A VERDADE? MESMO?, por GLAUCO FONSECA*

Cena final do filme Questão de Honra (1992). O advogado e tenente Daniel Kaffee (Tom Cruise) coloca o poderoso coronel Jessep (Jack Nicholson) a depor sobre um crime cometido em Guantánamo. O advogado pressiona o depoente dizendo que tudo que ele quer é a verdade. O coronel, com as ventas dilatadas e soltando perdigotos exclama: “Você não pode lidar com a verdade!”. A verdade, de fato, meteu o coronel Jessep na prisão (spoileralert!).
João (8:32) disse que Jesus indicou algo diferente: “E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. Trata-se de uma outra forma de encarar. Encerra-se a trama quando descoberta a verdade. Boatos chegam ao fim, dúvidas se dissipam e surgem, límpidos, os fatos com os quais a gente, muitas vezes, não gostaria de lidar. Isto porque a verdade é dura, cruel e definitiva. Ela liberta mesmo quando manda para o cárcere.
Contudo, existem amantes que sabem de traições e se mantêm na região de sombra que antecede a revelação, achando que poderão viver por lá a vida toda. Há também sócios que sabem das traquinagens de seus parceiros e preferem viver no limite da realidade. Tem pais que sabem que seus filhos estão usando drogas, mas buscam o silêncio e o conforto na tranquila zona da omissão. Cônjuges, sócios, pais e filhos sobrevivem nos emaranhados e na sofisticação de suas mentiras. Todo mundo sabe, entretanto, como isso tudo vai terminar.

Já a política, neste contexto, é um ambiente onde menos se procura e menos ainda se encontra a verdade. De outra forma, como se explicaria as presenças de Lula, Collor, Dilma, Aécio e centenas de políticos similares nos topos das pesquisas de intenção de voto? Que parte da Operação Lava-Jato as pessoas ainda não entenderam? Se já esqueceram do que disseram Joesley, Pallocci e Paulo Roberto Costa, é claro que não se lembram mais das históricas revelações de Pedro Collor e do motorista Eriberto.
Mentira e memória curta são os melhores amigos e, num país como o nosso, no período eleitoral, a verdade tira férias. Até porque mentirosos dizendo a verdade não têm credibilidade e, portanto, mentir é a melhor opção. Nós, coitados, permanecemos presos a eles porque, no fim das contas, Jessep tem razão. Nós não podemos lidar com a verdade.
SUPERTRUMP!

Depois de menos de dois anos de governo, o desemprego é o menor já conhecido (menos de 3,9%). Hoje há muito mais empregos disponíveis do que pessoas em busca. O desemprego entre hispânicos e negros é o menor em 40 anos. A renda do americano médio cresceu e a carga tributária caiu. Em um ano, o americano médio bota mais 2 mil dólares no bolso, em média, apenas pela diminuição de impostos federais. O crescimento da economia é o mais alto dos últimos 15 anos – 4,1% - rompendo ciclo modorrento da era Obama, onde raramente passou de 2%. É mole ou quer mais?
Neste mesmo período, o Estado Islâmico foi praticamente dizimado, os acordos que não davam bons resultados para os Estados Unidos foram rompidos (Aliança do Pacífico), a China tá passando trabalho pela primeira vez para exportar para os EUA e seu pupilo da Coréia do Norte parou de brincar com fogo. A embaixada do país em Israel, depois de promessas não cumpridas de Bill Clinton, George W. Bush e Barack Hussein Obama, agora situa-se em Jerusalém. O Irã, depois de ter recebido “por baixo dos panos” 150 bilhões em cash de Obama, teve de sustar suas intenções de dizimar o Estado de Israel, depois que Trump rompeu o acordo ridículo em vigor.
Trump é o cara aquele que ninguém disse a ele que era impossível, daí ele foi lá e fez. Muitos o odeiam pelo simples fato dele ser republicano. Outros porque ele contrariou Hillary Clinton e seu partido, mais os institutos de pesquisa, o show business e a mídia democrata. Mas a grande maioria dos americanos da costa leste e da Califórnia detestam Trump apenas porque ele está conseguindo, de fato, fazer a América grande novamente.

Madonna se rasga, Robert de Niro regurgita, a CNN chora lágrimas de sangue e os novos socialistas americanos morrem de ódio e de inveja do bilionário que contrariou a todos e está fazendo e acontecendo. A depender do trabalho e dos resultados de Donald Trump, o capitalismo permanecerá dando as cartas por lá. A esquerda toda “pira”, o NY Times entra em surto, Hollywood tem convulsões e o cara segue para o alto e avante.
Não adianta procurar as informações que acabei de dar acima na mídia brasileira. Não vai achar. Aqui, a turma é quase toda de esquerda. Pouca gente é tão mal informada – e mal-intencionada – quanto os jornalistas que colocam seus vieses ideológicos acima de sua missão profissional. Não conte com a Globonews, muito menos com o mentiroso Caio Blinder e o vadio Lucas Mendes.
Trump tem problemas? Claro que sim. Recentemente, Paul Manafort, que trabalhou 100 dias na campanha em 2016, foi condenado por crimes financeiros que ele cometeu em...2005! Nada de relação com russos. E o advogado dele, Cohen, foi condenado por ter pago cala-bocas a dois casos extraconjugais de Trump EM 2012 (a campanha foi em 2016!). E foi reembolsado por Trump em dinheiro. Que crime, hein??
Tá com raiva de Trump? Caso sim, de fato, há motivos de sobra. O principal deles é a mais vermelha e pura inveja. Ah, e não se espante caso os Clinton logo vão parar na cadeia, que é o lugar para onde vão ladrões e corruptos. A conferir.
PORTO ALEGRE SEM CENSURA

No meu tempo, jogar Buraco era sentar à mesa e deixar rolar o carteado, principalmente na praia. Hoje inventaram outro jogo de buraco. É assim: O sujeito anda pelas ruas de Porto Alegre (até nas ruas que não andei) e, ao ver um buraco na via, ele para o carro, fotografa o buraco e manda para uma emissora de rádio. O prefeito da cidade, um inovador por natureza, é um apreciador de buraco. Depois de dois anos de gestão, não há buraco suficientemente grande para conter seu ego inflado e seu estoque de promessas não cumpridas.
Outra coisa criativa aqui na Porto Alegre dos eufemismos abundantes é a existência de Parquímetros Humanizados. A cidade inovou com a colocação de equipamentos caríssimos, não sem esquecer de permitir um flanelinha por perto, praticamente dobrando o achaque. É como se fosse um golpe em dupla. “Você vai por aqui, eu por ali...”. Aqui, paga-se em moedas na máquina, mas a gente separa as notas para o “guardador”. Afinal de contas, não se deve aborrecer o flanela, senão algo de muito desagradável pode acontecer ao nosso carro.
Porto Alegre é uma cidade diferenciada no seu acolhimento aos estrangeiros que chegam para trazer suas experiências e negócios...da China! Primeiro, necessário que se diga que existe aqui um “camelódromo”, cuja beleza arquitetônica corresponderia à uma foto do Kremlin em chamas. Poucas coisas possuem o mau gosto daquele prédio medonho que parece um edifício caído por sobre a Julio de Castilhos. Não satisfeitos com o “centro popular de compras” e com mercadorias importadas, Porto Alegre tratou de importar TAMBÉM os vendedores! Que tal? Eles se espalham pelo centro da cidade em maletas que se abrem defronte lojas que pagam impostos. Coisa linda de se ver na Cidade Sorriso.
Seguindo uma tendência internacional, Porto Alegre também possui ciclovias e ciclofaixas. Não, os ciclistas da cidade ainda não sabem disso (spoileralert de novo!), pois eles andam pelas ruas como se pagassem o IPVA e o seguro obrigatório que eu pago. Dia desses, ao passar por um grupo de ciclistas, visando alertá-los de que eu vinha vindo, dei uma breve buzinadinha. Eles retribuíram simpaticamente com uma chuva de cusparadas que me fizeram economizar uma lavagem expressa. Lugar de gente feliz é assim. Já as ciclovias, estão por aí, coitadas, pálidas, servindo de paradinhas para buscar a vovó no banco. É ligeirinho...
E pensar que tem gente que pensa em sair daqui, ir morar no interior, outro estado ou país. Que absurdo! Porto Alegre é a capital das UPAs até as 22h, do cercamento eletrônico, onde os bandidos vão ter que rebolar para roubar mais um carro meu, de novo, mais uma vez...Depois que demitiram o Capelari, tudo melhorou. Aqui tem o Cais Mauá, nosso Puerto Madero, com cheirinho de cemitério e tudo. É uma cidade verde por natureza, onde o corte do capim é autorizado tão logo ele atinja os 1,60m. “Ah, mas e das obras da orla, tu não fala?”. Não! Não quero, oras. Depois que eu soube que a Melchiona anda por lá e que vão encenar uma ópera-rock sobre a Revolução Farroupilha, desisti. Mau gosto tem limites. E pra piorar, desde que a Tia Carmem disse que ia para lá, minha esposa não deixa mais nem passar na frente.

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Glauco é consultor
de marketing

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