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domingo, 24 de julho de 2022

Bolsonaro diz que não indicará “ministro abortista” ao Supremo

 


Em mais um aceno ao eleitorado evangélico, o presidente Jair Bolsonaro (PL), que neste domingo (24) oficializará sua candidatura à reeleição durante convenção do PL no Rio, prometeu, caso permaneça no Planalto, não indicar um ministro “abortista” para as duas vagas que serão abertas no Supremo Tribunal Federal (STF) no próximo ano.

A afirmação foi feita durante participação em uma “motociata” durante a Marcha para Jesus, neste sábado (23), no Espírito Santo. Bolsonaro percorreu, ao lado de apoiadores, ruas da capital capixaba, Vitória, e de Vila Velha, município vizinho.

A avaliação do presidente é de que a questão do aborto precisa ser decidida pelo Parlamento, mas ponderou que uma decisão da Suprema Corte colombiana flexibilizou as restrições para o procedimento. Sobre o comportamento de ministros do STF, especulou que metade seria favorável ao aborto, mas que não há “clima” para tratar do assunto.

“Quem porventura chegar a presidência ano que vem colocará em 2023 mais dois ministros no Supremo Tribunal Federal. Se for eu, pode ter certeza: nenhum abortista, da minha parte, será colocado dentro do Supremo Tribunal Federal. Isso está muito claro para mim.”

O presidente também disse aos evangélicos que participaram da Marcha para Jesus que, se depender de “sua caneta”, não haverá legalização do uso de drogas, como a maconha, no País. Durante um discurso feito do alto de um carro de som, Bolsonaro afirmou que reza para que “o povo brasileiro não experimente as dores do comunismo”. Sem mencionar o ex-presidente Lula, que lidera as pesquisas de intenções de voto para o Planalto, disse que “o outro lado” quer o aborto, a ideologia de gênero e a liberação das drogas.

“Todos os dias, quando me levanto, eu repito os gestos e os pensamentos, dobro meus joelhos, elevo meu pensamento ao Senhor e peço que esse povo brasileiro não experimente as dores do comunismo”, disse, ao lado da primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

E acrescentou:

“Peço, mais do que sabedoria, peço força para resistir e coragem para decidir. Nós aos poucos vamos sabendo o que se prepara para o nosso Brasil. Por falta de conhecimento, diz a palavra, o povo pereceu. Vocês já têm conhecimento o suficiente para saber que é uma luta do bem contra o mal. Vocês sabem, o outro lado, o que o mal quer. Quer banalizar o aborto. Quer aprovar a ideologia de gênero. Quer liberar as drogas em nosso País.”

Durante o discurso, ele também afirmou que faria “muito mais” do que dar a vida pela pátria:

“Digo a vocês, mais uma passagem da nossa Bíblia, onde se diz: ‘Nada temeis, nem mesmo a morte, a não ser a morte eterna’. Juramos dar a vida pela nossa pátria, e faremos muito mais do que isso pela nossa liberdade.”

O Sul

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