Impostos pagos por brasileiros chegam a R$ 1,9 trilhão este ano



No ano passado, o valor foi registrado 6 dias depois.
ACSP estima que 2015 feche com recorde de mais de R$ 2 trilhões.


O valor pago pelos brasileiros neste ano em impostos alcançou R$ 1,9 trilhão neste domingo (6), segundo o “Impostômetro” da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

No ano passado, o mesmo valor foi alcançado 6 dias depois – o que aponta aumento da carga tributária, que tem gerado mais custos a empresas e cidadãos, segundo a ACSP. Em 2014, o painel ultrapassou a marca de R$ 1,9 trilhão no dia 12 de dezembro.

“O Impostômetro está se aproximando de um recorde de R$ 2 trilhões, que representa a tributação sobre o bolso do cidadão brasileiro”, disse em nota Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo.

"Além de afetar a área política, a discussão do impeachment deve deixar em segundo plano todas as reformas e ajustes da economia de que o Brasil tanto precisa”.

A marca de R$ 1,9 trilhão equivale ao montante pago em impostos, taxas e contribuições no país desde o primeiro dia do ano. O dinheiro é destinado à União, aos estados e aos municípios.

A previsão da ACSP é de que, no fim de 2015, o Impostômetro bata recorde e ultrapasse R$ 2 trilhões.
O Impostômetro completou uma década neste ano. O painel eletrônico que calcula a arrecadação em tempo real está instalado na sede da associação, na Rua Boa Vista, região central da capital paulista.
O objetivo da ferramenta é conscientizar o cidadão sobre a alta carga tributária e incentivá-lo a cobrar os governos por serviços públicos de qualidade.

Pelo portal www.impostometro.com.br, é possível descobrir o que dá para os governos fazerem com todo o dinheiro arrecadado. Por exemplo, quantas cestas básicas é possível fornecer, quantos postos de saúde podem ser construídos. No portal também é possível levantar os valores que as populações de cada estado e município brasileiro pagaram em tributos.
Fonte: G1 - 06/12/2015 e Endividado


Steven Seagal, de 63 anos, é mestre em Aikido e foi à Rússia no início deste ano dar uma “masterclass” na arte marcial japonesa Há negociações entre o gove
NOSSOPORTUGAL.PT



Economistas não previram desastre de 2015

por RAQUEL LANDIM


Faltam poucas semanas para o fim de 2015 e o ano termina com uma recessão profunda, que surpreendeu analistas. As projeções dos economistas estão sujeitas a erros, mas ninguém imaginava o desastre que estava por vir.

O boletim Focus, do Banco Central, mostra que, na primeira medição do ano, a média dos analistas esperava alta de 0,5% do PIB. Os mais pessimistas, queda de 1%.

O levantamento mais recente, fechado no dia 27, apontava para recuo de 3,19% do PIB. Mas, com o péssimo resultado da economia no terceiro trimestre, divulgado na terça (1º), as projeções já se aproximam de queda de 4%.

Para os economistas, a recessão está grave por causa da incapacidade do governo de arrumar as contas públicas e da forte crise política, que culminou na abertura do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Os dois fatores paralisaram a economia.

"O grande choque que tivemos foi a inoperância política. Sabíamos que a presidente tinha dificuldade política, mas não se imaginava que entrasse num clima de isolamento tão grande", afirma Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados.

Um dos setores que mais sofrem com a retração é a indústria. A previsão inicial de alta de 1% na produção neste ano virou tombo de 7,5%.

A inflação, que no início do ano se imaginava que chegaria ao topo da meta, a 6,56%, deve fechar 2015 em 10,38%.

Segundo Thaís Zara, economista-chefe da Rosemberg & Associados, os preços da energia elétrica subiram mais do que o esperado, porque o represamento feito pelo governo no ano passado foi maior que o projetado.

"É a mesma situação da área fiscal. As pedaladas do governo foram muito maiores em todos os sentidos."

Para segurar os preços, o Banco Central subiu a taxa de juros. A Selic, que tinha previsão de fechar em 12,50%, está em 14,25%.

O câmbio foi outra imensa surpresa. No início do ano, as projeções indicavam dólar a
R$ 2,80. Hoje, apontam para R$ 3,95. No longo prazo, o câmbio desvalorizado estimula as exportações, mas, no curto prazo, reduz o consumo e eleva a inflação.

A fuga de capitais foi mais intensa por causa da perda do selo de bom pagador da agência Standard& Poor′s.

"O governo errou a política econômica de novo e perdemos o grau de investimento. Foi um desastre", diz Zeina Latif, economista-chefe da XP.

O único indicador que deve vir melhor que o esperado é o saldo da balança comercial, mas pelos motivos errados. Com a recessão, as importações caíram mais que as exportações, e o superavit deve chegar a US$ 15 bilhões, mais que os US$ 5 bilhões esperados inicialmente.

Para 2016, os analistas falam em queda do PIB de 2%. Mas a situação está imprevisível. Dependendo da instabilidade provocada pelo processo de impeachment, podem errar de novo. E para pior.
Fonte: Folha Online - 06/12/2015 e Endividado

Bancos demitem 5,8 mil no ano

Os bancos que operam no país fecharam 5.864 postos de trabalho nos primeiros sete meses do ano. Diz a Pesquisa de Emprego Bancário (PEB), divulgada ontem pela Contraf-CUT. Itaú, Bradesco, Santander, HSBC e Banco do Brasil foram os principais responsáveis pelo saldo negativo, eliminando 3.715 empregos. Já a Caixa cortou 2.180 postos


Fonte: Correio do Povo, página 4 de 26 de agosto de 2015.


Bancos voltam com longas filas


Após 21 dias de greve, os bancos públicos e privados retomaram ontem o atendimento de clientes em Porto Alegre. As agências das ruas Sete de Setembro e Andradas e da avenida Borges de Medeiros registraram longas filas. A movimentação também foi intensa na agência central do Banrisul, localizada na Praça da Alfândega.
Os bancários aceitaram proposta de aumento salarial de 10% e refeição. A compensação dos dias parados será feita até o dia 15 de setembro.

Fonte: Correio do Povo, página 8 de 28 de outubro de 2015.


Crise eleva casos de insônia e depressão entre executivos

por LUCAS VETTORAZZO


A crise econômica, que se agravou neste ano, aumentou os casos de problemas de saúde relacionados ao estresse, como depressão, insônia e ansiedade, entre executivos, gerentes e empresários.

Levantamento feito pela clínica Med-Rio Check Up, que realiza check-ups médicos em executivos e funcionários de alta gerência de grandes empresas do país, mostrou que houve elevação de 37,5% no número de pacientes com depressão no primeiro semestre deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado.



A clínica faz anualmente pesquisa com 5.000 pacientes, que pagam cerca de R$ 4.000 por uma bateria de exames laboratoriais e clínicos.

A pesquisa apontou mais ocorrências de casos de insônia (alta de 19%), ansiedade (60%) e estresse (27,7%).

O temor de perder o emprego e a dificuldade em resolver problemas de gestão fazem com que os funcionários estendam suas jornadas de trabalho e dediquem menos tempo à saúde.

O sócio-diretor de uma empresa de artigos infantis com 20 anos de mercado, no Rio, é um exemplo do quanto a crise pode fazer mal à saúde.

O empresário, que pediu que não fosse identificado, conta que desenvolveu depressão após ter de fechar 16 das suas 17 lojas em dois anos, por causa da crise.

Quando se viu inadimplente e na iminência de demitir seus últimos funcionários, teve uma crise nervosa, que evoluiu para depressão moderada. O empresário ganhou dez quilos e chegou a passar dias sem sair da cama.

"Não durmo direito há um ano. Meu casamento acabou, e a perspectiva da minha empresa é nenhuma", diz. Morador do Jardim Botânico, zona sul do Rio de Janeiro, ele tinha uma renda de R$ 20 mil. Hoje, os seus ganhos não superam R$ 5.000 mensais.

ESTRESSE

Psiquiatras ouvidos pela Folha explicam que, em momentos de crise, os problemas emocionais disparam.

"O estresse deixa a pessoa suscetível a enxaquecas, gastrites e até infartos. Mais comuns, porém, são casos de depressão, ansiedade e insônia", afirma o psiquiatra Antônio Nardi, do Instituto de Psiquiatria da UFRJ (Universidade Federal do Rio).

Segundo o coordenador dos ambulatórios do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, Rodrigo Leite, estudos mostram que o uso de controladores de humor e antidepressivos disparou em países desenvolvidos durante a crise de 2008.

ANTIDEPRESSIVOS

Este ano, no Brasil, a venda ao varejo desses dois tipos de medicamento aumentou 11,6% no período de 12 meses encerrados em outubro deste ano, indica levantamento da consultoria IMS Health.

A empresária Simone Silva, 46, convive desde 2013 com uma depressão controlada por remédios, mas conta que passou a ter crises constantes recentemente.

Seu salão de beleza no centro do Rio teve queda de 40% no movimento nos últimos doze meses. Ela diz que chegou a passar três dias seguidos na cama.

"É difícil conviver com a possibilidade de ter de fechar as portas do meu negócio. E enfrento isso todo dia", diz.

Uma executiva de uma multinacional de logística, de 43 anos, conta que recorreu aos antidepressivos por não conseguir reverter o quadro ruim na empresa este ano.

Pesquisa da consultoria alemã GfK com 200 brasileiros indicou que as principais causas para o estresse são a exigência alta sobre si, a falta de sono e de tempo para fazer o que deseja, a quantidade insuficiente de dinheiro e a violência.
Fonte: Folha Online - 07/12/2015 e Endividado

Nenhum comentário:

Postar um comentário