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quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

Câmara de Porto Alegre recua e contingencia valor da cota

 Valor economizado será utilizado para aquisição de testes de Covid-19


A mesa diretora da Câmara de Porto Alegre decidiu, na tarde desta quarta-feira, por unanimidade, contigenciar em 25% o valor das cotas de gabinete. Assim, na prática, o valor da cota que foi reajustado, no início deste ano, em R$  23,7 mil, ficará em R$ 17,5 mil.

Segundo o presidente da Câmara, Idenir Cecchim (MDB), o valor contingenciado será utilizado para a aquisição de testes de Covid-19. Atualmente, em recesso, a Casa tem registrado diversos casos de Covid-19 nos últimos dias. Com isso, o presidente da Casa considera encerrado o assunto. "Voltamos atrás para o dar o exemplo", disse. Reforçou ainda que irá solicitar aos vereadores que os valores economizem ainda dentro da cota, para que os valores possam ser investido em outras áreas. 

Até o momento, os demais vereadores - fora os integrantes da mesa diretora - não foram informados das alterações, mas Cecchim acredita que não deverá ser um problema. "A grande maioria não gasta muito". 

A decisão gerou repercussão entre os vereadores. "Parabéns à nova mesa diretora da Câmara (...), que decidiu não subir a verba de gabinete dos vereadores para R$ 23 mil, voltando a contingenciar no atual patamar de R$ 17 mil - valor mais que suficiente", publicou o vereador Felipe Camozzato (Novo).




O tema do aumento da verba de gabinete não é o único que será enfrentado. Cecchim solicitou levantamento sobre gastos desnecessários às atividades dos vereadores. Entre elas, por exemplo, os gastos com selos. “Não se trata de casos de corrupção, mas de iniciativas que podem auxiliar na melhor aplicação dos gastos do parlamento”, disse Cecchim à coluna. O recuo é um belo exemplo, em qualquer tempo, ainda mais em cenário onde não há espaço nem mesmo para pequenos desperdícios. 

No último sábado, o Correio do Povo divulgou o levantamento onde revelou que os 36 vereadores da Capital gastaram R$ 936 mil de cota parlamentar em 2021. Nas despesas, as quantias com indenização por uso de veículo próprio e serviço com correios foram as categorias em que os valores foram mais elevados. 

Por parte dos parlamentares, Jonas Reis (PT) e Márcio Bins Ely (PDT), presidente da Casa à época, foram, com R$ 87 mil cada, os que mais utilizaram da cota. Enquanto que Kaká D'Ávila e Ramiro Rosário, ambos do PSDB, não utilizaram nada.

Correio do Povo

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