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sábado, 20 de novembro de 2021

Áustria confina população e vacina anticovid será obrigatória em fevereiro

 População não vacinada terá que respeitar confinamento a partir de segunda-feira



A população da Áustria, incluindo as pessoas já vacinadas contra a Covid-19, terá de respeitar um confinamento a partir da próxima segunda-feira, devido ao ressurgimento da pandemia no país, anunciou o chanceler conservador Alexander Schallenberg nesta sexta-feira.

Depois de ter instaurado, há poucos dias, o confinamento para não vacinados, a Áustria se tornará o primeiro país da União Europeia (UE) a adotar uma medida tão drástica.

Após uma reunião com as autoridades regionais, Schallenberg anunciou ainda que a vacinação contra o coronavírus será obrigatória na Áustria a partir de 1º de fevereiro de 2022. "Temos que olhar a realidade de frente", disse o chanceler.

"Não conseguimos convencer as pessoas o suficiente para se vacinarem", afirmou, explicando que as unidades de terapia intensiva já estão passando por uma situação crítica. "Aumentar o número de vacinados é a única maneira de sair deste círculo vicioso", justificou, explicando que esta medida será uma espécie de "passe de saída" da pandemia.

A Áustria, que já estabeleceu o confinamento para os não vacinados desde a última segunda-feira, vai ampliar a medida a partir desta segunda-feira para todos os vacinados e por 20 dias. Segundo o chanceler, a decisão "não foi fácil" e será reavaliada em dez dias. Schallenberg admitiu que está pedindo "muito" às pessoas vacinadas porque "muitas pessoas não mostram solidariedade".

Embora um número crescente de países imponha um certificado de vacinação para alguns setores, como pessoal de saúde, poucos no mundo exigem que toda a sua população adulta seja vacinada. É o caso de dois Estados autoritários da Ásia Central, Tadjiquistão e Turcomenistão, e no Vaticano.

O território francês da Nova Caledônia, no Pacífico, que tem autonomia significativa, também decidiu tornar a vacinação obrigatória a partir do final de dezembro.

Mercados de Natal cancelados

Vários países europeus registram um aumento preocupante nos casos de coronavírus e decidiram endurecer as restrições nos últimos dias.

Na Alemanha, a autoridade sanitária considerou "insuficiente" o plano de ação anticovid anunciado pelas autoridades na quinta-feira e a Bavária decidiu cancelar os mercados de Natal.

Na Grécia, os não vacinados estão proibidos de entrar em lugares fechados, exceto em restaurantes.

Dos 8,9 milhões de habitantes do país, 66% estão totalmente vacinados, um percentual ligeiramente inferior à média europeia, apesar de o país ter adotado o passaporte sanitário na primavera boreal (outono no Brasil).

Por enquanto, as escolas permanecerão abertas, mas os pais são incentivados a deixar seus filhos em casa se puderem e são incentivados a trabalhar à distância.

As recentes medidas adotadas pelo governo já tiveram um efeito positivo, com o aumento do número de pessoas que solicitaram marcação para serem vacinadas. Ainda assim, o número de casos de Covid-19 continua crescendo, com 16 mil novas infecções nas últimas 24 horas.

Ditadura

"Temos muitas forças políticas neste país que se opõem veementemente" à vacinação, criticou o chanceler, denunciando um "ataque ao sistema de saúde austríaco".

No sábado, o partido de extrema direita FPÖ convocou uma manifestação em Viena. Seu líder, um convicto militante antivacinas, testou positivo para o coronavírus e não poderá participar. "A Áustria agora é uma ditadura", disse Herbert Kickl nesta sexta-feira sobre as novas medidas anunciadas pelo governo.

Em Viena, artesãos que vendem seus produtos nos mercados de Natal se preparavam para encaixotar tudo apenas uma semana após o início das feiras. "É injusto que os 70% que foram vacinados tenham que se confinar por causa dos 30% que não foram vacinados", disse Markus Horvarth. Irritado, este comerciante de joias de madeira disse não ter muita esperança de que o mercado reabra em meados de dezembro e acredita que o bloqueio será "prolongado".

"Eu ganho metade da minha renda aqui", disse Christian Edlmayr em outro estande. "Isso vai ser muito, muito difícil."

AFP e Correio do Povo


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