Temer pode recuar na Previdência se tiver contrapartida

636505353- (1)por VALDO CRUZ

Depois de prometer enviar sua proposta de reforma da Previdência Social antes da eleição municipal, o presidente Michel Temer, pressionado por aliados e assessores, pode recuar e transferir o encaminhamento da medida ao Congresso Nacional apenas para o final do ano.
A decisão será tomada no seu retorno da China, quando ele promete acatar o pedido dos aliados desde que sua base aliada dê em contrapartida um compromisso de cumprir prazos e até acelerar alguns na tramitação da reforma no Legislativo.
Temer chega nesta terça-feira (6) de sua primeira viagem internacional já na condição de presidente definitivo e irá reunir assessores e aliados para discutir a proposta de adiar o envio da reforma da Previdência. O receio de sua base aliada é com os ataques que a medida irá despertar durante o período eleitoral.
Assessores dizem que de pouco adiantará encaminhar a reforma ainda em setembro, porque o Congresso, em ritmo de recesso branco praticamente durante quase todo período das eleições, não irá analisar o assunto nesta fase.
Seria uma medida apenas para sinalizar ao mercado sua disposição de votar a reforma, alegam assessores. Este, porém, também é o mesmo argumento utilizado por quem defende o envio desde já, como a equipe econômica, para demonstrar que o governo não tem medida impopular.
Reservadamente, a equipe de Temer avalia que ele errou ao prometer encaminhar a reforma antes das eleições diante das pressões que estavam sendo feitas pelo mercado. Inicialmente, já estava quase certo que a reforma da Previdência ficaria para depois do período eleitoral, durante o qual o Congresso buscaria iniciar a tramitação da criação do teto dos gastos públicos.
Temer, porém, quis dar uma resposta política de que, na condição de efetivo, mudaria de estilo e enviaria a proposta da reforma da Previdência ao Congresso. Internamente, já havia até uma data marcada para o envio da medida, no dia 20 de setembro.
Agora, a decisão será tomada nos próximos dias. A tendência, a prevalecer a avaliação política, é que o encaminhamento da reforma previdenciária fique mesmo para novembro, após a eleição municipal.
Fonte: Folha Online - 05/09/2016 e Endividado

 

Ações paradas

Antonio Scorza/UOL

Três anos depois de sucessivos protestos que acabaram em violência no Rio e em São Paulo, o resultado de ações criminais na Justiça mostra que a maior parte dos manifestantes acusados de associação criminosa ainda aguarda julgamento.
Pelo menos quatro foram absolvidos e um foi condenado, mas com pena branda. A ideia de endurecer as medidas punitivas para envolvidos em confrontos ganhou força depois da morte do cinegrafista Santiago Andrade, atingido por um rojão disparado por dois manifestantes no Rio, e os atos contra a Copa do Mundo, ambos em 2014.Leia mais

 

Manifestantes soltos

Marlene Bergamo/folhapress

O juiz do Tribunal de Justiça de São Paulo Rodrigo Tellini de Aguirre Camargo decidiu soltar ontem 18 dos 26 jovens presos pela Polícia Militar antes da manifestação contra o governo Michel Temer e por eleições diretas em São Paulo no domingo. A decisão refere-se aos jovens maiores de 18 anos.
Os outros oito menores de idade que foram detidos ainda esperam a análise de um juiz da Vara de Infância e Juventude. Leia mais

 

 

Greve sem dia para acabar

Marcelo Brammer/Brazil Photo Press/Estadão Conteúdo

E fique atento: começa hoje a greve nacional dos bancários de instituições públicas e privadas, por tempo indeterminado. A categoria pede reajuste salarial de 5% além de reposição da inflação no período, que foi de 9,57%.
Os clientes podem usar o internet banking e aplicativos para celular para pagar contas. Caixas eletrônicos e correspondentes bancários, como agências lotéricas, Correios e até alguns supermercados também recebem pagamentos. Leia mais

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