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terça-feira, 16 de novembro de 2021

Pix incentiva pequenos negócios; empreendedores dão descontos para incentivar pagamentos instantâneos

 


Desde que o Pix começou a funcionar, há um ano, a empresária Roberta Almeida incentiva os clientes de sua loja Objetos do Coração, na Vila Olímpia, em São Paulo, a usarem o sistema de pagamentos instantâneos. Apesar de uma resistência inicial dos clientes, ela diz que a aceitação é crescente, na loja física e na operação on-line.

No comércio eletrônico, 20% dos pagamentos do negócio dela vêm do Pix. Roberta pretende usar a promoção da Black Friday, no próximo dia 26, para dar mais um estímulo ao uso do Pix. Só terá direito ao desconto de 50% nos itens com formatos e estampas de coração da loja quem optar por este meio de pagamento.

Para a empresária, além da economia com tarifas, a agilidade das transações faz a diferença para pequenos negócios como o dela: “Tivemos vários benefícios, não tem uma taxa, melhora para o cliente. Aqueles que querem receber rápido não precisam esperar a compensação de dois dias (do boleto), além de também ter o caso de pessoas que geram o boleto e deixam de pagar.”

Roberta não é a única empreendedora atraída pelo Pix. As facilidades do sistema de pagamentos têm funcionado como um incentivo à formalização de pequenos negócios. Para microempreendedores individuais (MEIs), a vantagem é ainda maior porque o Pix é gratuito, assim como para pessoas físicas. No caso das empresas, as tarifas são negociadas com a instituição financeira com a qual operam.

A 12ª edição da Pesquisa de Impacto da Pandemia do Coronavírus nos Pequenos Negócios, realizada pelo Sebrae, apontou que 77% das micro e pequenas empresas adotaram o Pix, principalmente no comércio. O estudo também mostra que os negócios que adotaram o Pix sofreram menos na travessia da crise provocada pela pandemia.

Tiveram queda de faturamento de 33%, menor que os 44% das empresas que não aderiram ao novo meio de pagamentos. Integrantes do Ministério da Economia acreditam que o Pix até contribuiu para o aumento da arrecadação de impostos do governo federal, que deve fechar o ano em R$ 300 bilhões acima do previsto.

O presidente do Sebrae, Carlos Melles, concorda que o Pix é um incentivo à formalização, com reflexos positivos no aumento das contribuições para Previdência e da emissão de notas fiscais:

“Cada dia mais cresce a consciência do brasileiro de que é melhor estar formalizado e, por conta disso, ter conta em um ou mais bancos e acesso à tecnologia.”

Os benefícios do Pix para os pequenos negócios estão na redução dos gastos com tarifas, mas também no fato de que o pagamento instantâneo agiliza a entrega de produtos vendidos on-line. E ainda tem a melhora no fluxo de caixa dos empreendedores, que veem o dinheiro na conta logo após a venda. Para Melles, a tendência é o Pix ganhar terreno frente a outras opções de pagamento:

“O Pix está em todo lugar, no delivery, na marmitaria, na manicure, na pedicure, na academia. É impressionante. Passar um Pix virou moda.”

Está também na loja de Patrícia Kelly, moradora de Feira de Santana, na Bahia. Ela conta que optou pelo Pix imediatamente no seu Ateliê Sweet Home, que tem como carro-chefe a decoração de mesa, porque percebeu que seria uma facilidade para o cliente e para a empresa. Antes do Pix, oferecia a opção de boleto ou transferência bancária, além do cartão parcelado.

Ela conta que muitos potenciais clientes desistiam da compra por causa da tarifa ou porque perdiam o vencimento do boleto já emitido. Com o Pix, que se tornou o segundo meio de pagamento da sua loja, a empresária sentiu melhora no fluxo de caixa: “Depois do cartão parcelado, é o Pix. Transferências e boletos hoje são muito poucos.”

Em Maringá, no Paraná, o Pix também mexeu com os negócios de Isolene Niedermeyer, que lidera uma fábrica de lingeries e uma escola de confecção chamada Cia. Magistral. Ela lembra que antes era importante ter relacionamento com vários bancos para oferecer melhores alternativas de pagamento para os clientes, o que mudou com o Pix. “Diminuiu muito a emissão do boleto à vista, que tem a taxa. Com o Pix, encontrei uma forma de receber sem pagar taxa”, conta a empresária.

Isolene também viu benefícios na outra ponta, nas transações com fornecedores. Não precisa mais usar a estratégia de acumular transferências em TEDs ou sacar dinheiro da conta para ir até o banco do fornecedor depositar para se livrar das tarifas, conta: “O Pix foi uma coisa maravilhosa para pagar fornecedores e funcionários.” As informações são do jornal O Globo.

O Sul

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