Da Agência Lusa
Imagem de arquivo mostra imagem ampla da antiga cidade de Palmira no centro da Síria Youssef Badawi/EPA/Agência Lusa
O Exército sírio recuperou hoje (27) o controlo total de Palmira, cidade que esteve tomada pelos extremistas do Estado Islâmico durante mais de um ano, segundo uma fonte militar.
"Após combates noturnos violentos, o Exército controla totalmente a cidade de Palmira, incluindo a parte antiga e a parte residencial. Eles [os 'jihadistas'] retiraram-se", disse a mesma fonte.
As tropas sírias, apoiadas pela aviação russa, haviam entrado na quinta-feira (24) na antiga cidade de Palmira, classificada como Patrimônio Mundial pela agência da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco).
A tomada de Palmira é o desfecho de uma ofensiva que o exército lançou no início do mês, com o apoio da Força Aérea russa.
Saiba Mais
A queda de Palmira provocou ondas de choque em todo o mundo, quando o Estado Islâmico lançou uma campanha de destruição dos monumentos classificados pela Unesco, fazendo explodir templos e roubando relíquias de mais de 2 mil anos.
A recaptura da cidade será vista como uma vitória estratégica, mas também simbólica, do presidente sírio, Bashar al-Assad, já que quem controla a cidade também controla o vasto deserto que se estende do centro da Síria até a fronteira com o Iraque.
Na quinta-feira, a diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, comemorou a “libertação” da cidade, dizendo que a agência “está preparada para ir rapidamente para o local para, juntamente com as autoridades sírias, assim que as condições de segurança o permitirem, realizar uma missão de avaliação dos danos e proteção do patrimônio inestimável da cidade”.
Segundo Irina Bokova, o saque a Palmira é o “símbolo da limpeza cultural que arrasa o Médio Oriente”.
Ontem (26), o diretor de Antiguidades e Museus da Síria, Maamun Abdelkarim, anunciou que as ruínas de Palmira sofreram danos recuperáveis, já que não houve combates no interior.
Situada num oásis, Palmira foi no passado um dos centros culturais mais importantes do mundo antigo e um ponto de encontro das caravanas que percorriam a Rota da Seda, que atravessa o deserto do centro da Síria.
Antes do início do conflito na Síria, em março de 2011, as ruínas eram uma das principais atrações turísticas deste país árabe e também da região.
Vila Autódromo recebe Tocha Olímpica das Resistências de movimentos sociais
Akemi Nitahara – Repórter da Agência Brasil
Moradora da Vila Autódromo, Sandra Maria de Souza segura a Tocha Olímpica das ResistênciasAkemi Nitahara/Agência Brasil
Depois de percorrer quatro países onde houve jogos olímpicos de verão ou de inverno, a Tocha Olímpica das Resistências chegou à Vila Autódromo esta semana. Hoje, (26) a comunidade, que fica ao lado do Parque Olímpico da Barra da Tijuca e já teve 95% de suas casas demolidas, fez a inscrição simbólica no artefato, que já contava com escritos da China, Londres, Canadá e Rússia.
Moradora do local há 25 anos, a acupunturista Sandra Maria de Souza explica que a tocha representa a resistência das comunidades aos abusos cometidos contra a população carente. “É a Tocha Olímpica das Resistências. A olimpíada sempre traz remoções por onde ela passa, infelizmente, não deveria ser assim, mas é. Ela acaba representando uma exclusão, toda vez que constroem as olimpíadas removem população carente próxima. Temos o compromisso de ficar com ela, porque a Vila Autódromo é a comunidade que mais está resistindo, e enviar na próxima olimpíada, caso haja remoções”.
Integrante do Comitê Popular da Copa e Olimpíadas, Larissa Lacerda, explica que a tocha vai circular por outros movimentos sociais afetados pelos mega eventos esportivos que a cidade recebe. “A ideia é que aqui a gente rode com ela por alguns movimentos. Depois, deve ir para o pessoal que luta pela abertura do Célio de Barros. A ideia é que vá passando por grupos e comunidades que estão resistindo às violações cometidas em nome das olimpíadas”.
O Estádio de Atletismo Célio de Barros, ao lado do estádio do Maracanã, foi fechado em março de 2013 e teve a pista profissional retirada durante as obras para a Copa do Mundo .
Maratona
O ato simbólico de inscrição na tocha ocorreu durante a maratona promovida pelo movimento Ocupa Vila Autódromo, que, há cinco semanas, leva atividades culturais, educativas e recreativas ao local, com apresentações, aulas abertas e atividades esportivas.
A doméstica Maria da Penha Macena, moradora da Vila Autódromo há 23 anos e que teve a casa demolida no começo do mês (http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2016-03/prefeitura-do-rio-...), explica que a ocupação cultural é uma forma de resistência ativa e lúdica para envolver os moradores e manter a comunidade viva.
“Nós chamamos o local de centro cultural, apesar ser ainda um escombro. Nós gostamos de receber as pessoas, esse Ocupa para nós é uma forma de a gente se alegrar com as atividades, uma forma de esquecer um pouco o canteiro de obras, enfim, uma forma de a gente viver um pouquinho diferente, buscar a nossa felicidade, as nossas raízes. É uma forma gostosa de a gente viver, porque a gente está vivendo com muita dificuldade, com muita incerteza, ainda não sabemos onde vamos ficar. Então, o Ocupa é um espaço cultural que nós criamos no meio da comunidade para a gente dar uma relaxada, digamos assim”.
Perigo
No evento de hoje, também foi comemorado o aniversário de 15 anos da estudante Flora Terra de Souza Teixeira de Oliveira, que nasceu na Vila Autódromo. Ela pretende continuar no local. “Aqui sempre foi uma comunidade onde todo mundo se conhecia e todo mundo podia confiar em todo mundo, era muito bom. Agora, a gente não pode ficar até muito tarde na rua, porque não tem muita gente, então é perigoso. Mas as pessoas continuam muito unidas e essa briga de todo mundo para ficar aqui ajudou para aumentar a nossa união”.
As moradoras informaram que a prefeitura convidou as famílias que permanecem no local, cerca de 30, para uma reunião na segunda-feira (28), quando deve ser explicado o plano de reurbanização apresentado para a imprensa no último dia 8.
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Movimentos fazem no Largo do Machado, no Rio, ato contra o impeachment
Akemi Nitahara – Repórter da Agência Brasil
Um ato da Frente Brasil Popular da Zona Sul do Rio de Janeiro ocorre neste momento no Largo do Machado, no Catete. Com faixas com os dizeres "Unidos pela Democracia" e "Golpe Nunca Mais", os ativistas distribuem adesivos e panfletos e fazem discursos em defesa do governo federal.
A presidenta do diretório do PT na zona sul, Claudia Le Cocq, disse que o ato é "pela cidadania e pela democracia", para "esclarecer a população sobre o golpismo que querem fazer".
"Isso não vai passar, nós vamos para a rua, dia 31 de março, que é o dia em que ocorreu o golpe em 1964, vai ter grandes atos no Brasil todo. Aqui no Rio já está marcado um ato na Central do Brasil, vai ter outro das mulheres, o pessoal do cinema também vai fazer um ato e os escritores", diz.
De acordo com ela, a praça será um palco aberto, com grupos de teatro, palhaços, oficina de camisetas e falas até as 13h. O advogado aposentado José Airton Parente mora em Jacarepaguá, na zona oeste, e foi ao Largo do Machado para participar do ato. Ele disse que atualmente não faz parte de nenhum movimento ou partido, mas já foi líder comunitário e sindicalista.
"Hoje estou aqui como cidadão. Tem uma frase antiga, 'prato comido, prato esquecido', que mostra a ingratidão. Falta consciência política nas pessoas e a mídia trabalha a cabeça da população, que fica o dia inteiro com a televisão ligada. A televisão está fazendo o papel de vilão nesse processo, tem a TV Brasil que é melhor, mas o alcance ainda é muito pequeno".
Cerca de cem pessoas participam do ato.
Manifestantes contrários ao governo fazem ato em frente à Fiesp
Flávia Albuquerque - Repórter da Agência Brasil
Manifestantes contrários ao governo fizeram hoje (26), na Avenida Paulista, em frente ao prédio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), uma malhação do Judas com bonecos que representavam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidenta da República, Dilma Rousseff. O ato foi organizado por um grupo que está acampado na calçada da Fiesp há pelo menos duas semanas.
De acordo com a Polícia Militar, cerca de 60 pessoas participaram da malhação, durante o qual os integrantes soltaram fumaças na cor da bandeira brasileira, bateram e colocaram fogo nos bonecos pendurados em um fio esticado na ciclovia que fica na faixa central da avenida.
A manifestação não chegou a interromper o trânsito, mas uma faixa perto da ciclovia foi reservada para os manifestantes e reaberta logo ao final da malhação.
O grupo permanece no local tocando hinos, batendo panelas, apitando e gritando palavras de ordem. Alguns carros passam buzinando e gritando as mesmas palavras.
A malhação do Judas é uma tradição católica na qual o alvo, um boneco de pano recheado de serragem, é pendurado como se tivesse sido enforcado, leva pauladas, chutes até ser queimado pelos que participantes. Ela ocorre sempre no Sábado de Aleluia, entre a Sexta-Feira Santa e o Domingo de Páscoa, e representa o julgamento popular de Judas Iscariotes, apóstolo que traiu Jesus.
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