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domingo, 16 de maio de 2021

Bolsonaro reforça crítica a medidas de isolamento: poderá haver "infinitas ondas" de Covid-19

 Presidente também sobre voto impresso contra vitória "na fraude" de Lula em 2022




O presidente Jair Bolsonaro disse neste sábado que poderá haver "infinitas ondas" de novo coronavírus e voltou a criticar governadores por adotarem medidas de isolamento social. As práticas são as únicas com comprovado controle da disseminação do vírus. "Já se fala em terceira onda, se vier a terceira onda, temos a quarta, quinta, sexta, infinitas ondas", afirmou, em discurso a apoiadores em ato na Esplanada dos Ministérios. Ele também voltou a pressionar pel o voto impresso nas próximas eleições. Sem isso, conforme Bolsonaro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai ganhar "pela fraude".

"Lamentamos as mortes por Covid, bem como as demais mortes no Brasil, mas devemos enfrentar o problema. Não é ficando embaixo da cama ou em casa que vamos solucionar esse problema. Tem uma passagem bíblica que diz: 'se você for frouxo na hora da angústia, tua força é pequena'", frisou o presidente.

No evento, Bolsonaro não usou máscara e promoveu aglomerações de milhares de pessoas, muitas também sem máscaras. Ele confirmou que vai participar, no próximo dia 23, da posse do novo presidente do Equador, Guillermo Lasso, mas disse que antes vai dar um "passeio de motocicleta" no Rio de Janeiro, contrariando recomendações "de 100%" de sua equipe. "Embarco para o Equador, um país que deu uma guinada à direita. Um presidente eleito democraticamente, que tem princípios e valores muito parecidos com os nossos aqui no Brasil".

Já a manifestação sobre o voto impresso ocorre após a publicação de pesquisas eleitorais que apontam uma vitória de Lula no caso de uma disputa com Bolsonaro no segundo turno. Ele subiu os ataques ao petista, que chamou de "canalha" e "bandido de nove dedos". Além disso, insinuou que há um conluio entre Lula e o Supremo Tribunal Federal (STF) para que o adversário ganhe as eleições presidenciais do ano que vem.

"Queremos eleições em 2022 onde o voto possa ser auditado. Se tiraram da cadeia o maior canalha da história do Brasil, se para esse canalha foi dado o direito de concorrer, o que me parece é que se não tivermos o voto auditável, esse canalha, pela fraude, ganha as eleições do ano que vem. Não podemos admitir um sistema eleitoral que é passível de fraude", afirmou Bolsonaro.

O presidente estava em um palco acompanhado dos ministros Tarcísio Gomes Freitas (Infraestrutura), Gilson Machado (Turismo), Tereza Cristina (Agricultura e Pecuária), Walter Braga Netto (Defesa), Anderson Torres (Justiça e Segurança Pública) e Ricardo Salles (Meio Ambiente). O ato é organizado por produtores rurais e caminhoneiros. O presidente chegou de cavalo à Esplanada.

Pela terceira vez em apenas dois dias Bolsonaro fala sobre Lula virar seu sucessor no Planalto. Pesquisa do instituto Datafolha, divulgada na última quarta-feira, mostra que o petista lidera a disputa presidencial com 41% das intenções de voto, contra 23% de Bolsonaro.

Agência Estado e Correio do Povo



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