Bolsonaro sai em passeio de moto e populares fazem maior festa com o presidente (veja o vídeo)

 

















Mendonça intervém e vai solicitar abertura de inquérito para investigar Noblat

 


















O ministro externou apoio a Doria e repúdio ao presidente Bolsonaro. E isto não é certo...

 


















Tome um sorvete




Por Luís Ernesto Lacombe
 
Cansei da patrulha, de quem aponta o dedo, vigia a vida alheia. Querem empatia, a palavra da moda, mas eles próprios não são capazes de se colocar no lugar de todas as vítimas dessa loucura que vivemos. Tentam transformar pânico em virtude, um sentimento que não eleva moralmente ninguém. Quem coloca mais pessoas em risco: alguém que não usa máscara ou alguém que se submete passivamente ao sequestro de liberdades fundamentais? A resposta exige equilíbrio, e é o pânico que move essa gente incapaz de perceber que preservar a liberdade é também defender a vida.
 
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Gazeta do Povo

O AUTOR CONFESSA - 11.01.21

 

por Percival Puggina

 

         A quem interessar possa, confesso que sou portador de um pacote de anomalias que me fazem ser a favor da instituição familiar e contra os que a depreciam, a favor da liberdade e contra arreganhos totalitários, a favor da sociedade e contra a bandidagem. Podem me olhar de cara feia, mas é assim que sou. Também sou – pobre de mim – contra a miséria e, por isso, a favor do desenvolvimento econômico. Podem me chamar de porco capitalista, mas me sinto mal ao ver um miserável papeleiro fazendo tração animal, puxando carroça, porque o município não lhe proporciona outro modo de recolher papéis pela cidade, tendo preferindo zelar pelo cavalo e não pelo papeleiro. Podem me chamar de direitista – não de fascista porque, como se sabe, fascista é a mãe de quem chama –, no entanto, não consigo discutir sobre política com quem vive no mundo da lua.


         A propósito, outro dia, disse-me alguém que a discussão entre esquerda e direita não define rigorosamente o quadro político brasileiro porque existe uma esquerda democrática e uma direita democrática e as duas posições são igualmente legítimas.


         Aí já comecei a vislumbrar o cidadão sentado à borda de uma cratera lunar, balançando os pés e olhando a Terra azul. No mundo real, disse a ele, não existe esquerda e direita ideal. Existe uma direita real e uma esquerda real. Esta última, a que existe no Brasil, a que vai às urnas, a que faz voto e disputa o poder, é representada por dois ou três partidos que se definem como adversários da democracia liberal, representativa, que chamam “burguesa”, e querem promover mudanças para a, assim dita, “democracia popular”. Com esse mesmo rótulo, aliás, foram comercializados os regimes totalitários no leste da Europa e da Ásia, durante décadas, a partir de 1948.


         Em toda democracia, mas de modo muito especial numa sociedade pluralista e de escassos consensos como a nossa, é preciso, sim, haver uma esquerda e uma direita democráticas. Acontece que a esquerda que governou o Brasil fez o que se sabe e o que se sabe é apenas parte do que fez. Por todos os modos tentou criar sua “democracia popular”, aparelhou toda a máquina pública com seus sovietes (conselhos), tomou conta das universidades, semeou discórdia onde havia união etc., etc., etc.. Não fez diferente no Rio Grande do Sul nas duas ocasiões em que governou o Estado causando catástrofes econômicas, fiscais e sociais.


         Tenho 76 anos e nem um único minuto desse tempo todo estive em cima do muro.  Não me parece sensato instalar-me sobre  ele, como se a política fosse um jogo em que eu, neutro como uma biruta de aeroporto, me movimentaria segundo o vento das circunstâncias.


         Sou culpado? Quem sabe? Nesta terra, disparate é a sensatez. E vice-versa.

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