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sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

Biden marca posição contrária a Trump, com retorno dos EUA à OMS

 Presidente americano reafirmou que o combate à pandemia seria uma de suas prioridades



O novo governo dos Estados Unidos, com visão oposta a do ex-presidente Donald Trump, fez nesta quinta-feira seu grande retorno à Organização Mundial da Saúde (OMS), garantindo seu apoio e elogiando seu papel de liderança na luta contra a pandemia de coronavírus. 

Menos de 24 horas após sua posse, o novo presidente americano, Joe Biden, marcou sua diferença em relação ao seu antecessor, que sempre minimizou a pandemia de Covid-19 e rejeitou a Organização Mundial da Saúde, chamando-a de "fantoche" da China, ao trazer o imunologista Anthony Fauci para uma reunião do conselho executivo da organização sanitária.

Em seu discurso, Fauci, que já era membro da célula de crise do presidente Trump e que foi nomeado conselheiro por Joe Biden, anunciou que os Estados Unidos "pretendem cumprir suas obrigações financeiras para com a organização". Ele também "agradeceu à Organização Mundial da Saúde por seu papel de liderança na resposta global de saúde pública a esta pandemia".

E, disse ele, "os Estados Unidos estão prontos para trabalhar em parceria e em solidariedade para apoiar a resposta internacional à Covid-19, para mitigar seu impacto no mundo, para fortalecer nossas instituições, avançar na preparação para futuras epidemias, e melhorar a saúde e o bem-estar de todos os povos do mundo".

Balanço simbólico, o número de mortes causadas pela Covid-19 nos Estados Unidos excedeu nessa quarta-feira o de soldados americanos falecidos durante a Segunda Guerra Mundial: a maior potência mundial já lamenta 405.400 vítimas fatais desde o início da pandemia. País mais enlutado em termos absolutos, os Estados Unidos também são o mais afetado em termos de número de casos (mais de 24,4 milhões).

Joe Biden reafirmou que o combate à pandemia seria uma de suas prioridades. Entre as primeiras medidas, ele ordenou o retorno dos Estados Unidos à OMS. "Ontem (quarta-feira), o presidente Biden assinou cartas retratando o anúncio do governo anterior de se retirar da Organização, e essas cartas foram encaminhadas ao secretário-geral das Nações Unidas e a você, caro amigo, o chefe da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus", declarou Fauci.

Tedros conversou com a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, nesta quinta-feira. "Agradeci a ela e ao presidente Joe Biden por seu compromisso com a OMS e a saúde global", tuitou.



"Família de nações" 

Fauci anunciou que o presidente Biden deve emitir, ainda hoje, uma diretriz em que anunciará a intenção dos Estados Unidos de aderir ao dispositivo Covax, criado pela OMS para distribuir vacinas contra a Covid-19 em países desfavorecidos. "Este é um grande dia para a OMS e um grande dia para a saúde global", respondeu o chefe da OMS. "A OMS é uma família de nações e todos nós estamos felizes que os Estados Unidos permaneçam na família. Somos uma família", acrescentou.

Em julho passado, Washington, que havia denunciado a "má gestão" pela OMS da pandemia e sua complacência com a China, lançou oficialmente o procedimento para a retirada americana da instituição, pesando sobre as escassas finanças da OMS. Falando sobre a missão internacional de especialistas da OMS que está atualmente na China para investigar as origens do novo coronavírus, Fauci desejou que a investigação seja "robusta e clara".


AFP e Correio do Povo

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