‘Room for the river’: Como funciona a iniciativa holandesa contra enchentes

 Projeto é uma das soluções aplicadas nos Países Baixos para fazer frente às consequências das cheias

“Room for the river” ou apenas “espaço para o rio” é o nome de um das ações implementadas pela Holanda para fazer frente às consequências das enchentes. Adotado de diferentes formas no país, respeitando as necessidades de cada região, a iniciativa envolve tempo de estudo, recursos, gerência para ser construído e para a posterior manutenção.

O modelo de proteção é desenvolvida pelo governo nacional, porém, a sua execução e manutenção ficam concentradas nas autoridades locais. Ao todo, no país, há 34 projetos em funcionamento. Ao todo, as cifras giram em torno de 2,3 bilhões de euros, o que representaria em mais de R$ 12 bilhões.

Foi um pouco dessa realidade que a comitiva gaúcha liderada pelo governo do Estado e pela prefeitura de Porto Alegre conheceu ao longo deste sábado em duas visitas in loco.

A primeira parada foi na vila de Veesen, que fica na província de Nijensteen. A região compreende a uma grande área rural. Neste caso, foi implementada uma estrutura de bypass led, que pode se traduzida para “desvio”.

Neste caso, a vazão do rio é desviada para uma área pré-definida, cercada por diques e com estruturas de barreiras. Assim, quando o rio começa a transbordar, essa estrutura serve para segurar volume de água, evitando alagamentos tanto da região em si como de outras cidades.

Para a execução foram necessárias remoções de famílias e de fazendas e também há uma agência responsável pelo gerenciamento e manutenção.

 Comitiva fez visita técnica neste sabado a Veessen, nos Países Baixos | Foto: Maurício Tonetto / Secom

Um novo canal na cidade mais antiga

A segunda parada foi em Nijmegen, que fica quase na fronteira da Holanda com a Alemanha. A província é a mais antiga e sofreu com graves enchentes em 1995. Desde então, abriu um processo para analisar alternativas e medidas.

Mais de 600 projetos foram apresentados e 39 selecionados. Dessa construção, houve a necessidade de construção de um canal para que o volume da água excessiva do rio fosse deslocado, evitando o transbordamento por outras regiões.

Segundo os especialistas responsáveis, o modelo já foi testado e suportou o excesso de volume de água. Além disso, está em discussão a ampliação do programa, possivelmente para 2026.

Correio do Povo