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segunda-feira, 18 de julho de 2022

Europa tem mais de mil mortos por causa do calor extremo

 


A Europa enfrenta há uma semana uma onda de calor extremo que vem causando estragos. As altas temperaturas na última semana, com termômetros em torno de 40ºC, já provocaram pelo menos mil mortes, segundo órgãos de saúde da Espanha e de Portugal. Os países ibéricos, assim como a França, também continuam a combater incêndios florestais que levaram à retirada de milhares de pessoas de suas casas.

A previsão é de que a onda de calor se estenda para além deste final de semana. Segundo meteorologistas, os próximos dias podem registrar novos recordes de temperatura.

No sudoeste da França, pelo menos mil bombeiros seguem mobilizados para conter incêndios florestais que já devastaram mais de 10,5 mil hectares na região de Gironda. Não há registros de vítimas dos incêndios até o momento. No total, mais de 14 mil pessoas, entre moradores e turistas, foram evacuadas de residências e acampamentos na região.

O presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou que a primavera foi muito seca e que este ano já contabiliza três vezes mais área de floresta queimada na comparação com 2020.

A previsão dos serviços meteorológicos é de que as temperaturas ultrapassem os 40ºC em muitas cidades do interior da França nos próximos dias. Em Paris, isso deve acontecer já no início da semana. No último alerta meteorológico, 38 dos 96 departamentos do país foram listados em alerta “laranja”.

Espanha

No país, a onda de calor, que já dura quase uma semana, causou pelo menos 360 mortes, de acordo com dados do Instituto de Saúde Carlos III.

As altas temperaturas, que chegaram a atingir 45,7ºC, também vem causando grandes incêndios florestais. Muitos deles permanecem fora de controle em diferentes partes do país, segundo agências internacionais.

Na região da Galícia, mais de 4 mil hectares foram consumidos pelas chamas. Na província de Málaga, cerca de 3 mil pessoas foram evacuadas devido a um grande incêndio nos arredores de Mijas, uma cidade popular entre os turistas do norte da Europa. Em Extremadura, helicópteros despejaram água para tentar conter as chamas que destruíram 3 mil hectares e formaram espessas nuvens de fumaça.

Além do calor, a falta de chuvas está reduzindo os níveis dos reservatórios no país. Na semana passada, os reservatórios tinham apenas 44% de sua capacidade total, abaixo da média de 66% para este período na última década.

Portugal

Segundo o Ministério da Saúde português, 659 pessoas morreram entre 7 e 13 de julho – a maioria delas idosas – por causa da onda de calor.

Na última semana, quase todos os distritos do país estiveram sob alerta vermelho, o mais grave emitido pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). A cidade de Lousã, na região central de Portugal, atingiu um recorde de 46,3°C.

O primeiro-ministro, Antonio Costa, cancelou uma viagem de Estado a Moçambique para ficar e monitorar os incêndios, que já destruíram mais de 30 mil hectares desde o início do ano.

De acordo com o último relatório conhecido da proteção civil portuguesa, os incêndios da última semana deixaram dois mortos e cerca de sessenta feridos. Desde o início desta onda de calor mais recente, entre 12 mil e 15 mil hectares de floresta queimaram.

Reino Unido

O governo britânico realizou no sábado (16) uma reunião de emergência para coordenar a resposta às altas temperaturas. As autoridades também emitiram um alerta vermelho para calor extremo no início da próxima semana.

O alerta abrange grande parte da Inglaterra no início dessa semana, quando as temperaturas poderão chegar a 40°C pela primeira vez no país, representando um risco de saúde adicional, de acordo com o serviço de meteorologia do Reino Unido (MET). O recorde de temperatura britânico é de 38,7°C, registrado em 2019.

As autoridades aconselharam os moradores de Londres a não pegar o metrô ou viajar nos trens regionais nos próximos dias, a menos que seja absolutamente necessário. Como crianças e idosos são particularmente vulneráveis às altas temperaturas, escolas e casas de repouso também foram instruídas a tomar medidas para proteger estudantes e residentes.

O Sul

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