Se pacote não for votado, "o aumento será bastante elevado", afirma Marchezan

Prefeito visitou na tarde desta quinta-feira a presidência da Câmara de Vereadores de Porto Alegre para tratar do pacote que pretende baratear a passagem de ônibus

Por Gabriel Guedes

Prefeito Nelson Marchezan Júnior, à esquerda, foi recebido pelo presidente da Câmara de Vereadores, Reginaldo Pujol (DEM), em encontro sob os olhares de alguns parlamentares da Capital

Prefeito Nelson Marchezan Júnior, à esquerda, foi recebido pelo presidente da Câmara de Vereadores, Reginaldo Pujol (DEM), em encontro sob os olhares de alguns parlamentares da Capital | Foto: Guilherme Testa

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Depois de não comparecer na primeira sessão ordinária da Câmara de Vereadores, que marcou a retomada dos trabalhos deste ano legislativo, na segunda-feira passada, o prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior (PSDB), fez, na tarde desta quinta-feira, uma visita de cortesia. O presidente da Casa, vereador Reginaldo Pujol (DEM), o recebeu no Salão Nobre Dilamar Machado. Apesar do clima aparentemente descontraído, o encontro, que serviu, de acordo com Pujol, para estreitar as relações com os parlamentares, tratou de dois assuntos tensos: o pacote “transporte cidadão” e a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) do Ministério Público que questiona a lei que rege o mobiliário urbano.

Na última segunda, um dos sete projetos do pacote da mobilidade, que tratava do desemprego gradual dos cobradores dos ônibus da Capital, foi derrubado por ampla maioria dos vereadores, com 23 votos contrários e 9 a favor. Nesta quinta, na chegada ao encontro, perguntado por uma funcionária da Câmara se queria café, o prefeito pediu um com chocolate. "Quero agradecer, por que no primeiro dia (do ano legislativo), não queria expor o Legislativo e o Executivo a uma manifestação acima da medida. Além disso, tinha a posse do novo presidente do Tribunal de Justiça. Então fiquei de tomar café com o presidente Pujol", explica Marchezan.

O prefeito começou e terminou o encontro falando sobre a ADI, que pode anular a lei 12.518 que regula o mobiliário urbano, de iniciativa do Legislativo. Marchezan sugeriu que o Executivo encaminhe um projeto igual, revogando a atual, para aprovação na íntegra. "Foi uma consulta informal aos vereadores sobre esta hipótese, para buscar uma segurança jurídica e evitar mais instabilidade", detalha. Ao final, o prefeito deixou para a presidência da Casa uma cópia dos apontamentos feitos pelo MP.

Promessa de votação em 30 dias

A grande expectativa, no entanto, era o destino do pacote que trata do transporte coletivo. O prefeito tratou de defender aos parlamentares a importância das medidas enviadas para análise da Câmara: “Em nenhum lugar do mundo o usuário do ônibus paga toda conta do ônibus. Ou o subsídio vem dos cofres do município ou vem de forma indireta. Fizemos algumas sugestões e aguardamos algumas para aqueles que não acharam nenhuma delas boa”.

O prefeito ainda alertou que se os projetos não tramitarem neste mês, será necessário homologar o cálculo técnico. “Seja o qual for valor que seja indicado, o aumento será bastante elevado”, sublinha. O presidente da Câmara disse entender a urgência, prometeu tentar votar as matérias dentro dos próximos 30 dias, mas afirmou que o transporte coletivo “é uma pauta que necessita de um debate mais amplo”.


Correio do Povo



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