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sábado, 20 de novembro de 2021

Cresce preocupação sobre paradeiro da tenista chinesa Peng Shuai

 Campeão chinesa desapareceu após ter acusado uma ex-autoridade do país de tê-la forçado a manter relações sexuais


Das Nações Unidas às organizações de tênis, aumentam os pedidos para que a China esclareça o desaparecimento da tenista Peng Shuai, que não dá sinal de vida desde o início de novembro. A Organização das Nações Unidas (ONU) pediu nesta sexta-feira evidências de que a campeã de tênis chinesa, que desapareceu após ter acusado uma ex-autoridade do país de tê-la forçado a manter relações sexuais, está bem.

"Seria importante ter provas de onde ela está e saber se ela está bem. Solicitamos veementemente que uma investigação seja realizada com total transparência sobre suas acusações de agressão sexual", declarou uma porta-voz do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, Liz Throssell, durante uma coletiva de imprensa em Genebra.

"Pedimos uma investigação com total transparência. Isso deve ser o caso para todas as acusações de agressão sexual", insistiu Liz, destacando que "as agressões sexuais existem em todas as sociedades".

Peng Shuai, de 35 anos, acusou nas redes sociais o ex-vice-primeiro-ministro Zhang Gaoli – que de 2013 a 2018 foi um dos sete políticos mais poderosos da China - de tê-la forçado a ter relações sexuais há três anos e de tê-la feito sua amante.

"Queremos enfatizar que é importante saber onde ela está, em que estado está e como está", repetiu Throssell.

Mundo do tênis mobilizado

A WTA, organização que lidera o tênis feminino mundial, exigiu uma investigação "transparente e justa". Seu diretor, Steve Simon, destacou na rede CNN a possibilidade de retirar as competições do país.

"Estamos prontos para retirar nosso negócio e enfrentar todas as complicações derivadas, porque isso é mais importante do que negócios", disse Simon.

As consequências podem ser importantes para a organização, já que a China é um de seus principais parceiros com uma dezena de torneios, alguns deles muito lucrativos, que acontecem em solo chinês a cada temporada.

Nos últimos dias, várias personalidades do tênis mundial expressaram sua preocupação com Peng Shuai no Twitter, usando a hashtag #WhereIsPengShuai.

O número 1 do mundo, Novak Djokovic, chamou o assunto de "chocante" no início da semana; Naomi Osaka disse que estava "surpresa com a situação" e Serena Williams disse estar "devastada".

França e Wimbledon preocupados

Peng Shuai postou suas alegações em 2 de novembro em sua conta oficial do Weibo, o equivalente chinês do Twitter, antes que a China bloqueasse qualquer referência a esta mensagem. A AFP não conseguiu confirmar se a mensagem foi escrita por ela mesma.

Desde então, a tenista - que já foi campeã de duplas em Wimbledon e Roland Garros - não voltou a aparecer em público. Um e-mail atribuído a ela pela mídia oficial chinesa foi divulgado na quinta-feira, mas sua autenticidade foi contestada por Steve Simon.

Na mensagem supostamente enviada por Peng, ela afirma que as acusações de abusos sexuais "não eram verdadeiras" e que está "descansado em casa e está tudo bem".

A exemplo das Nações Unidas e do mundo do tênis, a França também se declarou "preocupada com a falta de informação sobre a situação de Peng Shuai, que preocupa a comunidade internacional e o meio esportivo", em nota divulgada sexta-feira pelo ministério de Relações Exteriores.

Por sua vez, a Lawn Tennis Association, organizadora do torneio de Wimbledon, considerou nesta sexta-feira que a situação era "preocupante" e disse em um comunicado que havia "escrito à WTA para oferecer (sua) ajuda em seus esforços para estabelecer a segurança e o bem-estar de Peng Shuai".


AFP e Correio do Povo


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