
Apesar do gesto, líder petista pediu que o partido evitasse atos políticos na cerimônia. (Foto: Reprodução)
Por volta das 13h de sábado, ao deixar o cemitério de São Bernardo do Campo (SP) onde ocorria o velório do neto Arthur, 7 anos, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ergueu-se sobre uma das portas da viatura da PF (Polícia Federal) encarregadas de transportá-lo até o local. Ele então ergueu o braço direito e saudou a pequena multidão que se aglomerava do lado de fora da barreira de contenção.
Assim que desceu, um delegado da corporação o repreendeu: “O senhor sabe que não devia ter feito isso”. A resposta do líder petista – que estava ali por meio de uma autorização especial da Justiça Federal – foi imediata: “O senhor sabe que eu devia”.
Sem poder chegar perto do homem que governou o País de 2003 a 2010, centenas de simpatizantes rezaram um Pai-Nosso em homenagearam o seu neto com gritos de “Arthur, presente! Agora e para sempre”. Também entoaram palavras-de-ordem como “Olê, olá, Lula, Lula” e “Polícia Federal, vergonha nacional”.
Cautela
Apesar do gesto de retribuição a quem havia se dirigido às imediações do cemitério, Lula não se manifestou sobre política de maneira explícita durante as duas horas em que permaneceu no local (11h-13h). Segundo relatos, ele chorou muito, recebeu cumprimentos e prometeu ao neto que provaria sua inocência.
Segundo interlocutores, ao ser informado sobre a morte de Arthur na sexta-feira, o próprio ex-presidente teria pedido à cúpula do PT que evitasse manifestações políticas no velório. A solicitação foi atendida: embora a cerimônia tenha reunido caciques petistas e aliados, as declarações se resumiram a comentários sobre a dor da perda do garoto.
A própria defesa teria contribuído para essa postura de cautela, a fim de que ninguém desse munição para que o pedido de saída temporária fosse rejeitado”, a exemplo do que havia ocorrido no final de janeiro, quando a autorização para comparecer ao enterro de um irmão chegou tardiamente, após um vai-e-vem jurídico.
Participaram da cerimônia dois pastores metodistas e um padre católico. Lula consolou o filho Sandro Luis e a nora Marlene Araújo. No período em que permaneceu no cemitério, ele recebeu cumprimentos de mais de 100 pessoas e um telefonema do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes. Dentre as dezenas de coroas de flores enviadas à família, uma tinha o nome do presidente venezuelano Nicolás Maduro.
Aparato
A Polícia Militar montou um esquema especial de segurança para a chegada, presença e saída de Lula no cemitério do ABC Paulista. Ao todo, 275 PMs participaram da operação de escolta, seis deles dentro da capela onde era velado o corpo. Além disso, mais de dez viaturas cobriam o entorno do local e uma barreira foi feita na entrada do cemitério.
Todo esse aparato causou incômodo à família do líder petista, amigos e aliados. O presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, conversou no local com o comando da corporação, pedindo que os agentes fossem menos ostensivos e reclamando do que que considerava como “exagero” na operação.
O Sul
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