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segunda-feira, 17 de outubro de 2022

Eleições 2022: Nordeste e pandemia ganham destaque em primeiro debate

 Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT) participaram de encontro dos candidatos à presidência na Bandeirantes



O primeiro debate do segundo turno nas eleições para presidente da República teve atenção especial ao Nordeste, programas assistenciais e para a condução do governo federal na pandemia de Covid-19. Em formato que privilegiava o embate direto entre os candidatos, Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tinham 15 minutos cada, em dois dos quatro blocos, para equacionar entre perguntas, réplicas e tréplicas no encontro realizado na sede da Bandeirantes, em São Paulo, e promovido por um pool de emissoras.

No entanto, mais que perguntas, os candidatos usaram a maior parte do tempo para enaltecer feitos de seus governos e criticar o do adversário, porém, sem subir o tom, de forma mais amena ao que se esperava, dado o nível da campanha, que vem sendo criticado de parte a parte. Somente um direito de resposta foi concedido a Lula, diferente do último debate do primeiro turno, em que ambos tiveram vários pedidos acatados.

Temas como a transposição do Rio São Francisco estiveram na pauta, com Bolsonaro falando que as obras estavam paradas havia dez anos antes de seu governo e Lula rebatendo que somente 3,5% da obra coube ao atual governo.

Os acenos ao Nordeste foram recorrentes por parte de Bolsonaro, que perdeu para o petista em nove estados no primeiro turno. Lula fez 67% dos votos válidos, enquanto Bolsonaro teve 26,8% na região.

Pandemia e vacinas

Grande parte do tempo foi destinado à pandemia, com críticas do petista ao presidente, a quem chamou de "negligente" e questionou demora na compra de vacinas, afirmando que R$ 400 mil mortes poderiam ter sido evitadas, e comparando com a campanha de vacinação contra H1N1, em 2010.

Bolsonaro contestou, dizendo que a primeira vacina fora aprovada em dezembro de 2020, com os primeiros lotes chegando ao país em janeiro de 2021. O presidente acusou o PT do desvio de recursos na pandemia, com a CPI se recusando a investigar. O candidato à reeleição também citou escandalos de corrupção como o Petrolão.

Programas assistenciais

O Auxílio Brasil também foi componente do debate, com Bolsonaro garantindo a continuidade do programa assistencial no valor de R$ 600. Além disso, citou privatizações como forma de amortizar dívidas da União e destinar recursos para programas governamentais.

Lula frisou ser contrário às privatizações e afirmou que o valor proposto pelo adversário não consta na Lei de Diretrizes Orçamentárias para o ano que vem.  Ele disse ter certeza na aprovação de uma reforma tributária, isentando de Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil.

Vídeo polêmico

O assunto que marcou o dia nas horas que antecederam ao debate, o vídeo usado pela campanha de Lula com falas de Bolsonaro referentes a jovens venezuelanas no Distrito Federal, não foi aprofundado, aparecendo em uma fala do próprio presidente, que criticou a relação feita à pedofilia e leu a decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes, que proíbe o PT de usar os vídeos.

Lula limitou-se a dizer que o adversário teve que gravar vídeo desmentindo o que "sabe que é verdade", sem citar diretamente o assunto a que se referia, em outro momento, já no bloco final do programa.

Outros quatro debates estão marcados para o segundo turno. No próximo domingo, será a vez dos presidenciáveis confrontarem suas ideias na Record TV.

Correio do Povo

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