A renda do brasileiro encolheu e o desemprego saltou para quase 12% em 2016. Com menos dinheiro no bolso, ficou mais difícil quitar as dívidas. O número de famílias com contas em atraso e que afirmam não ter condições de voltar para o azul cresceu 25% entre 2015 e 2016, mostra um estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
É 1,389 milhão de famílias nesta situação, de um universo de 3,6 milhões de inadimplentes, considerada a média do ano passado apurada pela CNC na pesquisa de endividamento e inadimplência do consumidor.
“Esse número aumentou ao longo do ano, acompanhando a piora dos indicadores de emprego e renda, assim como o encarecimento do crédito”, aponta o relatório da CNC.
O número de famílias com dívidas seguiu a tendência dos últimos anos e continuou encolhendo. Isso indica que quem conseguiu atravessar os últimos anos com o orçamento controlado e quitar prestações preferiu segurar novos gastos, enquanto aqueles que não conseguiram eliminar essas contas tiveram maior tendência à inadimplência.
O cartão de crédito foi a dívida mais citada na pesquisa: 77% das famílias usaram o artifício para se financiar. Houve crescimento nas linhas de empréstimo pessoal e consignado, além do cheque especial.
Infelizmente, muita gente se iludiu com a fase da bonança artificial da era lulopetista, e acabou sendo incentivada pelo próprio governo irresponsável a se endividar mais para aumentar o consumo. Uma cultura de cigarra somada a uma profunda ignorância em finanças e conceitos básicos de economia representa uma combinação explosiva.
Por isso tenho batido na tecla de como é importante o povo brasileiro mudar essa mentalidade e investir em maior conhecimento de economia e finanças. Não há como esperar um país mais livre e próspero com eleitores que sequer sabem a diferença entre juros simples e juros compostos!
Gravei um vídeo sobre o assunto, e vem mais material por aí:
Ofereci também um e-book gratuito com mais de 50 artigos meus da época da “Coluna do Gestor” no Valor Econômico, em que o leitor terá acesso ao meu raciocínio na tomada de decisões sobre investimento. Por fim, o leitor que tiver interesse no assunto pode se cadastrar para o meu Webinar, que ocorrerá no dia 8 de fevereiro.
Seguirei nessa batalha por mais conhecimento de finanças, pois somente assim teremos um Brasil mais livre e mais próspero!
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