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sábado, 19 de dezembro de 2020

Melo, Gomes e vereadores são diplomados pelo TRE

 Com as medidas de restrição, metade dos novos vereadores eleitos foi diplomada presencialmente no TRE



Em uma sessão inédita, em função das medidas de restrições por causa da pandemia, o prefeito eleito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), o vice, Ricardo Gomes (Dem), e os vereadores eleitos foram diplomados na tarde desta sexta-feira em evento híbrido, que durou menos de uma hora. No plenário do TRE-RS, estavam presentes apenas um representante de cada partido (18), sendo o mais votado ou o indicado pela bancada, e já a outra parte foi diplomada virtualmente. Apenas o vereador Clàudio Janta (Solidariedade) não compareceu por estar em isolamento após a confirmação da Covid-19. 

Único dos eleitos a discursar, Melo encerrou a sua fala garantindo que haverá vacina contra o coronavírus em Porto Alegre, mesmo se o governo federal não providenciar. Ressaltou que apenas com a imunização é possível retomar à normalidade. “Vamos fazer um esforço para ter vacina”, disse, reforçando que “vamos tirar dinheiro de onde não pode tirar”, complementou o prefeito eleito, em relação a uma compra por meio de um consórcio com outras cidades. 

Antes da coletiva, Melo disse já ter secretários escolhidos para o seu governo, mas que o anúncio só ocorrerá depois da escolha do novo titular da Saúde. Afirmou que espera anunciar o ocupante do cargo até a próxima segunda-feira. Garantiu que o profissional terá caráter técnico e que, de preferência, poderá vir da própria Secretaria Municipal de Saúde. Melo adiantou ainda que já trabalha para ampliar leitos e reabrir hospitais, como o Beneficência Portuguesa e Parque Belém. “Minha posição segue a mesma. Com protocolos, a cidade não irá fechar”, enfatizou. 

Além da saúde, disse que as suas maiores preocupações na prefeitura são, neste momento, a educação, com a necessidade de encerrar o atual ano letivo e o início do próximo, e o transporte pública. Por pouco mais de dez minutos, Melo também ressaltou a importância da diversidade dos integrantes da Câmara de Vereadores. Defendeu ainda mudanças amplas na política brasileira, como uma reforma e até a possibilidade de o voto ser facultativo. 

Em sua fala, o presidente do TRE-RS, desembargador André Villarinho, ressaltou que as eleições deste ano foram realizadas em meio a uma das maiores  crises já enfrentadas na história moderna. “A democracia está de parabéns”, afirmou, relembrando os esforços feitos pela Justiça Eleitoral para a concretização do pleito com a segurança necessária. Em função da pandemia, coube aos juízes de cada localidade definir a maneira como a diplomação foi realizada. 

“Corrupto é um serial killer”

O juiz Eleitoral Coordenador da Totalização e Diplomação em Porto Alegre, José Luiz John dos Santos, destacou que os eleitos não terão “dias fáceis no caminho”, em função das crises sanitária, econômica e fiscal. “Receberão Porto Alegre com várias carências a serem resolvidas... Têm como missão alterar essa realidade ou, ao menos, atenuá-la”, disse aos eleitos ao Legislativo e Executivo, pedindo respeito aos conceitos previstos na Constituição. “A improbidade administrativa é vizinha da corrupção. Corrupto é um serial killer que mata milhares de pessoas com um único gesto de dilapidação do patrimônio público”, complementou. 

Destacou ainda a importância da cerimônia. “A diplomação enquanto parte do processo administrativo de organização das eleições é a última etapa da atuação da Justiça Eleitoral. É o ato pelo qual a Justiça atesta que o candidato foi efetivamente eleito pelo povo e, por isso, está apto a tomar posse no cargo.” O próximo passo é a posse, que ocorrerá no próximo dia 1º de janeiro de 2021.


Correio do Povo

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