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quinta-feira, 30 de março de 2023

Carlos III defende solidariedade com a Ucrânia em visita à Alemanha

 Monarca chegou a Berlim acompanhada da esposa, a rainha consorte Camilla, para uma visita de três dias


A Alemanha e o Reino Unido se mantiveram unidos "ao lado da Ucrânia" na luta contra a invasão russa , declarou nesta quarta-feira (29) o rei Carlos III em Berlim, em sua primeira viagem ao exterior como soberano.

Durante um jantar organizado pelo presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, o monarca, de 74 anos, afirmou o compromisso dos dois países para "proteger e promover" os valores democráticos comuns. "Isto se exemplifica pelo fato de estarmos juntos ao lado da Ucrânia na defesa da liberdade e da soberania contra uma agressão não provocada", insistiu.

Charles III, que ascendeu ao trono em setembro de 2022 após a morte de sua mãe, a rainha Elizabeth II, chegou a Berlim acompanhado da esposa, a rainha consorte Camilla, para uma visita de três dias.

Steinmeier, que classificou a visita do rei coo "um importante gesto europeu", enfatizou que ambos os países são atualmente "os dois maiores apoiadores da Ucrânia na Europa" em nível militar.

A invasão russa da Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro de 2022, reascendeu como "lembranças dos piores momentos" da história europeia, acrescentou o presidente alemão.

O jantar encerrou o primeiro dia de Carlos III na Alemanha, após uma cerimônia inédita aos pés do emblemático Portão de Brandemburgo, símbolo da divisão da cidade durante três décadas.

"Novo capítulo"

O presidente alemão comemorou as boas relações entre os dois países. "Hoje, seis anos depois de o Reino Unido começar a abandonar a União Europeia, começou um novo capítulo na nossa relação", disse Steinmeier, em um discurso de boas-vindas no palácio berlines de Bellevue.

A princípio, Charles e Camilla deveriam visitar a França antes da Alemanha, mas esta viagem foi cancelada devido aos protestos contra a reforma da Previdência que sacodem o país.

Em Berlim, o bairro do Bundestag (Parlamento federal) e os arredores do Portão de Brandemburgo, incluindo a famosa avenida Unter den Linden, foram enfeitados com bandeiras britânicas para receber a monarca e a rainha consorte.

Mais de mil policiais foram mobilizados para garantir a segurança, assim como 20 cães farejadores. Vários pontos do centro de Berlim foram fechados ao trânsito.

"Esta é a primeira visita do rei à Alemanha. Queremos comemorá-la, não importa o tempo de espera", disse Anja Wieting, 50 anos, funcionária de uma sapataria que declarou com a filha de 18 anos de Oldenburg, no oeste do país , para ver o monarca.

Depois de horas de espera, centenas de fãs da realeza e curiosos tiveram a oportunidade de apertar a mão do casal real e trocar algumas palavras com eles. "Adoramos" a cerimônia, afirmou Kathy Robertson, de 63 anos, uma inglesa que vive na Alemanha há 43 anos. "A rainha estava muito bonita", acrescentou.

Charles III vestia terno preto com gravata azul e branca, e Camilla, vestido azul, o que foi interpretado por alguns comentaristas com um aceno à Europa.

Discurso no Bundestag

Depois, o rei se administração ao palácio presidencial, onde participou de uma cerimônia dedicada aos desafios climáticos. Na quinta-feira, Charles se reunirá com o chefe do governo alemão, Olaf Scholz, visitando um mercado com a prefeita da cidade, fará um discurso para os deputados e se reunirá com refugiados ucranianos.

A viagem do casal real à Alemanha terminará na sexta-feira com uma visita a Hamburgo, a segunda maior cidade do país. A última visita da falecida rainha Elizabeth II à Alemanha, em 2015, provocou uma onda de entusiasmo no país. Muitos esperam uma recepção recebida para seu filho.

O rei conhece bem o país, que já visitou mais de 40 vezes, segundo a embaixada britânica em Berlim. Os alemães são grandes admiradores da realeza e o interesse não parece que vá diminuir após a morte da rainha popular, opina Michael Hartmann, sociólogo da Universidade Técnica de Damstadt.

Quando ainda era o príncipe de Gales, Charles se destacou como "relações naturais como aliados e amigos" entre os dois países durante um discurso aos deputados alemães em 2020.

AFP e Correio do Povo

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