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quarta-feira, 24 de novembro de 2021

Após adiamento, PL anuncia filiação de Bolsonaro para o dia 30; presidente diz que o assunto está “praticamente resolvido”

 


A filiação do presidente Jair Bolsonaro ao Partido Liberal (PL) será oficializada no próximo dia 30 de novembro, às 10h30min. O anúncio foi feito no final da tarde desta terça-feira (23), em nota divulgada pela assessoria do partido.

“A definição da data é produto de encontro que, na tarde de hoje, 23, reuniu o presidente da República e o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto”, informou a sigla. O evento ocorrerá em Brasília, no Complexo Brasil 21, região central da capital.

Mais cedo, em entrevista a uma rádio da Paraíba, Bolsonaro havia dito que estava tudo “praticamente resolvido” entre ele e Costa Neto.

A filiação de Bolsonaro ao PL deveria ter ocorrido no último dia 22, mas foi adiada de comum acordo entre as partes por causa de indefinições sobre a composição dos palanques estaduais nas eleições do ano que vem. A principal demanda de Bolsonaro é garantir uma candidatura própria do partido ao governo de São Paulo. No estado, no entanto, o PL se encaminhava para apoiar a candidatura do atual vice-governador, Rodrigo Garcia (PSDB).

Durante a tarde, o senador Wellington Fagundes (PL-MT), líder do partido no Senado, esteve no Palácio do Planalto e afirmou, após deixar o local, que o impasse em torno de uma candidatura própria do PL em São Paulo estaria resolvido.

“São Paulo está totalmente encaminhado. Provavelmente a candidatura do ministro Tarcísio [Freitas] a governador”, disse. Titular do Ministério da Infraestrutura e um dos auxiliares mais próximos de Bolsonaro, Tarcísio Freitas poderá ser o candidato do presidente ao governo em São Paulo.

O PL integra a base do governador de São Paulo, João Doria, e se comprometeu a apoiar Garcia na disputa pela sua sucessão, em 2022. Agora, a cúpula do partido promete abandonar a aliança para abrigar Bolsonaro.

O chefe do Executivo também minimizou as pré-candidaturas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ex-juiz da Lava Jato Sérgio Moro (Podemos) ao Palácio do Planalto. “Não estou preocupado com isso. O povo que escolha o melhor”, afirmou. “A grande maioria da população não quer a volta do Lula. A gente vai para debate? Vai. Debato com Lula sem problema nenhum.”

Bolsonaro também classificou como “censura” a desmonetização de canais que divulgam fake news, ordenada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Mas, na sua avaliação, o veto de hoje é muito pior do que a ditadura militar praticou contra a imprensa.

“Esse tipo de censura não existia no período militar. O que não era permitido, muitas vezes, era uma matéria ser publicada. Daí o pessoal botava lá uma receita de bolo, um espaço em branco”, disse o presidente, que apoiou o regime. “Censura, naquele momento lá, mas nem se compara com o que está acontecendo no Brasil.”

Ao longo da resposta, Bolsonaro tentou justificar a censura. “Aí você vai naquela matéria que foi censurada (e pergunta): Foi censurada por quê? Não tinha razão de ser; era porque davam recados, naquela época, para seus comparsas aqui no Brasil, através daquele tipo de matéria”, declarou. As informações são da Agência Brasil e do jornal O Estado de S.Paulo.

O Sul

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