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quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

Videomonitoramento é aliado contra pichadores que “redesenham” o Centro da Capital

 Dois jovens foram detidos pela Guarda Municipal, após câmeras de segurança flagrarem ato de vandalismo

Christian Bueller

Locais nas proximidades da Usina do Gasômetro costumam ser alvos 

Comece ou termine o ano, um problema se mantém constante, principalmente, nas grandes cidades e Porto Alegre não fica de fora: vandalismo por meio de pichações. Os locais são os mais variados, desde muros comuns a prédios e obras de arte que são patrimônios históricos. Até mesmo postes de energia se tornam alvo dos vândalos. Como foi o caso, ocorrido na última terça-feira, quando dois pichadores foram detidos pela Guarda Municipal no trecho 1 da Orla do Guaíba.

A pichação em um poste localizado ao lado da Usina do Gasômetro foi flagrada pelo sistema de câmeras de segurança da prefeitura. Com os jovens, de 17 e 18 anos, foram encontrados nove pincéis atômicos. A Orla dispõe de um posto avançado da Guarda Municipal e uma rede de videomonitoramento, composta por 74 câmeras de segurança. Acionada, a Ronda Ostensiva Municipal (Romu) da Guarda Municipal realizou a abordagem. O menor de idade foi conduzido para a Divisão Especial da Criança e do Adolescente (Deca), enquanto o outro detido foi encaminhado para 2° Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento.

Segundo o secretário municipal de Segurança, coronel Mário Ikeda, investimento em tecnologia potencializam o combate ao vandalismo. “Assim, estamos fortalecendo ainda mais a corporação propiciando melhores condições para atuação dos agentes na defesa do patrimônio público”. Somente em 2022, a Guarda Municipal prendeu dez pichadores na Capital, o mesmo número do ano anterior. “Seguiremos juntos com os órgãos de segurança e fiscalização trabalhando pelo bem da cidade”, disse o comandante da Guarda Municipal, Marcelo do Nascimento.

Basta circular pela área central da Capital para identificar prontamente uma ‘paisagem’ que o cidadão, de modo geral, não gosta de apreciar. Na mesma orla do Guaíba, luminárias, lixeiras e até mesmo placas indicativas do “Telefone Vermelho”, que deve ser acionado em caso de urgências e emergências médicas no local, ganharam contornos no tom do vandalismo. “É um absurdo. São as próprias pessoas que destroem o próprio espaço”, critica o dentista Tadeu Sampaio, freqüentador das proximidades. Nesta quarta-feira, foi a vez de um abrigo de ônibus ser pichado, próximo à Usina do Gasômetro. Este é um dos cem novos pontos instalados em novembro de 2022 pela concessionária Eletromidia, que precisou fazer a manutenção do local.

Na Praça da Matriz, localizada próximo à Assembleia Legislativa e o Palácio Piratini, os vândalos marcaram ponto pichando o Monumento a Júlio de Castilhos, tanto na base quanto em pontos mais altos da edificação. Outros cartões-postais da cidade passaram por situações parecidas nos últimos meses, como o monumento a Carlos Drummond de Andrade e Mario Quintana, na Praça da Alfândega, em julho passado, e o Largo dos Açorianos, entre o Centro Histórico e a Cidade Baixa, em setembro.

Imóveis privados não ficam imunes aos atos de pichadores. Muros e fachadas de residências e empresas, inclusive andares mais altos, estão “redesenhados” em diversas ruas do Centro, como Bento Martins, Duque de Caxias, Fernando Machado e Andradas.  

Correio do Povo

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