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sexta-feira, 3 de julho de 2020

UE autoriza uso do antiviral remdesivir contra coronavírus

OMS aletra para falta de estudos que comprovem eficácia do medicamento na luta contra Covid-19

Medicamento já é autorizado em outras regiões do mundo

A Comissão Europeia autorizou provisoriamente na manhã desta sexta-feira o uso do antiviral remdesivir para o tratamento de pacientes com coronavírus na União Europeia (UE), após a aprovação da Agência Europeia de Medicamentos (EMA). O comissário executivo concedeu uma "autorização condicional de venda para o medicamento, tornando-o o primeiro remédio autorizado a nível da UE para o tratamento da Covid-19", de acordo com comunicado.
"Nós concedemos essa autorização menos de um mês após o envio do pedido", disse a comissária de saúde Stella Kyriakides, para quem isso demonstra "a determinação da UE em responder rapidamente" a novos tratamentos.
O grupo autorizou condicionalmente a comercialização do medicamento, cujos benefícios podem ser maiores que seus riscos, apesar de ainda não existirem dados completos.
Na quinta-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) havia alertado para a falta de pesquisas e estudos que comprovassem a eficácia do remdesivir contra a Covid-19.
No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou no fim de junho o estudo com o medicamento em 105 pacientes hospitalizados com pneumonia grave causada pelo novo coronavírus. A autorização foi solicitada pela empresa PPD Pesquisa Clínica.
O uso do remdesivir já foi autorizado em casos de emergência nos Estados Unidos e no Japão. Em sua recomendação, antes da autorização da Comissão com a aprovação dos 27 países europeus, a EMA propõe seu uso para adultos e adolescentes a partir de 12 anos que sofrem de pneumonia e precisam de oxigênio.
Na segunda-feira, o Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS, na sigla em inglês) anunciou que os EUA compraram quase todo o estoque mundial de remdesivir. De acordo com o HHS, a administração de Donald Trump fechou um "acordo incrível" com o laboratório Gilead, por 500 mil ciclos do medicamento nos próximos 3 meses. A compra dos EUA é equivalente a 100% da produção projetada pelo laboratório para julho e 90% do total a ser produzido em agosto e setembro.

Agência Estado e Correio do Povo

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