No país desde 1919, Ford encerra produção de veículos no Brasil

 Ford explica que a pandemia do novo coronavírus afetou ainda mais a situação da companhia no país.

Setor de bares e restaurantes de Porto Alegre avaliam flexibilização no setor

 Estabelecimentos que tinham hora para abrir e fechar agora podem operar sem restrições de horário



Desde que Porto Alegre adotou as regras da bandeira laranja do Sistema Estadual de Distanciamento Controlado, no final de semana, bares, lanchonetes e restaurantes que tinham hora para abrir e fechar, agora podem operar sem restrições de horário. Além disso, a ocupação nos estabelecimentos é de 50%, inclusive nos shopping centers. O decreto mais recente do prefeito Sebastião Melo foi possível com a criação do Plano de Cogestão Regional, que incluem mais quatro municípios da região metropolitana na bandeira.

Rafael Oliveira, gerente do Boteco Histórico, reconhecido estabelecimento no Centro da Capital, ainda não viu a clientela aumentar com a flexibilização das diretrizes. “Ainda está parecido com o final do ano passado. A população não está vindo, acredito que o pessoal esteja receoso porque tem muita gente doente”, avalia. Com as férias escolares e de servidores públicos, muito de seu público deverá retornar após o verão, diz. “Estávamos abrindo até as 22h, mas agora vamos ampliar para ver o que acontece”, projeta Oliveira, que vem lucrando cerca de 40% do que faturava antes da pandemia.

Para a Associação de Bares e Restaurantes no Rio Grande do Sul (Abrasel RS), os “empresários gaúchos começam a projetar uma luz no fim do túnel” com o abrandamento das normas. A entidade avalia a decisão como um sinal de uma possível recuperação da crise enfrentada por conta da pandemia. “A vida econômica pode, aos poucos, voltar ao normal”, aponta Maria Fernanda Tartoni, presidente da Abrasel no RS. Está liberando, ainda, o funcionamento dos buffets de autosserviço, que estavam com operação restrita na bandeira vermelha. “As pessoas não gostavam do formato anterior, pois o autosserviço é agilidade, e dá a possibilidade de montar o prato como quiser. Servir com a luva é mais ágil, tem menos aglomeração e evita o contato com o funcionário”, explica Maria Fernanda. 

A Abrasel no RS apoia a prefeitura e reforça a importância de prevenção, higiene e boas práticas com os associados. “Os buffets já têm normas bastante rígidas quanto à segurança e agora se preparam para voltar a atender com ainda mais cuidados, seguindo à risca todas as normativas essenciais para garantir um ambiente seguro para receber os clientes”, ressalta Maria Fernanda.

Na sua visão, as flexibilizações são boas, porém não são soluções para os problemas do setor de alimentação fora do lar. “Será necessária uma forte campanha de conscientização que, com todos os cuidados, o público pode frequentar nossos estabelecimentos sem medo”, explica. 

O presidente do Sindicato de Hospedagem e Alimentação de POA e Região (Sindha), Henry Chmelnitsky, acredita que as medidas atendem as demandas do setor. “Evidente que, com 50% de ocupação, ainda é difícil, mas estamos avançando, o que é importante”, opina. O que preocupa, segundo ele, é o que chama de transferência da responsabilidade. “Está tudo colocado em cima do cumprimento de protocolos. Sabemos que não é só isso que inibe a má atitude da população. Precisa de fiscalização enérgica e nós temos que fazer o nosso papel: cumprir 110% dos protocolos, com uma operação segura, tranquila. Mas o Poder Público também tem que estar atento”, conclui.


Correio do Povo

Governadores se mobilizam contra PL do governo que reduz poder sobre a polícia

 Muitos dos políticos veem inconstitucionalidade e interferência do Palácio do Planalto nas polícias



Governadores já se mobilizam contra dois projetos de lei orgânica das polícias civil e militar, que restringem o poder político dos Estados sobre as tropas armadas e os bombeiros, em todo o País. Muitos deles veem inconstitucionalidade e interferência do Palácio do Planalto nas polícias, uma das bases de apoio do presidente Jair Bolsonaro, que já está em campanha pela reeleição, em 2022.

Como revelou o Estadão nesta segunda-feira os projetos preveem mudanças significativas na estrutura das polícias. Estabelecem, por exemplo, mandatos de dois anos para os comandantes-gerais da PM, dos Bombeiros e delegados-gerais de Polícia Civil, além de condicionantes para que sejam demitidos. As propostas contam com lobby classista e foram discutidas com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, sem que tenham sido ainda formalmente submetidas à Câmara dos Deputados.

"Somos radicalmente contra", disse ao Estadão o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). "Já mobilizamos a bancada de São Paulo e outros governadores também estão mobilizando suas bancadas."

Rival político e virtual adversário de Bolsonaro na eleição presidencial de 2022, Doria avalia que "logicamente" há interferência política do Planalto no projeto das polícias.

Na avaliação de governadores ouvidos pelo Estadão, os projetos de lei orgânica das polícias interferem em suas atribuições constitucionais. Ex-juiz federal, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), afirmou que a proposta de dar mais autonomia às polícias deveria ocorrer no âmbito dos Estados.

"Creio que o Supremo declararia inconstitucional se isso um dia fosse aprovado no Congresso Nacional, na medida em que viola o princípio federativo e também por vício de iniciativa", argumentou Dino, numa referência ao Supremo Tribunal Federal (STF). "Matéria desse tipo só pode tramitar nas Assembleias Legislativas, por iniciativa privativa dos governadores. Logo, quem desejar debater deve buscar as instâncias competentes dos Estados."

Na prática, como os projetos de lei estavam circulando apenas entre policiais, os chefes do Executivo ainda não haviam se debruçado sobre essa articulação nem sobre o impacto dos projetos em suas prerrogativas.

"Não estava no nosso radar", disse o governador Wellington Dias (PT), do Piauí, presidente do Fórum de Governadores do Nordeste. "Nossa posição é manter o princípio constitucional do poder do eleito na escolha da equipe para as áreas executivas e a segurança pública é uma delas."

Questionados pelo Estadão, os dois únicos governadores originários das carreiras envolvidas, Carlos Moisés (PSL), de Santa Catarina, coronel dos Bombeiros, e Marcos Rocha (PSL), de Rondônia, coronel da PM, não quiseram se manifestar.


Agência Estado e Correio do Povo

Vereador quer convocar Melo e Sparta para esclarecimentos sobre vacinação em Porto Alegre

 O prefeito deverá se encontrar com a bancada do PT e tratar do assunto nesta terça-feira


O vereador Aldacir Oliboni (PT), da oposição, protocolou, na semana passada, na Câmara de Vereadores um requerimento de urgência pedindo esclarecimentos sobre o processo de vacinação em Porto Alegre. O pedido prevê o comparecimento do prefeito Sebastião Melo (MDB) e do secretário da Saúde, Mauro Sparta, na Câmara.

Segundo Oliboni, o objetivo é que o prefeito apresente o plano de vacinação da população, detalhando cronograma de execução e os grupos que serão imunizados. Ele acredita que as mesmas dúvidas são compartilhadas por outros colegas. 

"O prefeito está trantando disso, mas a Câmara não sabe nada sobre. O nosso papel é fiscalizar o que está acontecendo. A população está muito aprensiva", explicou Oliboni. O vereador destacou que, com a abertura do comércio, é importante saber quem terá prioridade de vacinação nessa primeira etapa, uma vez que os trabalhadores da linha de frente estão sendo expostos. 

Segundo a prefeitura, nesta terça-feira, Melo tem reunião marcada com a bancada do PT na Câmara de Vereadores, dando sequência ao diálogo com as diferentes bancadas. Nesta segunda-feira, o prefeito teve agendas com PSOL e PCdoB, além da Presidência do Legislativo. "A prefeitura ainda não foi oficialmente comunicada. Entretanto, o prefeito reitera a disponibilidade para prestar quaisquer informações referentes ao processo, com a transparência que pauta a gestão", diz a nota. 


Correio do Povo


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