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segunda-feira, 12 de julho de 2021

Prefeitura de Porto Alegre pede ao governo federal a doação do prédio da Usina do Gasômetro

 


A prefeitura de Porto Alegre solicitou que o governo federal doe ao município o prédio da Usina do Gasômetro, na orla do Guaíba no Centro Histórico. Cedido por tempo indeterminado desde 1982, o imóvel pertence à Eletrobras, estatal incluída no programa de privatizações.

Conforme o chefe do Executivo da capital gaúcha, Sebastião Melo, esse vínculo com uma empresa que pode trocar de mãos em um futuro próximo é motivo de preocupação, principalmente se levada em conta a relevância cultural da usina, um dos mais significativos cartões postais da cidade.

Um documento com o pedido foi entregue por ele a Jair Bolsonaro no sábado (10), pessoalmente, durante a visita do presidente da República a Porto Alegre. Na ocasião, Melo declarou:

“A Usina do Gasômetro é um dos espaços culturais com maior simbolismo da nossa cidade, por isso entregamos esse pedido de doação pessoalmente ao presidente Jair Bolsonaro”.

Já o titular da Secretaria Municipal de Administração e Patrimônio, André Barbosa, associou a importância do prédio histórico ao desenvolvimento local: “Atualmente em reforma e modernização por parte do Município, a Usina do Gasômetro pode se transformar em um novo marco de inovação”.

História

Inaugurado em 1928 e desativado como usina em 1974, o prédio entrou a partir daí em rápido processo de deterioração. Após algumas tentativas de demolição, evitadas a partir da reação da sociedade, em 1982 a Eletrobrás transferiu para o município o uso do terreno, por tempo indeterminado.

Naquele mesmo ano, a chaminé (erguida em 1937) foi tombada como Patrimônio Histórico e Cultural do Município e em 1983 a medida passou a abranger todo o prédio. Surgiu então a ideia de transformar o seu espaço em Museu do Trabalho.

Já em 1988, na administração do prefeito Alceu Collares, foram iniciadas as obras de reciclagem da Usina, com o propósito de transformá-la em um centro de formação de mão-de-obra.

No ano seguinte, já sob a gestão de Olívio Dutra, uma comissão formada com representantes do governo e da sociedade civil determinou a destinação do imóvel como espaço cultural, com múltiplas atividades. O plano se concretizou com a inauguração de um centro cultural, no final de 1991.

Revitalização

Com um investimento de quase R$ 14 milhões, a Usina do Gasômetro passa por uma de suas maiores intervenções até hoje. A conclusão está prevista para o primeiro semestre do ano que vem.

A obra, executada pelo Consórcio RAC/Arquibrasil, deve entregar equipamentos atualizados sem deixar de manter a essência de exibição de espetáculos experimentais, com diversas áreas de exposição e espaços multiuso, sala de dança e áreas técnicas.

Para maior segurança, também está prevista a modernização da infraestrutura do prédio, contando com espaços 100% acessíveis. Trará, ainda, assentos e pergolados para apreciar o Guaíba, bem como duas novas escadas, restaurante com vista panorâmica no quarto andar e café voltado para a Rua da Praia.

“Estudei a Usina do Gasômetro na minha dissertação de mestrado nos anos 1990 e também colaborei na elaboração do memorial. A usina é a joia da orla, no coração da cidade”, ressalta o secretário municipal da Cultura, Gunter Axt.

O Sul


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