Conheça os benefícios do baru e de outras castanhas brasileiras

 Esses alimentos esbanjam nutrientes e substâncias que auxiliam na proteção das artérias

Castanha-do-pará é imbatível na quantidade de selênio | Foto: Freepik


Não é preciso ir atrás de nuts, ou seja, de castanhas estrangeiras, para encher o cardápio de sabor e nutrientes, afinal, existem excelentes opções nativas no Brasil. Além das aclamadas castanhas do Pará e de caju, um dos destaques é o baru, velho conhecido dos povos originários e cada vez mais popular em todas as regiões brasileiras e até mundo afora.

O alimento vem de uma espécie considerada símbolo do Cerrado, o baruzeiro, que atinge cerca de 20 metros de altura. Contém sais minerais, como o zinco e o ferro, aliados contra a anemia, e potássio, que favorece o controle da pressão arterial e ajuda a combater as incômodas cãibras. Oferece ainda proteína, aquela que é indispensável aos músculos.

Outro destaque é a concentração de gorduras do tipo monoinsaturada – a mesma do azeite –, festejadas pelos efeitos cardioprotetores, incluindo o equilíbrio dos níveis de colesterol no sangue.

“A casquinha marrom que envolve a castanha é rica em compostos fenólicos”, comenta a nutricionista Gracieli de Miranda Monteiro, do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais (IFNMG). Essas substâncias têm potente ação antioxidante e ajudam a neutralizar os radicais livres, moléculas por trás de danos às artérias, entre outros distúrbios.

Em uma parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG) e com pesquisadores da Universidade Federal de Lavras (UFLA), Gracieli Monteiro tem investigado o baruzeiro. “A castanha representa somente 5% da massa total do fruto e resolvemos analisar sua polpa, que tem sido descartada”, comenta.

Entre os achados da pesquisa, publicada em fevereiro no periódico científico Food Research International, vale mencionar a grande quantidade de fibras, de vitamina C, de minerais como o cálcio, o ferro, o magnésio e o cobre, assim como a alta concentração de compostos fenólicos, sobretudo de trigonelina. “Essa substância aparece em estudos pela atuação a favor da saúde do cérebro”, diz a pesquisadora do IFNMG.

Um dos objetivos é estimular a utilização integral do alimento, evitar desperdícios e reduzir a quantidade de resíduos, atenuando impactos ambientais. “A polpa pode ser transformada em farinha e enriquecer pães, biscoitos, entre outras preparações”, defende a especialista.

Para Gabriela Mieko Yoshimura, nutricionista esportiva do Espaço Einstein de Reabilitação e Esporte do Hospital Israelita Albert Einstein, promover o aproveitamento total do baru colabora para a sustentabilidade da cadeia produtiva. “Além de incentivar a conservação da flora nativa, gera oportunidades econômicas para as comunidades locais”, afirma.

Sem contar que é uma estratégia para valorizar ingredientes brasileiros. Enquanto são investigadas maneiras de aproveitar o fruto, que raramente é consumido in natura por não ser tão agradável ao paladar, a sugestão é experimentar a castanha, que está disponível em supermercados.

De sabor suave, quase neutro, mas que se parece um pouco com o do amendoim, ela tem encantado chefs internacionais, mas há tempos aparece nas cozinhas brasileiras, sobretudo as goianas e mineiras, em receitas de doces, como o pé-de-moleque.

“Crua ou torrada, a castanha do baru pode ser apreciada como opção de lanche”, sugere a nutricionista do Einstein. Mas é preciso atentar para a quantidade, pois é um alimento calórico. Não dá para estabelecer uma quantia exata, tudo vai depender do perfil. “A recomendação deve ser individualizada”, orienta Mieko.

Vai bem ainda triturada e salpicada em frutas, iogurtes, saladas e farofas, por exemplo. “Além de enriquecer com seus nutrientes, acrescenta crocância”, elogia a nutricionista. Outra sugestão é preparar o molho pesto, que leva ainda azeite de oliva e manjericão.

Outras castanhas brasileiras

Para fugir da monotonia alimentar, outras oleaginosas nativas podem compor o cardápio. Aliás, esse grupo é chamado assim por concentrar quantidades generosas de gorduras em sua composição. É por essa característica que, assim como o baru, todas são calóricas e o excesso pode contribuir para o ganho de peso.

Confira a seguir três tipos populares:

Amendoim

Pelas particularidades botânicas, o amendoim é classificado como leguminosa. Isso porque, assim como os feijões, ele cresce em uma vagem. O alimento é natural da América do Sul, da área que corresponde à Bolívia, e foi domesticado no Brasil.

Além de gorduras benéficas e proteínas, oferece a vitamina E, potente antioxidante que zela pela integridade dos vasos sanguíneos. Outro destaque são os fitoesteróis, substâncias que interferem na absorção do colesterol, ajudando a equilibrar os níveis em circulação.

Faz sucesso como petisco e entra em diversas receitas. Pode compor um mix, junto de outras oleaginosas, perfeito para os lanches intermediários entre as refeições — desde que sem exageros.

Nos últimos anos, a pasta de amendoim ganhou popularidade. Nesse caso, a dica é optar pela versão pura, sem adição de outros ingredientes. “O ideal seria consumi-la em quantidades moderadas, como parte de um lanche, junto de fontes de proteínas e de fibras”, ensina a nutricionista do Einstein.

Castanha-de-caju

A palavra “caju” vem do tupi acaiu e quer dizer “noz que se produz”. Tal designação já dá a pista de que, ao contrário do que muita gente pensa, a castanha é o verdadeiro fruto do cajueiro. Aquela estrutura de casca avermelhada e polpa refrescante é um pseudofruto.

Assim como as outras, a castanha-de-caju oferta um mix de gorduras mono e poli-insaturadas, além de minerais como o magnésio, associado ao bom humor. Serve também como matéria-prima de bebidas vegetais. A recomendação para esse tipo de produto é avaliar criteriosamente o rótulo.

“Pode ser inserida no cardápio crua ou torrada, como snack ou adicionada às preparações”, sugere Gabriela Mieko. De saladas a sobremesas, combina com os mais variados pratos.

Castanha-do-pará

Também chamada de castanha-do-brasil, é imbatível na quantidade de selênio, mineral de ação antioxidante e anti-inflamatória, apontado como um dos guardiões de estruturas cerebrais, ajudando a afastar problemas como o Alzheimer.c

Mas cuidado: grandes quantidades podem ser tóxicas ao organismo. “Para não ultrapassar limites seguros de ingestão de selênio, a recomendação é consumir de 2 a 3 unidades [de castanha-do-pará] por dia”, indica a nutricionista.

E não é só de selênio se faz uma castanha: ela também oferece vitaminas e fibras, as parceiras da saúde intestinal. Fica perfeita moída e adicionada em saladas de frutas ou folhas e nas mais variadas receitas.

*Regina Célia Pereira / Agência Einstein

Correio do Povo

Defesa Civil de Porto Alegre emite alerta preventivo para chuva intensa entre quinta e sexta-feira

 Há possibilidade de chuva intensa, rajadas de vento de até 50 km/h, descargas elétricas e queda de granizo entre a tarde de quinta-feira, 27, e a noite de sexta-feira, 28

Entidade recomenda que os moradores evitem enfrentar o mau tempo e se afastem de áreas alagadas, arroios e rios | Foto: Camila Cunha / CP Memória


Defesa Civil de Porto Alegre alerta que, entre a tarde de quinta-feira, 27, e a noite de sexta-feira, 28, há possibilidade de chuva intensa, rajadas de vento de até 50 km/h, descargas elétricas e queda de granizo. Os acumulados podem somar 40 mm. A instabilidade mais intensa deve ocorrer na noite de quinta-feira.

De acordo com o Centro de Monitoramento e Alerta da Defesa Civil (Cemadec) e a Catavento Meteorologia e Meio Ambiente, o cenário meteorológico exige atenção, especialmente para áreas vulneráveis. Diante desse cenário, a Comissão Permanente de Atuação em Emergências (Copae) manterá equipes mobilizadas para ações de resposta rápida e apoio à população, caso necessário.

A Defesa Civil recomenda que os moradores evitem enfrentar o mau tempo e se afastem de áreas alagadas, arroios e rios. Quem reside em locais de risco deve buscar abrigo seguro ou utilizar as estruturas disponibilizadas pela Prefeitura. Também é fundamental manter distância de postes, árvores e placas de sinalização, que podem ser derrubadas pelos ventos.

Previsão do tempo para Porto Alegre:

  • Quarta-feira, 26: À noite, os ventos podem atingir rajadas de até 30 km/h.
  • Quinta-feira, 27: o dia inicia com céu nublado e temperaturas em torno de 21°C. Os ventos sopram de leste, com intensidade de 8 km/h. Ao longo da tarde, há potencial para pancadas de chuva acompanhadas de descargas elétricas, com acumulados estimados em 30 mm. Os ventos passam a soprar de nordeste, podendo atingir 50 km/h devido à instabilidade.
  • Sexta-feira, 28: jornada com tempo firme, mas, no período da tarde, há condições para pancadas de chuva, com acumulados de até 10 mm. Os ventos sopram de nordeste, com intensidade de até 13 km/h. As temperaturas variam entre 26°C e 30°C.
  • Sábado, 29: o sábado será de muita nebulosidade, com chuvas isoladas ao longo do dia. No período da tarde, há possibilidade de pancadas de chuva em todas as regiões da cidade, com acumulados de até 10 mm. Os ventos sopram de sudeste, com intensidade de 20 km/h. As temperaturas oscilam entre 22°C e 29°C.
  • Domingo, 30: a manhã inicia com nebulosidade, mas haverá aberturas de sol ao longo do dia. Os ventos sopram de leste/sudeste, com intensidade de 13 km/h. As temperaturas variam entre 21°C e 32°C, indicando um dia mais quente.
  • Emergências

A Defesa Civil pode ser acionada pelo telefone 199 e o Corpo de Bombeiros pelo 193. O monitoramento das condições climáticas segue em andamento, e novas atualizações poderão ser divulgadas conforme necessário.

Correio do Povo

CONCORRENTE AFINADO

 

BESTEIRAS

O vice-presidente Geraldo Alckmin veio à público com o propósito de mostrar que -DIZER GRANDES BESTEIRAS- é uma tarefa que não cabe apenas ao presidente Lula, mas, de forma igualitária aos integrantes da -CHAPA LULA/ALCKMIN-, que mais do que sabido vem -desgovernando- o Brasil desde janeiro de 2022. 


FORTE CONCORRENTE

Ontem, em evento promovido pelo jornal Valor Econômico, na qualidade de presidente em exercício, Alckmin foi simplesmente à loucura quando resolveu defender, com unhas e dentes, que o Banco Central desconsidere a inflação de alimentos e energia ao definir a taxa Selic. Fantástico, não? Creio que tão logo tomou conhecimento da enorme idiotice, Lula deve ter percebido que seu vice-presidente é um forte e destemido concorrente. 


CAUSA INTOCÁVEL

Para deixar muito claro que não tem o menor compromisso em atacar a VERDADEIRA -CAUSA- DA INFLAÇÃO, que consiste em PAQUIDÉRMICOS GASTOS PÚBLICOS -sustentados por UM CRESCENTE E ABISMAL ENDIVIDAMENTO-, Alckmin simplesmente atacou -com todas as pedras- a pobre e velha CONSEQUÊNCIA. Pode?


CRÉDITO CONSIGNADO

Mais: em momento algum, Alckmin criticou a SAFADEZA que embala o PROGRAMA DE CRÉDITO CONSIGNADO, que seu líder está VENDENDO ao pobre povo brasileiro como se o EMPRÉSTIMO fosse DINHEIRO DO CAIXA DO GOVERNO (??), quando, na REAL, é DINHEIRO DO PRÓPRIO POVO, a considerar que a GARANTIA É DADA ATRAVÉS DO FGTS. 

Aliás, vale lembrar que, ontem, a ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, achou melhor apagar um vídeo que publicou no sábado, 23, em suas redes sociais, no qual se referia ao crédito consignado como “empréstimo do Lula”....Argh..

Pontocritico.com

Julgamento de Bolsonaro: Defesa aponta contradições na denúncia da PGR / GAZETA DO POVO

 

Destravar plano diretor é desafio de Porto Alegre

 No aniversário de 253 da Capital, revisão completa 15 anos atrasada. Expectativa da prefeitura é vencer esse imbróglio até o fim do ano

O projeto do plano diretor reúne as normas de ocupação e de desenvolvimento da cidade | Foto: Mauro Schaefer


A Capital dos gaúchos vai completar seus 253 anos nesta quarta-feira sem ver vencido um dos seus principais imbróglios há 15 anos: a revisão do plano diretor. plano diretor de Porto Alegre deveria ter sido revisado em 2020, como prevê a lei. Cinco anos, uma pandemia e uma enchente histórica depois e o principal instrumento de desenvolvimento e organização da cidade segue esperando atualizações.

Se as promessas do prefeito Sebastião Melo (MDB) se concretizarem e o caminho previsto não sofrer curvas, o projeto de revisão será enviado à Câmara de Vereadores ainda este ano – de preferência até o final deste semestre. Assim, os vereadores devem se debruçar sobre o texto até o fim do ano, aprovando uma nova versão antes de 2026.

No entanto, com a complexidade do tema somado aos entraves judiciais e o embate polarizado presente no Legislativo, nada garante que a discussão não se prolongue para além do previsto. Um exemplo de como as coisas podem sair do planejado, é que Melo havia prometido vencer o tema ainda em seu primeiro mandato. Foi reeleito sem o ter feito, e agora corre para não entrar no segundo ano de governo com uma promessa antiga ainda pairando.

Um projeto “fatiado”

  • Ainda sob a gestão do ex-prefeito Nelson Marchezan Jr. (PSDB), no final de 2019a prefeitura iniciou as primeiras etapas no processo de revisão, por meio das chamadas “oficinas temáticas territoriais”. As discussões foram interrompidas, contudo, em 2020, em função da pandemia de Covid-19. Uma eleição e dois anos depois, o assunto só voltou à pauta em 2022quando a Secretaria do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade (Smamus) anunciou o novo cronograma de trabalho.
  • Com ele, uma novidade: o “fatiamento” do plano que gerou mudanças em duas regiões, Centro Histórico e 4º Distrito. Normalmente analisado e votado de forma conjunta, Melo apresentou duas propostas distintas de revisão para as duas regiões e, em novembro de 2021, os vereadores aprovaram a chamada “reabilitação” do Centro – bairro que ganhou atenção nas ações da prefeitura durante o primeiro mandato. Um ano depois, em agosto de 2022, o mesmo aconteceu com o 4º Distrito. Agora, resta o plano geral. Desde então, a revisão segue empacada.

O que a prefeitura propõe?

O plano que vem sendo desenvolvido pela prefeitura é lastreado em cinco objetivos centrais: qualificar os espaços públicos e potencializar a utilização do Guaíbareduzir o tempo de deslocamento das pessoas dentro dos seus trajetos diáriosreduzir o custo da moradia na Capitaladaptar a cidade para os efeitos das mudanças climáticas e zerar as emissões de efeito estufa; e transformar Porto Alegre em uma cidade robusta.

Essas transformações serão possíveis por meio de mudanças que tornem o plano diretor atual em menos “limitador”. “Hoje eu vejo o Plano Diretor como algo muito regulador, ficamos nos preocupando com o portão para dentro. A ideia é que tenha um plano que vá orientar o desenvolvimento da cidade”, explicou a secretária-adjunta da Smamus, Júlia Zardo.

Projetos que ampliem a utilização da Orla do Guaíba, a exemplo da última de revitalização obra, alternativas de modais hidroviários e a “miscigenação” de bairros, permitindo, por exemplo, a construção de comércio onde só é possível a construção de casas, são apenas alguns dos exemplos do que está por vir.

Agora, quando o assunto envolve áreas alagadas, proteção de cheias e a construção de uma cidade mais resiliente, as alternativas ainda não estão bem postas. Em viagem para Holanda no último mês, o titular da Smamus, Germano Bremm, foi buscar exemplos que pudessem ser importados para a Capital. Até porque Melo já afirmou que “não construir mais onde a água chegou não é o caminho, o caminho é ter um sistema robusto de proteção de cheias que dê segurança para quem já mora”. “A cidade cresce e a gente tem que produzir esse processo criando uma infraestrutura vertiginosa”, resumiu Bremm.

Entraves

Os embates judiciais, entretanto, podem ser uma pedra no sapato da prefeitura na celeridade desse processo. Isso porque a Justiça anulou, em fevereiro, a eleição dos representantes de entidades não governamentais para compor o Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano Ambiental (CMDUA).

Uma das últimas etapas na finalização do projeto, o conselho tem caráter consultivo e fica responsável por formular e aprovar políticas e projetos sobre o desenvolvimento urbano e ambiental da cidade. No entanto, o juiz Gustavo Borsa Antonello, da 4ª Vara da Fazenda Pública da Capital, acatou a ação popular movida por entidades do setor de planejamento urbano e identificou falhas no processo eleitoral. A chapa eleita tinha como presidente o secretário Germano Bremm. Nesta semana, a prefeitura recorreu da decisão.

O que a oposição espera?

Do outro lado do balcão, a oposição na Câmara de Porto Alegre tem a expectativa de que o governo respeite os ritos que o plano diretor exige. São elas: a criação de sete direções temáticas para debater os diferentes pontos do projeto que serão repartidos entre os vereadores respeitando os blocos partidários, a tramitação de no mínimo seis meses e, terminados os estudos, que haja a possibilidade de a população participar através de consultas e audiências públicas, por exemplo.

“Nós temos concordância que tem que ter atualização, mas não da forma açodada e fatiada como o governo fez na gestão anterior (em referência ao Centro Histórico e 4º Distrito). Ele (governo) possibilitou que os índices construtivos exagerassem e acabaram perdendo na Justiça. Por isso (o plano diretor) tem que ser debatido”, afirmou o vereador Aldacir Oliboni (PT). No momento, os sinais indicam que o governo não repetirá o modelo adotado anteriormente.

Isso não indica, contudo, que a oposição não esteja preparada para enfrentar algumas searas. Uma delas é a venda de prédios públicos que, na avaliação de Oliboni, poderia ser reutilizada para execução de serviços públicos, como creches – uma crise que a Capital enfrenta. Como a disputa no voto é mais difícil – a oposição é minoria na Câmara, com 12 dos 35 vereadores – a aposta é o diálogo. “Os vereadores (da base) têm que entender que uma questão não é ‘do vereador’, é da sociedade que está debatendo aquela questão”, afirmou.

Correio do Povo

Massa de ar frio trará queda acentuada de temperatura ao RS; veja quando

 Estado terá a incursão rápida de ao menos três massas de ar frio, de acordo com a MetSul

Estado terá a incursão rápida de ao menos três massas de ar frio, de acordo com a MetSul | Foto: Pedro Piegas / CP Memória


Análise dos prognósticos de médio e longo prazo já dão sinais de quando o frio mais amplo poderá chegar ao Brasil. O outono climático até agora registrou grande variabilidade térmica, o que é normal no começo da estação de transição. Sinal disso é que a massa de ar seco já proporcionou manhãs frias em partes do sul do Brasil – tanto que a primeira geada do ano já ocorreu.

No prognóstico de outono, a MetSul apontou que o outono terá temperatura acima da média histórica em grande parte do território Nacional. Em contrapartida isso não significa ausência de dias com frio, que naturalmente ocorrem nessa época do ano.

Analisando as saídas dos modelos matemáticos para os próximos 45 dias, as projeções indicam que haverá a incursão rápida de ao menos três massas de ar frio com declínio acentuado e amplo da temperatura. O primeiro no começo de abril, o segundo ao redor do dia 12 e posteriormente nos primeiras dias de maio.

A geada é um fenômeno que se prevê no curto prazo, portanto é cedo ainda para definir a data de um episódio de geada mais generalizado ocorrer. Nesse sentido ressalta-se que os períodos de frio que houver tende a ser curtos predominando assim os dias amenos e até quentes nas próximas semanas em grande parte do país.

RS já teve mínimas baixas

De março até agora, a menor temperatura registrada pelo Instituto Nacional de Meteorologia na capital gaúcha foi 16,4°C no dia 14. Na campanha em Bagé, chegou a fazer 8°C no dia 10. Em General Carneiro, no Paraná, a mínima do mês agora ocorreu no dia 22 com 8,7°C. Portanto, marcas inferiores a 10°C e com sensação de frio já foram registradas em algumas cidades, porém forma situações pontuais como resultado do efeito do ar muito seco e não massa de ar de origem polar ampla.

MetSul Meteorologia e Correio do Povo

TV Justiça - Ao vivo

 

É na música que Porto Alegre se encontra

 No aniversário da cidade, lembre canções que são tão tradicionais que já formam o DNA da Capital gaúcha

Porto Alegre completa 253 anos nesta quarta-feira | Foto: Mauro Schaefer


Nesta quarta-feira, dia 26, Porto Alegre celebra 253 anos. Para comemorar, o Correio do Povo separou algumas canções que entre os acordes, melodias, harmonias e ritmos formam o DNA do gaúcho que mora na Capital.

As estrofes de “Porto Alegre É Demais!”, da ex-primeira dama, Isabela Fogaça, evocam um sentimento que só quem vive entende: “Porto Alegre é que tem um jeito legal, é lá que as gurias etc… e tal. Nas manhãs de domingo, esperando o Gre-Nal, passear pelo Brique num alto astral”.

Para a cantora desse hino informal: “Amar Porto Alegre não é difícil. Esta cidade que nos encanta com a sua arborização, que nos encanta com o povo, com as pessoas que nela vive e que são especiais. Até o jeito de falar Porto Alegre é especial. Então, eu digo a vocês com muita propriedade que Porto Alegre sim é demais.”

Entre tantas músicas, “Horizontes”, composta por Flávio Bicca Rocha, e gravada por Elaine Geissler, se destaca pelo tom emocional e temática da ditadura militar. Ela foi criada para a trilha do musical - muito porto alegrense - “Bailei na Curva”, e desde 1983 embala os palcos em que o espetáculo passa: “Há muito tempo que ando nas ruas de um porto não muito alegre e que no entanto me traz encantos e um pôr-de-Sol me traduz em versos”;

O hino de Kleiton & Kledir “Deu Pra Ti” é considerado um clássico, e cita locais importantes para a cidade, como o Parque Farroupilha e o estádio Beira Rio. “Deu pra ti baixo astral, vou pra Porto Alegre. Tchau!”. Em depoimento para a matéria, os músicos comentaram sobre a saudade da cidade, “Cada ano que chega a data de comemoração do aniversário de Porto Alegre, sempre, sempre, sempre dá muita saudade e muitas lembranças vem à memória e mesmo morando distante, como nós moramos há muitos anos no Rio de Janeiro, a gente sempre deseja que Porto Alegre ocupe um lugar no mundo inteiro, que ela merece, como centro cultural, centro de educação, como o centro que preserva os seus costumes, onde tem um povo maravilhoso, amigo, receptivo e super preparado para as novidades que surgem no mundo”.

E quando o assunto é referências porto alegrenses, a parceria entre Nei Lisboa e Hique Gomez, “Berlim - Bom Fim” , conta até com espaços que já deixaram de existir, como o Bar do João, em outro trecho menciona o Muro da Mauá e o tradicional bar Ocidente, que completa 45 anos de existência este ano: “E depois da meia-noite, a fauna ensandecida do Ocidente”.

Nos ritmos alternativos de “Amigo Punk”, composta por Frank Jorge e Marcelo Birck, em 1995, a nostalgia é certeira, com menções a um caminho muito percorrido por qualquer habitante da capital: da Avenida Osvaldo Aranha ao Parque Farroupilha, “Amigo punk, escute este meu desabafo, que a esta altura da manhã já não importa o nosso bafo. Pega a chinoca, monta no cavalo e desbrava esta coxilha, atravessa a Osvaldo Aranha e entra no Parque Farroupilha”.

“Ramilonga”, de Vitor Ramil, não pode faltar na playlist da vida em Porto já que a música cita diversos bairros da cidade: “Sobrevôo os telhados da Bela Vista, na Chácara das Pedras vou me perder, noites no Rio Branco, tardes no Bom Fim”, canta o compositor natural de Pelotas. Em outra parte remete a Praça XV e ao Guaíba, “O tango dos guarda-chuvas na Praça XV confere elegância ao passo da multidão triste lambe-lambe, aquém e além do tempo Do alto da torre a água do rio é limpa Guaíba deserto, barcos que não estão ares de milonga vão e me carregam”.

Humberto Gessinger, que é figura carimbada pelas ruas e é sempre visto andando por aí, também já homenageou a cidade em que nasceu na música “Por Acaso”, da sua banda Engenheiros do Hawaii: “Da janela do avião eu vejo Porto Alegre vejo o futuro em flash-back. Meu pai, minha filha, nossa casa. Da janela do avião eu vejo por acaso, o nosso caminho, Moinhos de Vento, Glória, Independência, a nossa Redenção. Vejo da janela do avião”.

Essa pequena mostra de músicas traz entre tantas canções, linda homenagens à Capital, marcando gerações e épocas, contando uma parte da história da cidade.

Correio do Povo

Em assembleia, servidores municipais de Porto Alegre confirmam greve em abril

 Categoria cobra perdas salarias e aponta falta de diálogo por parte do governo

Assembleia do Simpa definiu por greve nos dias 1º e 2 de abril | Foto: Fabiano do Amaral


Confirmando a tendência após uma reunião considerada pouco produtiva com a administração de Porto Alegre, servidores municipais aprovaram greve. A mobilização da foi definida na noite desta terça-feira, durante assembleia conduzida pelo sindicato da categoria.

No início da tarde, a direção do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa), esteve com o Secretário Geral de Governo da Capital, André Coronel, para tratar sobre o reajuste salarial e demais reivindicações da categoria. Porém, o encontro realizado a portas fechadas na Secretaria Municipal de Administração e Patrimônio, na Rua Siqueira Campos, frustrou as expectativas dos dirigentes sindicais.

“Foi uma reunião muito dura. Nos chamaram de forma urgente, esperávamos alguma resposta concreta, mas não foi o que tivemos. Tudo muito vago”, relatou o diretor-geral do Simpa, João Ezequiel.

Diante disso, a categoria aprovou greve a iniciar do dia 1º de abril. No dia 2, nova assembleia avaliará o movimento e definirá pela continuidade ou não.

Os municipários já fizeram greve na quinta-feira passada, dia 20 de março, e vinham tentando uma negociação com a prefeitura.

Posição da prefeitura

Segundo o Secretário Geral de Governo da Capital, André Coronel, a prefeitura está mantendo o diálogo aberto com a categoria e se comprometeu de realizar uma nova reunião nos próximos dias com a presença do prefeito Sebastião Melo.

“Nos encontramos com o sindicato dos municiários hoje, o governo reafirmou a sua posição desde o início de manter o diálogo aberto, a palavra ‘conflito’ registrada pelo sindicato não tem a nossa aprovação, ao contrário, nós ampliamos a cada dia o diálogo com o sindicato. Hoje tivemos a oportunidade de apresentar os dados financeiros do ano passado para o sindicato e esperamos nos próximos dias uma nova reunião. Nos comprometemos com uma nova reunião com a presença do prefeito para avançar nas negociações”, ressaltou o Secretário Geral de Governo da Capital, André Coronel.

Na semana passada, a prefeitura afirmou em nota que reconhece as reivindicações da categoria e mantém-se aberta ao diálogo e à negociação de forma responsável e transparente.

Confira a nota encaminhada pela prefeitura da Capital.

Correio do Povo

Pegada de dinossauro inédita é encontrada por pesquisadores da Ufrgs

 Rocha marca com detalhes a presença de um dinossauro carnívoro do período jurássico

Pesquisadores encontram pegada de dinossauro | Foto: Nicole Trevisol / Secom Ufrgs / CP


Novas pegadas de quatro grupos de dinossauros, entre elas a com melhor estado de preservação já encontrada na Formação Guará, foram descobertas por pesquisadores da Ufrgs durante visitas técnicas na cidade de Rosário do Sul. Os achados também apontam o segundo registro de Ankylosauria, um grupo de dinossauros herbívoros, quadrúpedes e com membros curtos e poderosos.

As pegadas, também chamadas de icnofósseis, registram vestígios de atividades de organismos que viveram no passado e que ficaram preservados em rochas e sedimentos.

artigo “Dinosaur tracks from the Guará Formation (Brazil) shed light on the biodiversity of a South American Late Jurassic humid desert” (Pegadas de dinossauros da Formação Guará (Brasil) lança luz sobre a biodiversidade de um deserto úmido do Jurássico Superior na América do Sul - tradução livre) foi publicado recentemente na revista Journal of South American Earth Sciences e faz parte da pesquisa de doutorado de Denner Deiques Cardoso do Programa de Pós-Graduação em Geociências (PPGGeo).

O trabalho contou com a colaboração dos professores do Instituto de Geociências (Igeo/Ufrgs) Paula Dentzien Dias Francischini e Heitor Roberto Dias Francischini, além do egresso da Ufrgs e atual professor da Universidade Federal de Uberlândia André Barcelos Silveira.

Ao longo dos últimos anos, têm aflorado das rochas da Formação Guará fósseis que registram traços de vertebrados e invertebrados, com destaque para as pegadas de dinossauros atribuídas a terópodes, saurópodes, ornitópodes e anquilossauros. A publicação ainda discute questões tafonômicas e aspectos de preservação das pegadas, uma vez que elas são majoritariamente undertracks.

A pegada mais relevante está registrada em rocha que foi exposta por um riacho e localizada pelo grupo em 2018: nela é possível verificar com perfeição o relevo da pegada do dinossauro, sua morfologia de três dedos (dedo 3, dedo 4 e dedo 2) e a marca de uma garra, fatores que apontam se tratar de um dinossauro carnívoro.

“Foi muita sorte a nossa encontrar essa rocha. Ela é a principal do artigo e a mais significativa, uma vez que temos poucos registros como esse no Brasil, que remontam ao período jurássico brasileiro", salienta Paula.

Denner fala emocionado sobre a descoberta e explica que no Rio Grande do Sul existem rochas de diferentes períodos que surgem em locais diversos. “Sempre falamos que quando estudamos a história dos dinossauros, independentemente de qual parte do mundo você esteja, é impossível não falar do RS. Aqui temos uma riqueza muito grande desses grupos, os dinossauros mais antigos do mundo são do nosso estado; temos muito material bom do período triássico e cada vez mais surgem materiais do Jurássico".

Paula estuda pegadas de dinossauros em formações rochosas desde a graduação, sendo ela e o orientador os primeiros a descreverem rastros de dinossauros do período jurássico no RS.

A diferença desse achado para os outros três apresentados no artigo é o seu relevo, o que o torna o mais importante para os pesquisadores. “As outras pegadas estão muito erodidas, como se fossem desenhos em 2D, e as morfologias são vistas com menos detalhes. Nesta, conseguimos ver muito bem todo o seu relevo, inclusive a marca de garra, que nem sempre dá pra ver por conta da erosão", salienta Denner.

Relevância desse tipo de pesquisa na universidade

Paula reforça que pesquisas dessa natureza, feitas dentro das universidades federais, mostram aos pesquisadores a idade da rocha e, consequentemente, a qual tempo geológico aquele fóssil pertence.

“Isso nos dá informações muito importantes para nos ajudar a encontrar petróleo, por exemplo. Esse fóssil é como se fosse uma das peças do quebra-cabeça para encontrarmos os recursos naturais no planeta", diz ela.

Outra função dos fósseis é ajudar os cientistas a entenderem como a vida evoluiu no planeta Terra e como os dinossauros se comportaram com as mudanças climáticas que ocorreram. “São informações que nos ajudam a entender o que vai acontecer com a Terra de agora em diante, com a crise climática”, pontua Paula.

O acervo pode ser visitado de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 14h às 18h, no Museu de Paleontologia da Ufrgs, localizado no Campus do Vale.

Correio do Povo