No local, entre avenida Nossa Senhora Aparecida e beco Recanto do Chimarrão, órgão recolhe 25 toneladas duas vezes por semana; moradores reafirmam descaso
50 toneladas de resíduos são retirados do local semanalmente, segundo DMLUCerca de dez garis do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) realizaram mais uma vez, neste domingo, a remoção de entulhos irregulares da avenida Nossa Senhora Aparecida e no beco Recanto do Chimarrão, no bairro Sarandi, na zona Norte de Porto Alegre. A ação é feita no local duas vezes por semana, e em cada vez são removidas 25 toneladas de materiais, de acordo com o gerente da zonal Norte do DMLU, Jadir Rodrigues.
“Isto aqui é como enxugar gelo para nós. Falta consciência das pessoas para não fazerem o descarte irregular. Na maioria dos casos, os caminhões vêm aqui de madrugada, à noite, ou até em outros horários, e despejam aqui”, disse ele. Oito caminhões e duas retroescavadeiras auxiliaram na execução do serviço. A dona de casa Débora Barbosa, cuja família vive no local há 60 anos, disse que o lixo é uma constante para os moradores.
Ela e vizinhos montaram em um trecho da via um pequeno canteiro com pneus, algo que deu resultado, já que ali não há o descarte. “O DMLU vem em um dia, no outro o pessoal vem colocar lixo de novo. Infelizmente, não têm consideração com nada. Tanto que eu e meus familiares cuidamos na esquina, ou na frente de nossa casa, para que não seja colocado. Acho que o ideal aqui seria a colocação de câmeras”, salientou Débora.
A moradora vive em uma casa junto ao Arroio Santo Agostinho, que, nas enchentes de maio, transbordou e invadiu a residência, assim como outras. Também, segundo ela e a tia, a diarista Inajara Barbosa, que mora ao lado, parte do barranco desmoronou, levando consigo um muro de tijolos que protegia a casa da encosta. Para cruzar o arroio, os moradores construíram por conta própria pontes de madeira. O arroio em si recebe também esgoto sem tratamento, contam eles. “Recebemos pouco apoio. Com certeza, não moramos aqui porque queremos”, disse Inajara.
Procurado, o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) disse que o talude do Arroio Santo Agostinho apresenta problemas “em razão da construção de moradias irregulares próximas à margem”. Está prevista para a região, prosseguiu o órgão, a construção de um dique, incluso no sistema de proteção do Arroio Feijó, com intervenções em Porto Alegre e Alvorada. Orçado em R$ 2,5 bilhões, foi anunciado pelo governo federal em julho, como parte das obras do PAC no RS. “Como trata-se de uma obra intermunicipal, cabe ainda a definição do responsável pelo desenvolvimento e execução do projeto”, encerrou o Dmae.
Leia nota completa do Dmae
O Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) informa que o talude do Santo Agostinho apresenta problemas em razão da construção de moradias irregulares próximas à margem. O projeto previsto para a região é a construção de um dique - incluso no sistema de proteção do Arroio Feijó, que terá intervenções em Porto Alegre e Alvorada. A iniciativa, orçada em R$ 2,5 bilhões, foi anunciada pelo Governo Federal em julho como parte das obras do PAC no Rio Grande do Sul. Como trata-se de uma obra intermunicipal, cabe ainda a definição do responsável pelo desenvolvimento e execução do projeto.
Correio do Povo
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