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segunda-feira, 18 de julho de 2022

Euro valendo menos que o dólar: saiba se o Brasil será impactado com a queda

 


O euro, a moeda comum da União Europeia (UE), caiu ao nível mais baixo em 20 anos, atingindo a paridade com relação à moeda norte-americana, o dólar. As duas moedas atingiram o mesmo valor na semana passada, o que representa uma desvalorização de 15% do euro no último ano.

Isso acontece em um momento em que crescem nos mercados os temores de uma recessão econômica na Europa, em um contexto de alta inflação e crescente incerteza sobre a continuidade do fornecimento de gás russo.

Já se foram os anos em que o euro era tão forte (1,6 vezes o dólar durante a crise financeira global de 2008) que muitos europeus passavam férias nos Estados Unidos em busca de hotéis e comida baratos, voltando para casa com malas cheias de eletrônicos e roupas.

Agora, a situação é completamente diferente, com a Europa sofrendo as consequências econômicas da guerra na Ucrânia e a decisão do Banco Central Europeu de manter inalteradas as taxas de juros.

Qual o motivo?

A desvalorização do euro ocorre em meio a uma crise energética na Europa causada pela invasão russa da Ucrânia. Há uma preocupação com a possibilidade de que esta crise cause uma recessão com consequências imprevistas, uma sombra que se intensificou na última segunda-feira (11) devido à redução na oferta de gás russo, em meio a uma parada para manutenção do gasoduto Nord Stream, e à preocupação de que a inflação continue subindo.

A gigante energética russa Gazprom iniciou dez dias de manutenção em seu gasoduto Nord Stream 1, com a Alemanha e outros países europeus observando ansiosamente se o gás retornará após esta operação. O temor é de que a Rússia possa aproveitar a oportunidade para fechar as válvulas.

América Latina

No caso da América Latina, a paridade entre o euro e o dólar “não tem impacto direto na região”, disse Elijah Oliveros-Rosen, economista sênior da divisão Latin America Global Economics & Research da consultoria S&P. O que essa situação reflete, acrescenta, é que há uma valorização do dólar de forma geral.

Argentina, Chile e Colômbia são os três países que sofreram as piores desvalorizações de suas moedas em relação ao dólar até este momento no ano.

O real brasileiro acumula desvalorização de 14% em relação ao dólar desde abril, quando a moeda nacional estava mais forte, em meio à alta das commodities como consequência da guerra na Ucrânia.

No período recente, além do efeito da alta de juros nos Estados Unidos e do temor de recessão global, que contribuem para a valorização do dólar, o real também tem perdido força devido à preocupação com o descontrole fiscal, após a aprovação da proposta de emenda à Constituição que cria uma série de benefícios às vésperas da eleição.

Mesmo com a fraqueza do real, a moeda brasileira se valorizou em relação ao euro ao longo deste ano.

O Sul

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