Belo Horizonte decreta situação de emergência por infestação do Aedes aegypti




 
Mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão dos vírus da dengue, febre chikungunya e Zika
Mosquito Aedes aegypti é responsável pela transmissão dos vírus da dengue, Zika e febre chikungunya  Arquivo Agência Brasil
A prefeitura de Belo Horizonte decretou situação de emergência por causa da infestação do mosquito Aedes aegypti. O decreto foi publicado hoje (23) no Diário Oficial do Município (DOM) e já está em vigor, com validade de 180 dias.
Um dos motivos que levou a prefeitura a emitir o decreto foi a quantidade de ovos do mosquito encontrada no município. “A gravidade da situação entomológica atual, fundamentada nos resultados do monitoramento sistemático de ovos de Aedes aegypti por meio de armadilhas que cobrem toda a área do município de Belo Horizonte, com uma densidade de 60 ovos por armadilha positiva”. O documento leva em conta também que este período do ano propicia o aumento de infestação do mosquito, além de uma maior circulação de pessoas devido às férias escolares.
O decreto cria o Grupo Executivo para Intensificação do Combate ao Aedes aegypti, que deverá formular um plano de contingência. O grupo vai contar com representantes de diferentes órgãos e entidades de áreas como educação, saúde e limpeza urbana. O documento recomenda também o reforço no combate a focos do mosquito.
O mosquito Aedes aegypti é responsável pela transmissão dos vírus da dengue, febre chikungunya e do vírus Zika. Ontem (22), o Ministério da Saúde divulgou um boletim epidemiológico que mostra que foram notificados no país, até o último sábado (19), 2.782 casos suspeitos e 40 mortes possivelmente relacionadas ao Zika. Os casos estão distribuídos em 618 municípios de 20 unidades da Federação. Os casos de microcefalia em todo o país aumentaram 16% em apenas uma semana.
Segundo comunicado da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, entre os dias 11 de novembro e 22 de dezembro, foram notificados 52 casos de microcefalia em 33 municípios mineiros. Cerca de 23 casos estão sendo investigados para saber se há relação ou não com o vírus Zika. Mais 29 foram descartados. De acordo com o Ministério da Saúde, em Minas Gerais, mais de 30 mil agentes comunitários de saúde e mais de 5 mil equipes de Saúde da Família passarão a trabalhar em 850 municípios para reduzir a incidência do mosquito. 
O estado com maior número de casos de microcefalia é Pernambuco: 1.031. Em seguida vem a Paraíba, com 429 e a Bahia, com 271. O Ministério da Saúde alerta para a necessidade de reforçar o combate ao mosquito nas férias e festas de fim de ano, período marcado por chuvas em muitos estados e com maior circulação de pessoas.



Feliciano Filho com Patricia Oliveira e outras 2 pessoas.
Animal não é brinquedo
Feliciano Filho*
Com a aproximação das festas de fim de ano, é tradicional a troca de presentes entre familiares e amigos. E sempre surge a dúvida: o que dar? Como agradar? Uma infinidade de dicas está disponível na internet e nas redes sociais e, dentre elas, por incrível que pareça, os animais de estimação.
Tal sugestão vai contra qualquer recomendação de especialistas que lidam com a questão do bem-estar animal e da guarda responsável. Um animal não é um brinquedo ou bem material do qual se possa dispor. O conceito de presente – passível de troca e escolha de acordo com o gosto do freguês – tampouco se aplica. Trata-se de uma vida, tão importante como qualquer outra, e quem coloca um animalzinho dentro de casa deve estar ciente das responsabilidades.
Em primeiro lugar, a demanda de cuidados é comparável à de uma criança. Um animal deve ser educado, alimentado, cuidado e, acima de tudo, aceito pela totalidade dos moradores da casa. Se um membro da família estiver em desacordo com a presença do mascote, existe a possibilidade de ser o início de um processo de abandono e maus-tratos.
Além disso, deve-se fazer um planejamento financeiro completo para a chegada do animal. Cuidados médicos, castração e vacinas nem sempre estão disponíveis na rede pública - ainda que lutemos por isso - e podem custar caro. Em férias e viagens, seu amiguinho não pode ficar sozinho por muito tempo, muito menos ser abandonado. Deve-se praticar a guarda responsável, sempre.
Quem quer ser guardião de um ser vivo deve sempre priorizar a adoção à compra. Os vínculos de amizade e confiança que surgem entre a pessoa e o animal não devem se basear na cor de pelo ou raça mais nobre. Deve, sim, privilegiar o cuidado com a vida e o amor aos animais.
*Deputado estadual (PEN-SP) dedicado exclusivamente à causa animal

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