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quinta-feira, 19 de setembro de 2019

Produtora de filmes simula incêndio na Amazônia para “abrilhantar” o Rock in Rio e “avacalhar” o Brasil (Veja o Vídeo)



Uma equipe de produtores de São Paulo provocou uma queimada nas proximidades do município Presidente Figueiredo, no estado do Amazonas, com a finalidade de filmar um clipping a ser apresentado na abertura do Rock In Rio 2019, que será realizado no final de setembro (dias 27 e 29) e início de outubro (3 e 6), no Rio de Janeiro.

A empresa Maria Farinha Filmes montou um set de filmagem em um sítio particular e utilizou fumaça artificial e fogueiras com a intenção de dar ideia de grande incêndio na floresta Amazônica.

A ‘licença’ obtida pela produtora junto a prefeitura de Presidente Figueiredo era para filmar a cachoeira e cavernas turísticas do Maroaga e a Gruta da Judéia, além de Samaúmeiras da região.

Dias depois, o secretário de turismo do município, Paulo Lins, surpreso com o ‘incêndio florestal’, acionou a delegacia da 37ª Delegacia de Polícia do Município, sugerindo apreensão dos equipamentos e abertura de inquérito contra o que considerava crime ambiental e ‘armação contra o presidente da República, Jair Messias Bolsonaro’.

“Esse pessoal enganou todo mundo lá, disseram que iam fazer uma filmagem na caverna aí foram para um sítio, desmataram, tocaram fogo e passaram a filmar a queimada. A gente desconfia que isso é para alguma ONG Internacional ou política contra o Bolsonaro, o meio ambiente suspendeu a licença de filmagem, autuou os responsáveis e o delegado parece que vai instaurar inquérito. Isso aconteceu, quinta feira (12) passada”, denunciou Lins.

No vídeo abaixo, um integrante da equipe de filmagem explica a intenção do vídeo.

Tire as suas conclusões.

Veja o vídeo:

O senador amazonense Plínio Valério prometeu denunciar o caso na tribuna do senado.

"A equipe de produção não relatou que pretendia realizar um incêndio voluntário para uma gravação para ser usada de maneira artística”, afirmou o senador, garantindo que vai pedir providências aos órgãos fiscalizadores.

"Se for confirmado, é um ato da mais alta gravidade”, completou o parlamentar.

ATUALIZAÇÃO 19/09/2019 às 11:51:

Segundo a agência Aos Fatos, o set de filmagens foi montado em propriedade privada com ambiente controlado e "chamada para prestar esclarecimentos, no entanto, a empresa formalizou a situação e teve permissão para terminar as gravações." O Jornal da Cidade Online vem tentando contato com a Secretaria Estadual do Meio Ambiente para confirmar a informação de que a situação foi regularizada.

Nota de Esclarecimento da Maria Farinha Filmes:

"A Maria Farinha Filmes vem a público esclarecer que o curta de ficção que acaba de produzir na região amazônica é uma obra independente e autoral e sem relação alguma com o Rock In Rio.

A produção, um curta de ficção destacando a importância de preservar as florestas, faz parte da estratégia da Maria Farinha de estimular visões positivas de futuro e integra o compromisso que assumimos na construção de um mundo melhor.

Por isso, o filme – cuja ideia nasceu há mais de 6 meses, portanto antes inclusive das recentes notícias sobre a Amazônia – faz uma viagem ao ano de 2044, e mostra uma floresta em pé, rica, gerando riquezas para o Brasil e para os povos locais. Faz uso, inclusive, de computação gráfica para isso. Em uma das cenas, a personagem principal se vê envolta em fumaça. Para gravar essa tomada, usamos efeitos especiais e uma fumaça cenográfica.

Por conta do compromisso histórico do Rock in Rio com a Amazônia, a produtora tinha planos de oferecer o curta para exibição na abertura do festival. Isso sequer chegou a ser feito. O curta seguirá sua carreira e será lançado normalmente. Reiteramos, portanto que o Rock in Rio não mantém nenhum envolvimento com o projeto.

Nos dias 12 e 13 de setembro, a equipe da produtora estava fazendo um curta de ficção, cuja história se passa na Floresta Amazônica. A filmagem aconteceu no município de Presidente Figueiredo, a 120Km de Manaus. Como parte do roteiro, foi ambientada uma cena com efeitos especiais que simulavam o visual de um incêndio.

A locação escolhida para a cena, com o devido termo de autorização, era uma propriedade particular que já estava sendo preparada para o plantio de mandioca. A área escolhida não sofreu qualquer alteração ambiental por parte da produtora. Para reforçar o compromisso com a total segurança, um dos mais respeitados técnicos de efeitos especiais do Brasil foi contratado, a fim de preparar o local e acompanhar a gravação.

Por conta da fumaça gerada, a partir de fogueiras simuladas, a polícia foi acionada. O delegado esteve no local e verificou a legalidade de tudo o que estava ocorrendo no cenário, assim como representantes da Secretaria municipal do Meio Ambiente. Depois dos esclarecimentos, as gravações seguiram normalmente.

A Maria Farinha Filmes, primeira produtora da América Latina a receber o certificado B Corp, concedida a empresas comprometidas com os mais altos padrões de impacto social e ambiental, está aberta para prestar quaisquer esclarecimentos acerca do episódio.

E reforça que ao longo de sua trajetória, que inclui mais de 25 filmes, séries e outros formatos que impactaram milhões de pessoas em todo o planeta, sempre se pautou, como princípio, pelo respeito ao meio ambiente."

Fonte: Correio da Amazônia

da Redação

Jornal da Cidade Online

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