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segunda-feira, 18 de julho de 2022

Convenções elevam pressão entre siglas no Rio Grande do Sul

 Quarta-feira começa o período para oficializar os candidatos à disputa deste ano



O calendário eleitoral, que já vinha pressionando partidos e dirigentes, se imporá de vez nesta quarta-feira, data que marca a abertura do prazo de realização das convenções partidárias para a confirmação dos candidatos majoritários e proporcionais. O período vai até o dia 5 de agosto. No Rio Grande do Sul, a esta altura, o mapa eleitoral nunca esteve tão em aberto. São diversas as vagas ainda em branco, na dependência de composições que não se concretizam devido a insistências dos partidos pelo protagonismo, o que levou a uma pulverização de cabeças de chapa.

Por ora, a única chapa completa é a do pré-candidato do PP, Luis Carlos Heinze, que disputará o Piratini com as vereadoras de Porto Alegre Tanise Sabino (PTB), como vice, e Comandante Nádia (PP), ao Senado. Representando o PL na corrida ao governo gaúcho, Onyx Lorenzoni tem o vice-presidente da República, Hamilton Mourão (Republicanos), como pré-candidato ao Senado. Onyx tem feito movimentos junto ao MDB, para quem ofereceu a vice, no caso de recuo em relação à pré-candidatura de Gabriel Souza.

O caso do MDB, aliás, é um dos mais emblemáticos da eleição deste ano. Acostumado a ter candidatos próprios nas últimas dez eleições, o partido está embretado com a pressão das cúpulas nacionais do próprio MDB e também do PSDB, que exige o apoio dos emedebistas a Eduardo Leite para oficializar a aliança com a senadora Simone Tebet (MDB) que concorrerá ao Planalto. Ao contrário do partido no Estado, o MDB nacional não se apega ao protagonismo e desta forma vem garantindo presença no poder independentemente do resultado das urnas.

No campo da esquerda, o PT tem a adesão do PCdoB. Ambos estão juntos em uma federação. O pré-candidato do partido, Edegar Pretto, segue em busca de reforços, mas continua isolado, com as demais vagas da majoritária em aberto. O PSol tem Pedro Ruas como pré-candidato ao Executivo e Roberto Robaina, companheiro de partido, ao Senado, e não dá indicativos de que cederá às investidas petistas.

Outra aliança negociada, mas ainda sem avanços, envolve o PSB de Beto Albuquerque e o PDT de Vieira da Cunha. Já ocorreram diversos encontros, mas nenhum dos dois está disposto a abrir mão da cabeça de chapa para garantir um aliado. Neste caso, o cenário nacional também tem forte influência. Isso porque Geraldo Alckmin (PSB) é vice na chapa de Lula, e o PDT precisa de um palanque para o presidenciável Ciro Gomes no Rio Grande do Sul.

Correio do Povo

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