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quinta-feira, 26 de maio de 2022

Comissões da Câmara querem ouvir ministro sobre atuação de Elon Musk na Amazônia

 Bilionário reuniu-se na última semana com Bolsonaro e Fábio Faria e anunciou projeto de monitoramento da floresta



Quatro comissões na Câmara dos Deputados aprovaram nesta quarta-feira convite ao ministro das Comunicações, Fábio Faria, para prestar esclarecimentos sobre projetos de conectividade e monitoramento na Amazônia em conjunto com a empresa Starlink, do empresário Elon Musk. 

Os convites foram aprovados nas comissões de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática; Fiscalização Financeira e Controle; Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e Amazônia; e Relações Exteriores e de Defesa Nacional. A audiência conjunta deve ocorrer em 8 de junho.

Na última semana, o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ministro Fábio Faria se reuniram com o empresário no Brasil. Antes do encontro, Musk publicou nas redes sociais que estava animado para lançar a rede Starlink para conectar 19 mil escolas em áreas rurais e monitorar a Amazônia.

A visita do empresário ocorreu a convite de Faria para tratar sobre conectividade e proteção da floresta. No encontro, Bolsonaro chamou Musk de "mito da liberdade" e disse que o anúncio da compra do Twitter pelo bilionário, suspensa de forma temporária, é um "sopro de esperança".

Em um dos requerimentos, a deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC) diz que a parceria não foi alvo de licitação formal, tampouco possui um contrato de cooperação assinado. "Nos preocupa especialmente a questão da soberania nacional e o controle e supervisão das informações coletadas por esta rede de satélites. Entendemos que o governo Bolsonaro pretende abrir os céus do país para um empresário estrangeiro que tenta criar raízes por aqui. Parcerias, especialmente tecnológicas, são bem vindas, desde que sejam uma via de mão dupla, com transferência de tecnologia e reforçando nossos programas já existentes", ressaltou.

O outro requerimento é do deputado Ivan Valente (Psol-SP), que defende que "os termos desta parceria devem ser publicizados, primando o controle social na administração pública, o que permite identificar eventuais irregularidades, ou qualquer situação que possa ensejar o confronto entre os interesses públicos e privados".

R7 e Correio do Povo

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