A perigosa aliança entre Putin e Kim

 A presença da Coreia do Norte lutando ao lado das tropas russas foi agora escancarada por Putin

No dia em que o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou uma trégua de três dias a ser cumprida na guerra que trava contra a Ucrânia, escancarou-se algo que se sabia, mas que não havia tido ainda uma confirmação oficial: a presença da Coreia do Norte lutando ao lado das tropas russas. E este escancaramento se deu quando Putin anunciou, também nesta segunda-feira, que havia sido retomada a província de Kursk, numa ação que teve a decisiva participação de soldados da Coreia do Norte.

A Ucrânia nega que fora retomada a província que invadira em agosto de 2024, porém Putin fez um aberto agradecimento ao líder norte-coreano Kim Jong-un e aos soldados do mesmo país “pela participação decisiva na ofensiva que levou à libertação da região de Kursk”. Elogiou ainda “o heroísmo, o alto nível de treinamento e a dedicação dos soldados norte-coreanos, que participaram ativamente dos combates e defenderam nossa pátria como se fosse a deles”.

ALIANÇA

Vê-se, portanto, que a participação norte-coreana ao lado dos russos não é pequena. Tanto que Putin disse que mais de 4 mil soldados norte-coreanos já teriam morrido nos confrontos contra os ucranianos. Por aí pode-se dimensionar que o contingente enviado por Pyongyang não deve ter baixado de 12 mil soldados.

Esta aliança traz um enorme perigo para o mundo ocidental, pois se tratam de dois dirigentes inconfiáveis e altamente perigosos. Putin já comprovou isto com a guerra que trava contra a Ucrânia. E Kim Jong-un tem ameaçado constantemente seus vizinhos Japão e Coreia do Sul, com o lançamento de mísseis de longo alcance e capazes de carregar ogivas nucleares. O que lhe valeu o apelido de “Gordinho Fogueteiro”.

BOMBA

E é justamente este aspecto nuclear que preocupa o Ocidente. Kim dirige um dos países mais paupérrimos do mundo, mas, está determinado a produzir a bomba atômica. E a Rússia de Putin poderia ser o apoio que lhe está faltando para tal. É de se imaginar que tipo de acordo fora feito entre os dois dirigentes para levar Kim a mandar seus soldados para morrerem na Ucrânia, numa guerra que não tem nada a ver com seu país.

Evidente que tem que ter sido algo de muito interesse para a Coreia do Norte. Viria coroar os esforços que a dinastia Kim vem desenvolvendo há anos, passando de pai para filho o sonho de se tornar potência nuclear. Algo que tem o total apoio das Forças Armadas do país. Basta observar o entusiasmo dos militares demonstrado nas imagens que são feitas a cada lançamento de um foguete pelo país.

TRÉGUA

Já quanto à trégua na guerra com a Ucrânia, anunciada por Putin, é para vigorar de 8 a 10 de maio, quando se celebra o Dia da Vitória na Segunda Guerra Mundial. E aqui é preciso fazer uma ressalva de que a Rússia teve um papel fundamental naquela guerra, para livrar o mundo do nazismo comandado por Hitler.

E Putin não perde oportunidade, para dizer que serão celebrações “da vitória da União Soviética e seus aliados contra a Alemanha nazista”. Ou seja, aproveita para lembrar da União Soviética, que ele tem lamentado profundamente sua desintegração, colocando-a à frente dos demais aliados. Aliás, as ações que Putin vem desenvolvendo visam colocar a Rússia novamente à frente de uma aliança regional de países.

MEDIAÇÃO

Porém, fazer uma parada e logo retomar a guerra contra a Ucrânia é algo sem cabimento. Por que não estabelecer uma trégua agora, de pelo menos 30 dias, para as partes sentarem-se a uma mesa de negociação? A propósito, o presidente norte-americano Donald Trump há muito que está pretendendo ser o mediador desse conflito. O problema é que seu posicionamento só favorece a Rússia e significa uma rendição da Ucrânia.

De qualquer forma, fica a curiosidade sobre o que foi a conversa que tiveram Trump e Zelensky, por ocasião do funeral do para Francisco, quando sentaram-se frente à frente em uma das dependências do Vaticano. Isto porque Zelensky disse que “o diálogo fora produtivo”. Porém, fica a dúvida sobre essa produtividade, pois, os dois dirigentes tinham combinado de voltar a se reunir mais tarde e depois cancelaram o encontro.

Assim é que, em meio a este impasse, o que cresce é a preocupação da altamente perigosa aliança de Vladimir Putin com Kim Jong-un.


Correio do Povo

Reunião da Brigada Militar com moradores dos bairros Menino Deus e Santa Tereza - 30.04.2025

 


Inter sofre até o final, mas vence o Maracanã em sua estreia na Copa do Brasil

 Colorado errou pênalti e teve dois gols anulados pelo VAR, mas garantiu a vitória com um gol nos acréscimos

Gustavo Prado garantiu a vitória nos acréscimos do segundo tempo | Foto: RICARDO DUARTE / INTER / CP


É bem verdade que o Inter jogou muito pouco. Mas também faltou sorte. O Colorado errou pênalti, teve dois gols anulados e sofreu até o final, mas conseguiu vencer por 1 a 0 o Maracanã – que disputa a Série D do Brasileirão –, nesta terça-feira no Beira-Rio, pela Copa do Brasil. O jogo de volta está marcado para 22 de maio, no estádio Presidente Vargas, em Fortaleza.

Cumprindo a promessa, Roger Machado deixou alguns jogadores importantes de fora. Vitão, Bernabei e Bruno Henrique nem concentraram. Alan Patrick, por sua vez, começou no banco de reservas. Mesmo descaracterizado, o Inter alugou o campo do Maracanã e praticamente não saiu dele em todo o primeiro tempo. Ficou com a bola e tentou encontrar alguma brecha na defesa cearense.

O problema é que raramente encontrou, irritando a torcida. Aos 31 minutos, Tabata cruzou e Wesley marcou de letra, mas o VAR anulou o lance porque o atacante estava impedido. Depois, aos 45, Aguirre recebeu um passe de Wesley dentro da área e chutou. O goleiro Rayr defendeu meio no susto, impedindo o gol colorado. No finalzinho, aos 49, o centroavante Bravo puxou um contra-ataque e, acossado por Victor Gabriel, errou o alvo.

Apesar da postura excessivamente defensiva do adversário e do fato de o Inter usar um time misto, a criação ofensiva dos colorados foi muito aquém do esperado na primeira etapa. Faltaram inspiração e força. “Hoje é um jogo de paciência. Eles vieram para se defender, mas temos que jogar com inteligência”, resumiu Tabata, no intervalo.

O jogo seguiu complicado para o Inter no segundo tempo: insistindo, mas sem qualquer lampejo de criatividade. Aos 11 minutos, Roger começou a usar o banco de reservas. Primeiro, colocou Gustavo Prado e Vitinho, abrindo mão de Rogel e Tabata.

Gustavo Prado chutou de longe aos 20 minutos e acertou de raspão a trave. Foi o primeiro arremate do segundo tempo. Em seguida, aos 21, entraram Alan Patrick e o garoto Raykkonen, de apenas 16 anos, que veio do sub-17 direto para o time principal. O Inter não chegou a melhorar, mas, aos 28 minutos, Wesley sofreu pênalti. Alan Patrick cobrou fraco, e o goleiro Rayr fez a defesa, transformando-se no principal herói da noite.

Provando que a noite não era positiva, aos 35 minutos, Raykkonen aparou cobrança de escanteio e marcou o gol. Após análise do VAR, o lance foi estranhamente anulado após sete minutos. No finalzinho, aos 47, Gustavo Prado marcou. Mas, dando um toque final de tensão, o gol só foi validado após 5 minutos de análise do VAR.

COPA DO BRASIL – 3º FASE

Inter 1
Anthoni; Aguirre, Rogel (Gustavo Prado), Victor Gabriel e Ramon; Fernando e Thiago Maia; Bruno Tabata (Vitinho), Óscar Romero (Alan Patrick) e Wesley; Enner Valencia (Raykkonen). Técnico: Roger Machado.

Maracanã 0
Rayr; João Carlos, Jairo, Wendel (Edmar) e Leandro; Michel Pires, Rafael Mandacaru, Rogério (Jair Berlitz) e Wilker (Anderson Santos); Davi Torres (Testinha) e Adaílton Bravo (Taumaturgo). Técnico: Júnior Cearense.

Árbitro: Bruno Pereira Vasconcelos, auxiliado por Alessandro Alvaro Rocha de Matos, Daniella Coutinho Pinto e Roger Goulart. Local: estádio Beira-Rio. Renda: R$ 156.488,00 Público: 16.145 (14.800 pag.). Gols: Gustavo Prado.

Correio do Povo

Roger reconhece má fase dos atacantes e cobra mais efetividade ofensiva no Inter

 Técnico diz que volume de jogo não se traduziu no placar e aponta fase ruim de atacantes como obstáculo a ser superado

Valencia, pouco inspirado, como todo o time, deixou o gramado vaiado no segundo tempo | Foto: RICARDO DUARTE / INTER / CP


Roger Machado admitiu que o Inter não fez uma boa apresentação, mas também disse que, mesmo assim, merecia uma vitória mais tranquila sobre o Maracanã, na noite desta terça-feira, no Beira-Rio. Para ele, a produção do time colorado não foi proporcional ao placar de 1 a 0 e reconheceu que a pouca efetividade dos atacantes nos últimos jogos, inclusive o de ontem, é motivo de preocupação.

"Não foi um jogo vistoso, não foi um bom jogo. Mas foi um jogo com volume, que poderia ter nos dado um resultado melhor. O time foi pouco eficiente, talvez tenha faltado competência. Mas é uma vantagem que conquistamos em casa, que poderá ser importante", afirmou o treinador.

Ele disse que a insistência pelos cruzamentos — foram mais de 70 ao longo da partida — foi a alternativa que restou diante de um adversário muito fechado. "A gente teve o controle quase absoluto da bola. O adversário optou por marcar com cinco, seis jogadores na frente da área, impedindo que a gente acessasse pelo centro. Por isso, circulamos e acabamos cruzando muitas bolas", afirmou.

O treinador admitiu que a baixa efetividade dos atacantes "preocupa" e que a queda no rendimento do setor ofensivo está na raiz da fase difícil do time. "Me preocupa a gente ter esse volume contra um time de hierarquia diferente da nossa e não ter a efetividade para transformar isso em gol. Mas o jogo poderia ter terminado em quatro a zero para nós. O que me preocupa é ter pouca efetividade para transformar o domínio em gol. Isso faria a gente sofrer menos nos jogos", afirmou Roger.

Ele reconheceu que seus atacantes atravessam uma fase ruim. Citando nominalmente alguns jogadores, como Wesley e Valencia, ele confirmou que faltam gols ao Inter: "O que me preocupa é o mau momento individual dos nossos atacantes. Não vejo que o time todo não está bem. É mais um setor. Não basta não sofrer gols. Temos que balançar as redes também".

Correio do Povo

Grêmio demite coordenador do Departamento de Ciência, Saúde e Performance

 Nome de convicção da diretoria, Rafael Barleze deixa o clube no mesmo dia em que Felipão é apresentado

Rafael Barleze foi coordenador do Departamento de Ciência, Saúde e Performance | Foto: Cristiano Oliveski/Grêmio FBPA/CP


O Grêmio demitiu no começo da noite desta terça-feira o chefe do Departamento de Ciência, Saúde e Performance. Rafael Barleze era nome de convicção da diretoria, mas deixa o clube no mesmo dia em que Felipão foi apresentado como novo coordenador técnico.

Os dois haviam trabalhado juntos no Athletico-PR, quando Barleze era o coordenador do departamento de Nutrição e Otimização Metabólica. A convivência naquela época durou oito meses.

O Grêmio não comunicou se haverá um novo nome para chefiar o departamento. Por ora, os profissionais da área irão se reportar ao executivo de futebol Luis Vagner Vivian. Barleze não gozava de prestígio junto a alguns colegas do vestiário gremista.

Correio do Povo

Felipão garante autonomia a Mano Menezes no retorno ao Grêmio: “Ele sabe o que fazer”

 Aos 76 anos, o profissional disse estar motivado a ajudar o Tricolor nessa quinta passagem



Apresentado oficialmente na tarde terça-feira, no CT Presidente Luiz Carvalho, Felipão está de volta para a quinta passagem pelo Grêmio. Agora como coordenador técnico, o profissional garantiu que Mano Menezes terá toda a autonomia para tomar as decisões de campo.

“Não quero voltar a ser técnico. Vou tomar essa parte administrativa e tenho que aprender também. Vou fazer minha parte. Vou procurar auxiliar a parte de campo, a medida que for solicitado e a medida que possa participar. A parte do campo é do Mano (Menezes) e ele sabe o que precisa fazer”, explicou.

Aos 76 anos, Luiz Felipe Scolari disse estar motivado a ajudar o Tricolor mais uma vez e retribuir tudo que o clube já lhe proporcionou: “O que me objetiva estar aqui é que eu posso ajudar o time que eu fui beneficiado na minha vida por ser gremista. Por desde criança ter sido gremista. Já estive aqui quatro vezes, é muito bom. Posso ajudar o Grêmio? Acredito que sim”.



Correio do Povo

Jornal do Boris - 30/4/2025 - Notícias do dia com Boris Casoy

 

Bolsonaro reage bem à ingestão de líquidos e segue sem dor ou febre na UTI

 Ex-presidente está internado há 17 dias em hospital de Brasília e não tem previsão de alta

Apesar de restrição nas visitas, Bolsonaro recebeu pastor e presidente do partido, além de participar de entrevista à TV e live | Foto: Reprodução / Redes sociais Jair Bolsonaro / CP


Após 17 dias internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reagiu bem à ingestão de água, chá e gelatina. Segundo o boletim médico divulgado nesta terça-feira, 29, Bolsonaro mantém sinais de movimentos intestinais espontâneos e continua se alimentando pela veia, para obter todos os nutrientes e as calorias que precisa.

O documento também relata que o ex-presidente segue sem dor ou febre, com a pressão controlada e com melhora nos exames de fígado. Não há previsão de alta e visitas seguem restritas, apesar de o ex-presidente já ter recebido o pastor evangélico Silas Malafaia e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Nesse período de internação, Bolsonaro também concedeu entrevista à televisão e participou de uma live.

A live, inclusive, motivou o ex-presidente a ser intimado por uma oficial de Justiça na última quarta-feira, 23, por entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) de que ele "demonstrou a possibilidade” de ser avisado da ação penal sobre a tentativa de golpe. No dia seguinte, conforme informou a equipe médica, Bolsonaro teve elevação na pressão arterial e piora nos exames hepáticos.

No dia 13, o ex-presidente foi submetido a uma cirurgia que durou 12 horas para retirar aderências no intestino e reconstruir a parede abdominal. O procedimento foi realizado após Bolsonaro passar mal, no dia 11, em uma agenda no interior do Rio Grande do Norte. A cirurgia, ainda em consequência da facada que ele levou durante a campanha presidencial de 2018, foi a mais delicada das quais foi submetido até agora.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Como o papa Francisco impediu que cardeal condenado por desvio participasse do conclave

 Italiano Giovanni Angelo Becciu foi condenado por desvio de verbas

Cardeal italiano Giovanni Angelo Becciu foi condenado por desvio de verbas | Foto: Tiziana Fabi / AFP


O cardeal italiano Giovanni Angelo Becciu, condenado por desvio de verbas e despojado de seus privilégios pelo papa Francisco, comunicou nesta terça-feira, 29, sua decisão de "obedecer" à decisão da Igreja Católica de vetá-lo do conclave que elegerá o próximo pontífice.

A mudança de postura ocorre após o cardeal Pietro Parolin apresentar a Becciu dois documentos assinados pelo pontífice argentino que confirmavam o veto. Uma primeira carta datava de 2023 e a outra do mês passado, segundo informou o jornal Domani.

"Tendo no coração o bem da Igreja, à qual servi e continuarei servindo com fidelidade e amor, bem como para contribuir para a comunhão e serenidade do conclave, decidi obedecer, como sempre fiz", disse o cardeal em um comunicado enviado à AFP por seu advogado. Ele nega as acusações.

Becciu, de 76 anos, foi uma das figuras mais poderosas do Vaticano, assessor de Francisco e chegou a ser considerado papável antes de vir a público um escândalo de corrupção que envolvia a compra de uma propriedade em Londres com dinheiro da Igreja Católica.

Polêmica ao querer participar do conclave

Becciu retornou ao noticiário após a morte do papa Francisco. No dia 22 de abril, ele declarou que o papa não "o expulsou" do conclave.

Após sua queda em 2020, ele havia dito que não participaria de nenhum futuro conclave. Mas, nos últimos dias, afirmou que tinha o direito de entrar na Capela Sistina com os outros cardeais. E passou a argumentar que era seu dever participar do conclave que começa em 7 de maio. Apesar de não estar na lista oficial de eleitores, ele ainda tem o título de cardeal e participa das reuniões preparatórias do conclave.

A queda de Becciu veio no meio de uma série de reformas promovidas por Francisco destinadas a limpar as notoriamente obscuras finanças do Vaticano. Foi condenado a cinco anos e meio de prisão por fraude em operações financeiras da Santa Sé. É o mais alto cargo da Igreja Católica que compareceu perante o Tribunal Penal Vaticano, a justiça civil desta cidade-estado.

O caso se concentrou na compra de um edifício de luxo em Londres que manchou a imagem da Igreja Católica e destacou o uso imprudente do Óbolo de São Pedro, a grande coleta anual de doações destinadas às ações de caridade do papa. Isso também gerou perdas substanciais nas finanças do Vaticano.

Becciu era, então, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos. O papa o fez renunciar e retirou seus privilégios de cardeal em 2020. Antes, foi o número dois da Secretaria de Estado, entre 2011 e 2018, cinco anos sob Parolin, considerado por muitos como o principal candidato ao papado.

Ele ganhou destaque e poder sob o conservador papa Bento XVI e está muito ligado à velha guarda conservadora do Vaticano. Embora inicialmente tenha se tornado um conselheiro próximo do papa Francisco, a subsequente queda de Becciu nas mãos do próprio Francisco pode sugerir que ele votaria por alguém disposto a desfazer algumas das atuais reformas.

Aos 76 anos, Becciu está abaixo do limite de idade de 80 e tecnicamente elegível para votar, mas as estatísticas oficiais do Vaticano o listam como "não eleitor".

O documento do Vaticano que regula um conclave, conhecido pelo seu nome em latim Universi Dominici Gregis, estabelece os critérios para os eleitores, deixando claro que cardeais com menos de 80 anos têm o direito de eleger o papa, exceto aqueles que foram "depostos canonicamente ou que com o consentimento do Pontífice Romano renunciaram ao cardinalato". Acrescenta que, após a morte de um papa, "o Colégio dos Cardeais não pode readmiti-los ou reabilitá-los".

Nunca houve clareza sobre o que exatamente Becciu renunciou ou como: a declaração de uma linha emitida pela sala de imprensa do Vaticano em 24 de setembro de 2020, disse apenas que Francisco havia aceitado a renúncia de Becciu como prefeito da Congregação para as Causas dos Santos "e seus direitos relacionados ao cardinalato". Não há indicação de que ele tenha sido sancionado canonicamente.

Após forçar a renúncia de Becciu, Francisco visitou Becciu em algumas ocasiões e permitiu que ele participasse da vida do Vaticano. Mas Francisco também mudou a lei do Vaticano para permitir que o tribunal criminal do estado da cidade o processasse.

Enquanto isso, continuaram as perguntas sobre a integridade do julgamento que condenou Becciu e outros oito. Durante os procedimentos, o tribunal ouviu que Francisco interveio várias vezes em nome dos promotores e que a principal testemunha da acusação contra Becciu foi treinada e manipulada por terceiros. (Com agências internacionais).

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Ancelotti informa CBF que não vai treinar a Seleção, diz imprensa espanhola

 Treinador teria adiado novamente prazo para deixar Real Madrid, mas por fim encerrou tratativas

Técnico italiano está na mira do futebol árabe | Foto: Josep Lago / AFP / CP


Mais uma vez a CBF recebeu o não de Carlo Ancelotti. Segundo o jornal Marca, da Espanha, ele teria contatado o presidente Ednaldo Rodrigues pessoalmente e informado de sua desistência do acordo.

Ainda conforme o Marca, a novela teria se estendido pois Ancelotti informou que não teria como se unir à Seleção Brasileira em junho, dando novo prazo para agosto. A situação surpreendeu a CBF, que acreditava que o Real Madrid já havia autorizado sua saída antecipada.

Sem um acerto para postergar sua vinda, Ancelotti tomou a decisão de encerrar as tratativas. Agora, estaria sendo sondado por altas propostas do futebol árabe.

Correio do Povo

Trump demite esposo de Kamala Harris do conselho do Museu do Holocausto

 Doug Emhoff fez campanha contra o antissemitismo durante a administração do presidente democrata Joe Biden

O Museu do Holocausto foi inaugurado em Washington em 1993 | Foto: Reprodução redes sociais / CP


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, demitiu Doug Emhoff, esposo de sua adversária democrata nas eleições americanas, Kamala Harris, do conselho de administração do Museu Memorial do Holocausto em Washington.

Emhoff fez campanha contra o antissemitismo durante a administração do presidente democrata Joe Biden (2021-2025), que o nomeou para o conselho da instituição.

"Permitam-me ser claro: a memória e a educação sobre o Holocausto jamais devem ser politizadas", escreveu, nesta terça-feira, 29, Emhoff, que é judeu, no Instagram, confirmando sua demissão.

“Transformar uma das piores atrocidades da história em um tema que polariza é perigoso, e desonra a memória dos seis milhões de judeus assassinados pelos nazistas que este museu foi criado para preservar”, acrescentou.

Emhoff é casado com Kamala Harris desde 2014. A ex-vice-presidente democrata na administração Biden foi derrotada por Trump nas eleições de 2024.

O conselho que supervisiona o Memorial do Holocausto na capital americana é composto por 63 membros, dos quais 55 são nomeados pelo presidente americano.

Desde que voltou à Casa Branca em janeiro, Trump tem tentado deixar sua marca em instituições culturais e educativas, como o Kennedy Center em Washington e a Universidade de Harvard.

Também tem buscado ajustar contas com quem considera seus adversários, visando escritórios de advocacia associados a seus inimigos políticos, como o empregador de Emhoff, Willkie Farr & Gallagher.

Entre os ex-funcionários despedidos do conselho do Museu do Holocausto estão o chefe de pessoal da Casa Branca na gestão Biden, Ron Klain; a assessora de política nacional, Susan Rice, e um assistente da ex-primeira-dama Jill Biden, informou o jornal The New York Times.

O escritório de recursos humanos da Casa Branca enviou um e-mail aos membros do conselho nesta terça, segundo o NYT, que dizia: "Em nome do presidente Donald J. Trump, escrevo para lhe informar que sua posição como membro do Conselho do Memorial do Holocausto dos Estados Unidos terminou, com efeito imediato”.

O conselho foi estabelecido pelo Congresso em 1980 e o Museu do Holocausto foi inaugurado em Washington em 1993.Emhoff assegurou que seu compromisso com a memória do Holocausto e contra o antissemitismo permanece intacto.

"Continuarei me expressando, educando e lutando contra o ódio em todas as suas formas porque o silêncio nunca é uma opção”, frisou.

AFP e Correio do Povo

MORAES PEDE MAIS DOCUMENTOS SOBRE SAÚDE DE COLLOR /INVESTIGAÇÃO DA FRAUDE NO INSS | 3 EM 1 - 29/4/25

 

Moraes dá 48 horas para defesa de Collor enviar exames que comprovem Parkinson

 Defesa do ex-presidente pediu prisão domiciliar humanitária alegando que ele enfrenta problemas de saúde graves

Defesa do ex-presidente pediu prisão domiciliar humanitária alegando que ele enfrenta problemas de saúde graves | Foto: Antonio Cruz / ABr / CP Memória


O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu nesta terça-feira, 29, que a defesa do ex-presidente Fernando Collor de Mello apresente exames para comprovar que ele tem Doença de Parkinson. O prazo para resposta é de 48 horas.

A defesa do ex-presidente pediu prisão domiciliar humanitária alegando que ele enfrenta problemas de saúde graves. Antes de decidir sobre o pedido, Moraes vem cobrando laudos médicos que atestem as comorbidades. Nesta segunda, 28, o ministro pediu 'prontuário e histórico médico, bem como os exames anteriormente realizados'.

Em novo despacho nesta terça, Moraes cobra a 'íntegra dos exames realizados, inclusive os exames de imagens', e manda a defesa explicar por que não há 'exames realizados no período de 2019 a 2022, indicativos e relacionados a Doença de Parkinson'.

Os advogados advogados Marcelo Bessa e Thiago Fleury alegam que, aos 75 anos, Collor tem 'comorbidades graves' e faz uso de medicamentos contínuos. Ao ser ouvido na audiência de custódia, no entanto, o ex-presidente negou ter problemas de saúde ou tomar remédios.

O ex-presidente foi preso para cumprir a condenação de 8 anos e 6 meses em um processo da Operação Lava Jato. Ele está detido no Presídio Baldomero Cavalcanti de Oliveira, em Maceió.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Com lesão muscular confirmada, Borré desfalca o Inter pelos próximos jogos

 Atacante colombiano se machucou contra o Juventude e está fora da estreia na Copa do Brasil; Raykkonen, de 16 anos, é novidade na lista de relacionados

Borré deve desfalcar o Inter por cerca de três semanas | Foto: RICARDO DUARTE / INTER / CP


Borré está fora do jogo contra o Maracanã FC nesta terça-feira e também dos próximos compromissos do Inter. Ele sofreu uma lesão muscular de grau dois na coxa esquerda e será desfalque por pelo menos três semanas. Além dele, Vitão, Bernabei e Bruno Henrique não estão na lista de relacionados para a estreia dos colorados na Copa do Brasil.

Borré sofreu a lesão no sábado passado, durante o jogo contra o Juventude, pelo Brasileirão. Ele entrou no segundo tempo, na vaga de Valencia, e marcou o último gol colorado na partida. Em seguida, sentiu o problema muscular e foi substituído.

Como também não conta com Ricardo Mathias e Lucca, que estão se recuperando de lesão, Roger Machado terá que improvisar ou arriscar escalando Valencia, que vem jogando todas as últimas partidas do Inter, na partida contra o Maracanã.

Por outro lado, Roger relacionou o jovem atacante Raykkonen Soares, de só 16 anos, para a partida. Ele chegou ao Inter em fevereiro, emprestado do Goiás e, em oito partidas pela equipe sub-17, marcou cinco gols e contribuiu com uma assistência. Raykkonen tem 1,87 metro.

Neste sábado, o Inter volta a campo para enfrentar o Corinthians, à tarde, na Neo Química Arena.

Correio do Povo

CBF afirma que camisas vermelhas não são oficiais, mas não descarta uniforme desta cor para Copa do Mundo

 Entidade vem a público em meio a uma polêmica gerada pela notícia publicada pelo portal especializado de que o Brasil teria um uniforme na cor vermelha para 2026

Um projeto de lei chegou a ser protocolado na Câmara dos Deputados, vetando que a Seleção usasse outra cor senão amarelo, azul ou verde | Foto: Reprodução / CP


Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou nota nesta terça-feira, 29, afirmando que as imagens de camisas vermelhas da Seleção Brasileira não são oficiais. Segundo o pronunciamento, nem a entidade nem a fornecedora de material esportivo, a Nike, divulgam este tipo de material com antecedência.

“A entidade reafirma o compromisso com seu estatuto e informa que a nova coleção de uniformes para o Mundial ainda será definida em conjunto com a Nike”, afirma a CBF em nota. O Estatuto da confederação permite apenas camisetas nas cores da bandeira do Brasil.

A entidade vem a público em meio a uma polêmica gerada pela notícia publicada pelo portal especializado em camisas Footy Headlines, de que o Brasil teria um uniforme na cor vermelha para a Copa do Mundo de 2026.

Um projeto de lei chegou a ser protocolado na Câmara dos Deputados, vetando que a Seleção usasse outra cor senão amarelo, azul ou verde.

Correio do Povo

Veja o que se sabe sobre o apagão que deixou Espanha e Portugal às escuras

 Causas do problema generalizado são investigadas

Apagão gerou caos na Europa | Foto: Tomas Coex / AFP / CP


O apagão elétrico maciço, registrado na segunda-feira na Península Ibérica, afetou dezenas de milhões de famílias e empresas, provocando o caos durante horas.

Causas, consequências, explicações... Confira, a seguir, o que se sabe até o momento sobre este corte elétrico de magnitude excepcional.

O que aconteceu?

O apagão começou às 12h33 na Espanha e às 11h33 em Portugal (07h33 em Brasília). O corte afetou toda a Península Ibérica, quase 55 milhões de pessoas, além de várias cidades do País Basco francês, na fronteira com a Espanha.

Somente as ilhas Canárias e Baleares e os territórios de Ceuta e Melilla, na costa norte da África, se salvaram do apagão na Espanha. Estas regiões têm poucas conexões elétricas com a península ou inclusive nenhuma, e por isso funcionam de forma independente.

O apagão colossal provocou o caos tanto em Portugal quanto na Espanha, onde os moradores ficaram sem eletricidade, sem internet, nem rede de telefonia celular. Nas grandes cidades houve grandes engarrafamentos, pois os sinais de trânsito pararam de funcionar.

O corte também paralisou as redes de metrô e o tráfego ferroviário. Na Espanha, as autoridades tiveram que auxiliar mais de 35 mil passageiros presos nos trens. O tráfego aéreo também foi perturbado, mas de forma mais limitada, pois os aeroportos dispõem - assim como os hospitais - de geradores de emergência.

Por que o apagão foi tão prolongado?

Na França, o gestor da rede elétrica RTE restabeleceu rapidamente o abastecimento. Mas na Espanha e em Portugal, a reativação da eletricidade foi muito mais lenta e muitos moradores destes países tiveram que esperar dez ou até mesmo 20 horas para retomar o abastecimento.

Uma das explicações está na magnitude do apagão que começou, segundo o gestor da rede espanhola (REE), com "uma forte oscilação dos fluxos de potência", acompanhada "de uma perda de geração muito importante", um fenômeno extraordinário.

"Esta perda de geração foi além da perturbação de referência", usada para desenhar e operar os sistemas elétricos na União Europeia, o que provocou "o desligamento do sistema elétrico" da península ibérica "do resto do sistema europeu" e o seu colapso, segundo o REE.

As centrais elétricas, especialmente as nucleares, pararam de funcionar e foi preciso reiniciar "progressivamente as linhas de transmissão e sincronizar as unidades de produção", o que é "lento e tecnicamente difícil", explica Pratheeksha Ramdas, analista da Rystad Energy.

Outra explicação para esta lenta reativação consiste na natureza da rede peninsular, pouco conectada ao restante da UE: para restabelecer a energia, a Espanha pôde receber transferências de eletricidade da França e, em menor medida, do Marrocos, mas de forma limitada.

Da mesma forma, a modesta capacidade de armazenamento de energia da Espanha, atualmente em aproximadamente 1,8 gigawatt/hora, "restringe sua capacidade de amortecer estas flutuações e desacelera a rápida recuperação necessária durante apagões importantes", destaca Pratheeksha Ramdas.

Qual é a origem possível?

Por enquanto, várias hipóteses foram levantadas, entre elas a de um ciberataque. Nesta terça-feira (29), a justiça espanhola anunciou ter aberto uma investigação para determinar se o apagão "pôde ter sido um ato de sabotagem informática", tornando-o suscetível de ser um "crime de terrorismo".

"Com as análises que conseguimos realizar até este momento, podemos descartar um incidente de cibersegurança", afirmou, nesta terça, Eduardo Prieto, diretor do REE, destacando que não foi detectado "nenhum tipo de intrusão nos sistemas de controle".

As redes sociais amplificaram um boato de um falso comunicado atribuído ao gestor da rede portuguesa REN, que supostamente fazia referência a um "raro fenômeno atmosférico" como origem do apagão. Esta possibilidade também foi descartada.

"Durante o dia de 28 de abril não foi detectado na Espanha nenhum fenômeno meteorológico ou atmosférico incomum", afirmou a Agência Estatal de Meteorologia espanhola (Aemet).

Para tentar esclarecer a origem do corte, o presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, anunciou a criação de uma comissão investigadora e pediu aos cidadãos para não caírem em especulações.

"Não (se pode) descartar nenhuma hipótese até que tenhamos os resultados destas análises", reiterou nesta terça. Uma mensagem de prudência similar à de Eduardo Prieto. "Estamos pendentes de receber ainda informação de alguns agentes do setor (...), que nos permita ter toda a informação, uma foto completa dos dados e, portanto, depurar as análises e obter as conclusões oportunas", insistiu.

AFP e Correio do Povo

Mega-Sena/Concurso 2857 (29/04/25)

 



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Lupi diz que é difícil calcular quantos tiveram descontos irregulares do INSS

 Pelo menos seis milhões tiveram mensalidades descontadas do benefício

Lupi voltou a dizer que o governo federal avalia como restituir aos aposentados e pensionistas | Foto: Joédson Alves / Agência Brasil / CP


ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, afirmou nesta terça-feira, 29, que ao menos seis milhões de aposentados e pensionistas já tiveram alguma mensalidade associativa descontada de seus benefícios previdenciários.

“Seis milhões é somando todos que contribuíram ao longo de todos esses anos”, comentou o ministro ao participar da reunião da Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família, da Câmara dos Deputados.

De acordo com Lupi, o que não se sabe ainda é quantas destas pessoas foram alvo do esquema de descontos associativos não autorizados que motivou a Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) a deflagrar, na semana passada, a Operação Sem Desconto.

“Não posso afirmar quantos são os fraudadores, nem, deste total, quantas são as fraudes”, acrescentou o ministro. Ele explica que o trabalho de identificação dos descontos fraudulentos será longo, pois depende de uma verificação “caso a caso”.

“Já pararam para pensar como é examinar se [cada autorização de desconto que as entidades apresentam ao INSS] é válida? Se milhões de assinaturas são verdadeiras? Isto não é simples”, ponderou Lupi, após afirmar que sempre se manifestou contra o desconto das mensalidades associativas diretamente dos benefícios previdenciários pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

“Quem quiser se filiar, que se entenda com a entidade. E a associação que quiser manter [o associado], que cobre uma taxa, faça um boleto ou peça para a pessoa fazer um PIX”, disse o ministro.

Devolução

Lupi voltou a dizer que o governo federal avalia como restituir aos aposentados e pensionistas os valores que as entidades receberam ilegalmente, com o aval do INSS. O ministro destacou que quem lesou os beneficiários da autarquia e os cofres públicos serão responsabilizados.

“Os bens de todas as associações [investigadas] estão bloqueados para pagar parte do débito”, comentou o ministro.

No entanto, o ministro ressaltou que entre as 41 organizações autorizadas a oferecer a cobrança da mensalidade associativa diretamente dos benefícios previdenciários, existem as que trabalham corretamente.

Contribuição

A mensalidade associativa é uma contribuição que aposentados e pensionistas pagam para fazer parte de uma associação, sindicato ou entidade de classe sem fins lucrativos que represente os interesses dos associados.

A cobrança em folha é permitida desde 1991, quando entrou em vigor a Lei dos Benefícios da Previdência Social. E é feita com base em acordos de cooperação técnica (ACTs) que o INSS assina com as entidades a que, posteriormente, repassa o valor deduzido das aposentadorias e pensões.

Segundo a PF e a CGU, a operação da semana passada foi motivada pelo aumento expressivo do número de autorizações para descontos das mensalidades associativas de aposentadorias e pensões. Em 2016, R$ 413 milhões foram descontados dos benefícios previdenciários.

Em 2017, R$ 460 milhões. Em 2018, R$ 617 milhões. Em 2019, R$ 604 milhões. Em 2020, em meio à pandemia da covid-19, o valor caiu para R$ 510 milhões. Em 2021, o total voltou a subir, atingindo R$ 536 milhões. Em 2022, foram R$ 706 milhões. Em 2023, R$ 1,2 bilhão. E, no ano passado, R$ 2,8 bilhões.

As reclamações também aumentaram na mesma proporção. Só de janeiro de 2023 a maio de 2024, o INSS recebeu mais de 1,163 milhão de pedidos de cancelamento de cobranças. A maioria, com a justificativa de que não tinham sido autorizados pelos beneficiários ou por seus representantes legais.

Nos dias seguintes à realização da Operação Sem Desconto, a CGU e o próprio INSS tornaram públicos os resultados de auditorias realizadas desde 2023, apontando inconsistências e problemas relacionados às cobranças. A operação policial também já resultou na exoneração do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e no afastamento de quatro dirigentes da autarquia e de um policial federal lotado em São Paulo.

De acordo com o ministro Carlos Lupi, a Previdência Social é alvo de fraudes “há muitos anos”, mas nunca houve uma ação do porte da atual Operação Sem Desconto.

“Demorou? Demorou. Não tenho vergonha em dizer que eu gostaria que tivesse sido muito mais ágil. Mas estamos agindo. Estamos fazendo. Está doendo na nossa carne. Estamos tendo que exonerar gente que trabalhava com a gente, com quem convivíamos”, alegou o ministro ao admitir que indicou Stefanutto para presidir o INSS.

“O que garanto é que, no nosso governo, com a nossa Polícia Federal agindo, com a Controladoria-Geral da União agindo, preparem-se: toda esta gentalha marginal vai para a cadeia. Inclusive, aparecendo os mentores, quem está por trás, quem a patrocina. Se há quadrilha aqui, garanto que ela não é nossa. Essa quadrilha não vem de hoje e nosso papel é investigar e colocar na cadeia”, concluiu o ministro.

Agência Brasil e Correio do Povo

Deputado apresenta projeto de lei para proibir camisa vermelha na Seleção Brasileira

 Porposta ocorre depois de site especializado afirmou que Seleção terá uniforme vermelho na Copa do Mundo de 2026

Um modelo supostamente vazado mostra a camisa toda em vermelho | Foto: Reprodução / CP


O deputado federal Zé Trovão (PL-SC) apresentou um projeto de lei para obrigar a utilização das cores oficiais da Bandeira Nacional por entidades públicas ou privadas que representem o Brasil em eventos nacionais ou internacionais. O encaminhamento do PL, nesta terça-feira, 29, ocorre em meio a uma polêmica gerada em torno da possibilidade de a Seleção Brasileira de Futebol jogar a Copa do Mundo de 2026 com uma camisa da cor vermelha, aventada por um jornal estrangeiro.

“Além de reforçar a coesão e o patriotismo, essa medida contribui para a valorização da imagem do Brasil no exterior. A presença constante das cores nacionais transmite uma mensagem clara de unidade, compromisso com os valores nacionais e respeito à nossa história”, consta no texto. O parlamentar justifica que a busca fortalecer a identidade nacional e reforçar o patriotismo, além de promover o sentimento de pertencimento e orgulho entre os brasileiros. O texto ainda não foi encaminhado a nenhuma comissão e não há prazo para ser votado em plenário.

Quando da publicação da notícia no site especializado em camisas Footy Headlinesapoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), jogadores e comentaristas têm se posicionado contra a mudança. Parlamentares bolsonaristas, que costumam utilizar as cores verde e amarela para demonstrar nacionalismo, criticaram a possível mudança, visto que o vermelho é visto como um símbolo do PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e da esquerda.

Segundo o estatuto da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a Seleção Brasileira só poderá usar uniformes com as cores existentes na bandeira da entidade, com exceção apenas para eventos comemorativos.

Correio do Povo