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sábado, 12 de dezembro de 2020

Abin fez relatórios para defender Flávio Bolsonaro, aponta revista

 Senador é acusado de participar de esquema de "rachadinhas" na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro



A Abin (Agência Brasileira de Inteligência) produziu pelo menos dois relatórios para ajudar a defesa de Flávio Bolsonaro no "caso Queiroz", em que o atual senador é acusado de participar de um suposto esquema de "rachadinhas" na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro). As informações foram reveladas pela revista Época. Flávio foi denunciado por lavagem de dinheiro, peculato e organização criminosa. 

Segundo a revista, em dois documentos, a Abin detalha como funcionava a suposta organização criminosa que atuava na Receita Federal. De acordo com as suspeitas dos advogados de Flávio Bolsonaro, o grupo teria levantado dados de forma minuciosa para fornecer o relatório que deu início ao inquérito das rachadinhas. 

Em um dos documentos, de acordo com a matéria revista, a Abin deixa claro o objetivo por trás do relatório: “Defender FB (Flávio Bolsonaro) no caso Alerj demonstrando a nulidade processual resultante de acessos imotivados aos dados fiscais de FB”. Ambos os documentos teriam sido encaminhados via WhatsApp para Flávio e, depois, repassados para sua advogada Luciana Pires. 

Conforme a Época, neste primeiro relatório, em que é especificada a finalidade de "defender FB no caso Alerj", a Abin orienta a defesa do filho do presidente da República a adotar uma "linha de ação" que começasse mostrando "acessos imotivados anteriores (arapongagem)". 

“A dificuldade de obtenção da apuração especial (Tostes) e diretamente no Serpro é descabida porque a norma citada é interna da RFB (Receita Federal) da época do responsável pela instalação da atual estrutura criminosa — Everardo Maciel. Existe possibilidade de que os registros sejam ou já estejam sendo adulterados, agora que os envolvidos da RFB já sabem da linha que está sendo seguida”, diz o relatório, revelado pela revista, referindo-se a José Tostes Neto, chefe da Receita.

A investigação do caso começou depois do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) identificar movimentações bancárias atípicas no nome de Queiroz, apontado como operador do esquema de "rachadinhas" que supostamente ocorria no gabinete de Flávio Bolsonaro, na Alerj. 


R7 e Correio do Povo

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