerado alta turbidez da água bruta. Ou seja, está mais turva, com mais material particulado próximo às margens, dificultando captação e tratamento.

As unidades de ultrafiltração (UFs), contratadas em 2019 para dar um gás ao tratamento enquanto as obras da Ponta do Arado não ficam prontas, também estão com dificuldades de operação, reduzindo o potencial de tratamento e distribuição de água.

Para se ter uma ideia, a qualidade da água captada normalmente no Guaíba atinge uma média de 30 a 50 unidades de turbidez (NTU). Nas condições atuais, o valor chega a 1.000 NTUs, que é o topo da escala do turbidímetro (medidor).

Quando a água bruta entra na Estação de Tratamento com alta turbidez, é preciso aumentar a dosagem de coagulantes e reduzir a vazão. O objetivo principal é manter o padrão de potabilidade distribuída à população.

O Sul


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