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sexta-feira, 24 de junho de 2022

Bolsonaro vê desprezo pelas leis e aciona ministérios para apurar aborto em menina

 Presidente escreveu que episódio "causou a morte de um bebê saudável", violou sigilo de Justiça e desprezou leis e princípios éticos


O presidente Jair Bolsonaro acionou dois ministérios para apurar fatos envolvidos no aborto em uma menina de 11 anos em Santa Catarina. A criança, estuprada e induzida por uma juíza a não realizar a interrupção da gravidez, passou pelo procedimento na quarta-feira. Nesta quinta, Bolsonaro declarou que o episódio “causou a morte de um bebê saudável”, violou sigilo de Justiça e desprezou leis e princípios éticos.

“Solicitei ao MJ (Ministério da Justiça) e ao MMFDH (Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos) que apurem os abusos cometidos pelos envolvidos nesse processo que causou a morte de um bebê saudável com 7 meses de gestação, da violação do sigilo de justiça e do total desprezo pelas leis e princípios éticos, à exposição de uma menina de 11 anos”, publicou no Twitter.

O aborto ocorreu após o Ministério Público Federal recomendar o procedimento, analisando que ele está previsto em termos legais no Código Penal por ter sido decorrente de um crime de estupro. Nas redes, Bolsonaro também compartilhou a publicação do deputado federal Filipe Barros (PL-PR), que disse ter ingressado denúncia no Conselho Nacional do Ministério Público contra a procuradora que emitiu a recomendação.

O presidente já havia dito mais cedo, em conversa com apoiadores, que “quem diz que esse caso da menina grávida de sete meses tem que abortar” é quem quer impor uma ditadura no Brasil. O caso de Santa Catarina tomou proporção nacional após informações reveladas pelo site The Intercept Brasil mostrarem que a possibilidade do aborto foi parar na Justiça do estado. Na ocasião, a juíza chegou a questionar a criança, sobre a gravidez fruto de estupro: “Você suportaria ficar mais um pouquinho?”.


R7 e Correio do Povo


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