Remoção das estruturas ainda em 2024 preocupou moradores e comerciantes da via, onde há grande circulação de pedestres idosos e crianças
A avenida A.J. Renner é uma das principais vias da zona Norte de Porto Alegre, ligando diversos bairros e proporcionando um corredor de trânsito à costumeira tranqueira da BR 116, na região do Aeroporto Internacional Salgado Filho, por exemplo. Ainda é muito utilizada por torcedores do Grêmio em dias de jogos na Arena. Mas, desde dezembro do ano passado, obras de recapeamento do asfalto feitas no local, feitas para reforçar o solo depois de semanas embaixo d’água após as enchentes, terminaram por eliminar os dois quebra-molas existentes até então.
Também não há mais sinalização de divisão de pistas (horizontal), tampouco placas de limite de velocidade ou mesmo faixas de pedestre. Com isso, vários motoristas andam a velocidades elevadas em todos os momentos do dia. Motociclistas também “empinam” com frequência no local e, pela ausência das lombadas, convertem a avenida em uma verdadeira pista de corrida.
Na noite da última sexta-feira, duas motos colidiram de frente na rua Graciano Camozzato com a A.J. Renner. Tais comportamentos têm preocupado moradores e comerciantes, já que há grande presença de idosos e crianças na região. “Não tem nenhuma segurança, a gente fica com medo. Já presenciamos acidentes aqui”, disse a vendedora Gabriella Castanho, que trabalha em um bazar na avenida. No outro lado da rua, há uma Escola Municipal de Ensino Fundamental.
“As crianças atravessam a rua correndo para vir na loja e nem sempre olham para os lados. No caso dos idosos, muitas vezes precisamos pegar na mão deles para atravessar. Às vezes eles ficam cinco minutos aguardando”, acrescentou ela. Para o estoquista Inácio Assis, que trabalha na mesma loja, a solução passa pelo retorno das lombadas. “Depois que tiraram eles, os motoristas andam muito mais rápido. É um perigo”, relatou ele. Ambos afirmam que é fraca a presença de agentes de fiscalização da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) na área.
O que diz a EPTC
Procurada, a EPTC disse que existe o projeto para retornar com as sinalizações horizontal e vertical na avenida e a previsão é que tudo seja concluído até maio, junto com a retomada dos quebra-molas. A respeito da alta velocidade dos motoristas e motociclistas, a empresa pública afirmou que a fiscalização está ciente do problema e o 156, por meio da Central de Atendimento ao Cidadão, pode ser utilizado para denúncias. O atendimento é feito 24 horas por dia, sete dias por semana.
Correio do Povo


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