Mendonça é eleito para vaga no TSE e elogia Moraes

 Ministro assume mandato efetivo de dois anos



O ministro André Mendonça foi eleito na quarta-feira para assumir uma das cadeiras reservadas para o Supremo Tribunal Federal (STF) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Mendonça vai substituir o ministro Alexandre de Moraes, que deixará o TSE no dia 3 de junho.

São os próprios ministros do Supremo que declaram, por votação, um integrante para representar a Corte na Justiça Eleitoral. O rodízio das vagas obedece, historicamente, aos padrões da antiguidade. Por isso, a eleição é simbólica. Mendonça já foi ministro substituto do TSE e agora assume um mandato efetivo de dois anos.

“Firmeza”

Após a votação, Mendonça fez um elogio a Moraes. Disse que o colega comandou o tribunal com “firmeza”, apesar das “turbulências” e “questionamentos”. "Meu registro da gestão exitosa de Vossa Excelência à frente do Tribunal Superior Eleitoral, conduzindo o tribunal em tempos onde houve, por vezes, algumas turbulências, vamos dizer assim, alguns questionamentos, e Vossa Excelência com muita firmeza o fez à frente do TSE" , declarou Mendonça, que disse ainda respeitos e manter “consideração e amizade” por Moraes.

Mendonça também fez um agradecimento pelos votos e disse que seu compromisso atuará com "absoluta imparcialidade" e "deferência ao tribunal, à legislação e à Constituição".

Ataques

Moraes assumiu a presidência do TSE em agosto de 2022. Ele foi o responsável por organizar as eleições do ano e os ataques sistemáticos de Jair Bolsonaro (PL) e de aliados do ex-presidente, que fizeram uma campanha contra as urnas eletrônicas e o sistema de votação aprovada no Brasil.

Mendonça assume a presidência de Moraes no TSE, mas não a presidência do tribunal. Quem vai dirigir a Corte a partir de junho é a ministra Cármen Lúcia.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Saiba como recorrer ao seguro de imóveis e veículos em função das perdas pela enchente

 Segurado deve ficar atento ao que diz o contrato; seguradoras destacam equipes para agilizar indenizações



A tragédia que se abateu sobre o Rio Grande do Sul em função das chuvas que atingem o Estado desde o fim de abril causou mais de cem mortes e muitas perdas materiais. Nas regiões onde a água baixou, os cidadãos já começam a ter uma noção do tamanho do prejuízo causado em seus imóveis, veículos e demais bens.

Quem tem seguro sobre seus bens pode ter seu prejuízo coberto. No entanto, é importante ficar atento ao que prevê o contrato. O consumidor pode entrar em contato com a seguradora ou com seu corretor para compreender exatamente o que está coberto pelo contrato.

Marlo Thurmann Gonçalves, professor de Direito Empresarial e Direito do Consumidor da Universidade Feevale, explica que seguros residenciais nem sempre preveem indenização para sinistros deste tipo. Um dos motivos é o valor pago pelo segurado, que fica mais elevado quando se inclui essa opção.

Nos casos em que a cobertura está prevista, o segurado deve procurar a seguradora. Caso a seguradora recuse a indenização por decorrência de sinistro envolvendo inundação, o consumidor poderá mover ação judicial contra a seguradora ou fazer uma reclamação ao Procon. O segurado por ingressar com ação judicial em Juizados Especiais Cíveis, sem custo, limitadas ao valor de até 20 salários-mínimos (sem advogado) ou 40 salários-mínimos (com advogado).

“As vantagens, nesse caso, de aplicação do Código de Defesa do Consumidor à relação de seguro é que o processo pode ser ajuizado no foro do domicílio do consumidor e há inversão do ônus da prova, ou seja, caberá à seguradora provar, por exemplo, que o segurado agravou o risco do seguro.”

Quanto aos seguros de veículos, quando não se limitam a seguros contra terceiros, de regra contemplam indenização por decorrência de danos provocados por inundações (hipótese de seguro total ou compreensivo).

“O que vale aqui, para que o segurado tenha direito ao ressarcimento, é que não tenha agravado o risco. O agravamento do risco se dá quando o segurado tem ciência de que determinado ato - como, por exemplo, ingressar em uma via inundada - poderá gerar o sinistro e, ainda assim, pratica o ato”, explica o professor.

Volume de sinistros ainda é incerto

As enchentes que atingem o Estado devem gerar um dos maiores volumes de ocorrências de seguro já registrados. De acordo com o Sindicato das Empresas de Seguros do RS (Sindseg), ainda não é possível estimar o volume de sinistros.

“Somente agora os cidadãos atingidos estão contatando as seguradoras para relatar os sinistros. Neste contexto, à medida que as seguradoras repassarem os dados para consolidação pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), e houver uma estimativa de valores a serem indenizados no Rio Grande do Sul, a entidade fará ampla divulgação para que os dados sejam tratados com a devida transparência”, afirma o presidente da entidade, Guilherme Bini.

De acordo com o Sindseg, as mais de 40 companhias associadas exclusivamente à Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), que concentram a maioria dos segurados impactados destacaram equipes para garantir agilidade no pagamento de indenizações a seus segurados.

A Confederação Nacional das Seguradoras recomendou às seguradoras que estendam os prazos de pagamento e de renovação das apólices.

Seguro habitacional

Outra modalidade é o Seguro Habitacional. Quem adquiriu ou construiu imóveis por meio de financiamento imobiliário tem o direito, por exemplo, de recorrer ao seguro habitacional. De acordo com o Sindseg, no Brasil, a contratação de um seguro habitacional é condição essencial para obter financiamento imobiliário, determinado por lei.

Correio do Povo

Equipes de apoio levam doações para uma comunidade indígena na zona Sul de Porto Alegre

 Trabalho teve participação da PRF, FUNAI, Greenpeace, prefeitura de Porto Alegre e voluntários



Um trabalho conjunto da Polícia Rodoviária Federal, o Greenpeace, Prefeitura Municipal de Porto Alegre, FUNAI e voluntários, levou nesta quarta-feira, doações para uma comunidade indígena na zona Sul de Porto Alegre atingida pela cheia do Guaíba.


A comunidade indígena Mbyá Guarani conta com 17 habitantes e fica localizada na zona sul de Porto Alegre em um local conhecido como Ponta do Arado Velho no bairro Belém Novo. Devido ao fato do local ser isolado e de difícil acesso, Policiais Rodoviários Federais auxiliaram a entrega de diversos remédios, 25 cestas básicas, 10 colchões, 200 litros de água potável e dois fardos com cobertores e roupas de cama.

A ajuda para o Povoado indígena da etnia Mbyá Guarani, que ficou sem mantimentos essenciais após a cheia do Lago Guaíba, foi possível somente com o auxílio motos aquáticas e lanchas. Uma médica acompanhou a equipe e realizou atendimentos na comunidade.

Correio do Povo

Chuvas no RS: Corsan recupera 65 de 67 de estruturas afetadas pela enchente

 De acordo com a empresa, os trabalhos mais intensos estão focados nas cidades de Canoas, Esteio e Sapucaia, na Região Metropolitana



Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) informou nesta quinta-feira que já restabeleceu 65 das 67 estruturas severamente danificadas pelas enchentes que arrasaram cidades no Rio Grande do Sul nos últimos dias. A empresa vem trabalhando em regime de força-tarefa, para cumprir o plano de contingência e recuperar, o mais rápido possível, as estações de captação, tratamento e distribuição de água.

De acordo com a empresa, os trabalhos mais intensos estão focados nas cidades de Canoas, Esteio e Sapucaia, na Região Metropolitana. "Nessas cidades, as condições permanecem críticas devido à inundação das estações de tratamento, dificultando o acesso das equipes de manutenção", disse em nota a companhia.

No abastecimento emergencial de água, cerca de 750 colaboradores da Corsan estão trabalhando intensamente para fornecer água potável a aproximadamente 350 mil pessoas das três cidades que ainda apresentam pontos desabastecidos. Para isso foram instaladas cinco Estações Móveis de Tratamento de Água (ETAs) e implantados cerca de 10 km de adutoras que interligam os sistemas de Esteio, Sapucaia do Sul e Canoas.

Para responder aos estragos causados pelas enchentes, foram necessárias cinco equipes de mergulhadores, a instalação de 80 geradores, muitos dos quais em balsas, e a implementação de 98 novas bombas. Além disso, segundo a Corsan, equipes da concessionária recuperaram quadros elétricos e de comando, drenaram casas de máquinas e construíram contenções para prevenir novas inundações.

Isenção

No último dia 10, a concessionária lançou um programa de isenções, beneficiando 906 mil imóveis que foram inundados ou desabastecidos. Os imóveis inundados receberão isenção da conta de água por dois meses, ou seis meses no caso de clientes da Tarifa Social. Aqueles afetados por desabastecimento contínuo serão isentos do pagamento do serviço básico de maio, pagando apenas pelo consumo real.

Estadão Conteúdo e Coteúdo e Correio do Povo

Inter confirma saída do Rio Grande do Sul. Delegação treinará em Itu, no interior paulista

 Delegação colorada deve viajar na próxima segunda-feira, ficando fora do Estado por três semanas. Local dos jogos ainda não foi definido


Sem outra alternativas, o Inter confirmou na noite de quinta-feira que seguirá para Itu, cidade no interior de São Paulo, para realizar uma intertemporada de treinos de cerca de 20 dias. A saída do Rio Grande do Sul, que chegou a ser negada pelos dirigentes, é necessária para compensar a falta do CT Parque Gigante e do Beira-Rio, que foram atingidos e parcialmente destruídos pelas águas do Guaíba.

Em Itu, a delegação colorada ficará no Otho Hotel, que foi utilizado como concentração pela seleção japonesa durante a Copa do Mundo de 2014. Depois, o hotel também foi usado para os treinos da seleção chilena durante a Copa América. Ou seja, trata-se de um local que reúne condições mais ou menos parecidas com as do CT Parque Gigante.

O próximo jogo do Inter é no dia 28 de maio, contra o Belgrano, pela Copa Sul-Americana. O mando de campo é dos colorados, mas o local da partida não foi definido. Há algumas alternativas, como o próprio estádio Estádio Dr. Novelli Júnior, que fica em Itu, tem capacidade para pouco mais de 18 mil torcedores e estrutura razoável. Porém, ele ainda não foi vistoriado pela Conmebol.

O Inter pretende definir o local da partida nos próximos dias. A viagem para Itu será na segunda-feira. Até lá, o grupo colorado treinará no Complexo Esportivo da PUC.


Correio do Povo

Davi é recebido por prefeito de Canoas em retorno ao RS e pede para não enviarem mais PIX

 



Fonte: https://youtube.com/shorts/9WHw7SDUG94?si=3w5DQOqGHoIEP5Ip

Grêmio: prejuízos das enchentes no Rio Grande do Sul

 Tricolor vai começar a treinar em São Paulo nesta sexta-feira

Arena do Grêmio segue embaixo d'água 

As enchentes no Rio Grande do Sul trouxeram vários prejuízos ao Grêmio. Entre eles, a situação da Arena, que segue embaixo d'água e ainda sem perspectiva sobre quando vai poder voltar a ser utilizada. Porém, pelo menos a manutenção do estádio não será um problema do clube. "O Grêmio não gasta nada com a Arena", garante o vice-presidente do Conselho de Administração, Eduardo Magrisso.

Os gastos de manutenção do equipamento permanece a cargo da administradora. Toda a estrutura danificada por conta das enchentes será de responsabilidade da Arena. "A Arena será responsável pela reforma de todas as estruturas danificadas pela enchente. A análise precisa de custos e processos poderá ser feita somente após a água baixar”, se limitou a dizer a assessoria de imprensa.

Por conta da inundação na Arena, o Grêmio ainda não conseguiu dimensionar o prejuízo financeiro que terá, por exemplo, na sua loja oficial, a GrêmioMania. Na semana passada, o local foi invadido enquanto o estádio tricolor abrigava vítimas das enchentes em Porto Alegre. Foram levados computadores, televisores, dinheiro, cofre, camisas do clube e diversas mercadorias. O saque aconteceu mesmo com a presença de dez seguranças, que estavam ilhados no local.

Logo nos primeiros dias que a cheia do Guaíba atingiu os bairros Humaitá, Navegantes e Farrapos, nas imediações do estádio, a Arena chegou a receber cerca de 500 desabrigados. As pessoas só foram retiradas dias depois, quando a região ficou sem água e luz. Com isso, foram transferidas para lugares que tivessem melhor infraestrutura.
Em meio a esses danos, o Tricolor conseguiu manter o museu intacto. O Memorial Hermínio Bittencourt, que fica em uma parte mais elevada da Arena, foi preservado e segue guardando os troféus e camisas históricas do clube. "A princípio não houve algum dano. As áreas do museu não foram atingidas, e o acervo está bem guardado", afirma Carlos Eduardo, coordenador do espaço e principal voz do clube desde os recentes problemas.

Dentro de campo, o Grêmio começa nesta sexta-feira, no CT Joaquim Grava, em São Paulo, a sua retomada no futebol. Para se instalar na estrutura do Corinthians, o Tricolor precisou buscar equipamentos que estavam no CT Presidente Luiz Carvalho. Para a missão sobre as águas que tomaram conta da rua, vários funcionários do clube, como massagistas, roupeiros e seguranças contaram com a ajuda de profissionais da prefeitura e da EPTC. Eles tiveram que fazer carretos de barco na quarta-feira, antes de começarem a viagem para a capital. "A gente conseguiu pegar e levar. Isso é super importante para a gente ter o nosso equipamento", revelou Magrisso.

Nesta quinta-feira, o clube atualizou a situação do time feminino. O Complexo Esportivo da Ulbra, em Canoas, onde treinam as Gurias Gremistas está servindo para 6 mil desabrigados, comprometendo a preparação até a retomada dos jogos. “Queremos garantir condições justas para voltar a competir. Não há como o grupo ficar alheio a tudo que está acontecendo em nosso Estado. Muitas atletas foram diretamente afetadas", diz Marianita Nascimento, diretora do departamento.

Correio do Povo

Moradores protestam após 13 dias sem luz no Centro Histórico

 Grupo usou panelas e apitos para chamar a atenção para o caso

Moradores do Centro Histórico querem a volta da energia elétrica 

Moradores da região central realizaram mais um protesto, nesta quinta-feira, por conta da falta de energia elétrica decorrente da cheia do Guaíba. Cerca de 20 moradores do Centro Histórico ocuparam a rua Riachuelo, próximo da avenida Borges de Medeiros.

Batendo panelas e usando apitos, o grupo pedia a volta da luz. Os manifestantes também alegam falta de informação por parte da CEEE Equatorial, concessionária responsável pela prestação do serviço.

“Ninguém nos atende, quando conseguimos contato, colocam a culpa na água. Estamos esgotados, já são 13 dias no escuro, com medo de assalto”, lamenta Dolores Alencar Silva, 58 anos, síndica de um condomínio localizado na Demétrio Ribeiro.

O grupo encerrou a manifestação ao escurecer, por volta das 18h30min, por motivos de segurança.

O que diz a CEEE Equatorial

Procurada pelo Correio do Povo, a concessionária não retornou o pedido de informação até esta publicação. No início da semana, a empresa divulgou nota informando que está readequando redes que alimentam a região, tentando assim restabelecer a energia em áreas que não estão alagadas. Os pontos submersos permanecerão sem energia por questões de segurança.

Correio do Povo

Primeiro lote da restituição do IR contemplará apenas gaúchos

 Parcela deve ser paga no dia 31 de maio

Contribuintes gaúchos foram priorizados devido a enchente 

Somente os contribuintes gaúchos receberão o primeiro lote de restituições do Imposto de Renda de 2024. O valor de R$ 1,1 bilhão será pago para 900 mil declarantes cadastrados.

Mudança no sistema viabilizou a ampliação do número de contribuintes beneficiados. O fechamento ocorreu no dia 15 de maio, em vez do habitual dia 10.

Priorizar a restituição aos contribuintes do Rio Grande do Sul foi uma das medidas incluídas pelo Governo Federal no pacote de R$ 50,9 bilhões para auxiliar famílias, trabalhadores rurais, empresas e municípios do Estado.

A Receita Federal promoverá, nos próximos dias, o Mutirão de Acessibilidade Digital no Rio Grande do Sul. A iniciativa tem como principal propósito levar àqueles que se encontram em abrigos acesso a serviços públicos digitais disponibilizando computadores, tablets e internet.

Serão disponibilizados serviços como:

Acesso a serviços públicos pelo portal gov.br;

Acesso à conta bancária e contas de email;

Antecipação da restituição do Imposto de Renda.

A medida terá o apoio de estudantes que participam do Núcleo de Apoio Contábil e Fiscal, um projeto desenvolvido pela Receita Federal em parceria com instituições de ensino, com objetivo de oferecer serviços contábeis e fiscais gratuitos para cidadãos e pequenas empresas.

O Mutirão se soma a uma série de outras medidas anunciadas pelo órgão, como:

  • Doação de mercadorias.
  • Postergação do pagamento de tributos e entregas de declarações, a exemplo do imposto de renda.
  • Disponibilização de helicóptero e drones da instituição.
  • Lançamento do Receita Via Rápida para facilitar o recebimento de doações do exterior.

Correio do Povo

Nível do rio Guaíba segue em queda nesta quinta-feira

 Medição durante a noite chegou a 4,81 metros

Nível do rio Guaíba seguiu baixando nesta quinta-feira 

Pelo segundo dia consecutivo, o nível do rio Guaíba segue em queda. Nesta quinta-feira, após iniciar o dia com 4,98 metros, o lago baixou para 4,81 metros durante a noite, às 22h15min, segundo o Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos.

A tendência é de que o rio Guaíba siga em queda, mesmo com as chuvas que devem cair na segunda metade do mês de maio no Rio Grande do Sul. Isso deve-se, também, aos rios, como o Taquari e Caí, que desaguam no Cais Mauá, estar reduzindo os seus níveis.

Conforme a MetSul, o processo de queda será lento, e a enchente deverá durar até o início de junho. A justificativa para isso está no pico extremo que o lago atingiu na última semana – meio metro acima de 1941.

Correio do Povo