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sexta-feira, 22 de abril de 2022

Macron vence debate na TV e reforça vantagem nas pesquisas

 Presidente francês consolida favoritismo contra candidata da extrema direita, Marine Le Pen



O presidente francês, Emmanuel Macron, venceu o debate de quarta-feira, segundo pesquisas, e consolidou seu favoritismo no segundo turno de domingo, contra a candidata de extrema direita, Marine Le Pen. Três sondagens divulgadas após o encontro mostraram o presidente estável ou subindo ligeiramente, atingindo entre 55,5% e 57,5% das intenções de voto.

O jornal britânico The Guardian descreveu o embate como uma revanche do confronto na TV de 2017, durante o qual a candidata foi extremamente agressiva. Desta vez, Le Pen permaneceu calma, embora ainda debatesse ocasionalmente. O jornal francês Le Monde comparou Macron a uma jiboia - espremendo lentamente sua rival até a morte.

Uma pesquisa do instituto Elabe, para o canal de TV BFM e para o jornal L’Express, mostrou que o presidente foi mais convincente para seis em cada dez espectadores. O resultado reforça a vantagem que as pesquisas de intenção de voto dão a ele às vésperas da votação.

Há cinco anos, Macron desafiava Le Pen no primeiro confronto eleitoral se vendendo como um candidato de fora do sistema. Desta vez, o papel de inquilino do Palácio Eliseu o deixou mais vulnerável, mas ele mostrou ter maior controle das questões colocadas à mesa.

Por isso, para o fundador da agência de comunicação política Plebiscito, Laurent Rossini, Macron foi o vencedor "indiscutível" da noite. O debate atraiu 15,6 milhões de espectadores, a menor audiência já registrada para um evento desse tipo.

Repetição

Le Pen teve de superar o estigma de sua performance anterior, com suas lacunas em questões econômicas, sua agressividade verbal e o sarcasmo com o qual tentou desestabilizar Macron. Desta vez, o presidente sentiu o peso dos ataques, ainda que, segundo Rossini, tenha buscado "parecer presidencial" o tempo todo, com prudência nas palavras e na expressão corporal.

De acordo com a pesquisa do Elabe, os espectadores do único debate entre os dois candidatos, consideraram Macron um pouco arrogante, mas também mais convincente e apto para ser presidente.

Le Pen, que se concentrou em expressar empatia com as pessoas que ela disse que "sofreram" desde que Macron a derrotou, foi considerada mais em sintonia com as preocupações dos eleitores, mas suas opiniões de extrema direita são hoje ainda mais preocupantes, mostrou a pesquisa. "Ela deu a impressão de que está pronta para governar?" disse Le Parisien, em um editorial ontem. "A julgar pelo debate, ela não dissipou essa dúvida."

Faltando poucos dias para o segundo turno, os dois voltaram à campanha ontem. Macron visitou eleitores no subúrbio multicultural de Saint-Denis, em Paris, com forte voto de esquerda. Le Pen foi para o norte da França, onde ela tem seguidores leais, com um último discurso em Arras.

Favoritismo

Macron é apontado como vencedor da eleição, com 56% dos votos, de acordo com uma pesquisa da OpinionWay/Kea Partners, realizada entre 20 e 21 de abril, capturando assim alguns entrevistados após o debate na TV. No entanto, a incerteza sobre o resultado final permanece alta, pois a pesquisa também mostrou que apenas 72% deveriam comparecer às urnas - a menor participação desde 1969.

Apoio da esquerda

Ontem, líderes de centro-esquerda de Alemanha, Espanha e Portugal pediram aos eleitores franceses que escolham Macron. Em um sinal da influência internacional que o resultado da votação presidencial francesa terá, o líder da oposição russa preso, Alexei Navalni, também pediu apoio a Macron, alegando que Le Pen está intimamente ligado às autoridades russas.

Em um artigo publicado ontem em vários jornais europeus, o chanceler alemão, Olaf Scholz, o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchez, e o primeiro-ministro português, Antonio Costa, escreveram que a votação de domingo também é "crítica para a Europa", que "está enfrentando uma mudança de era" devido à invasão russa da Ucrânia. "Os populistas e a extrema direita estão vendo Putin como um modelo ideológico e político, replicando suas ideias chauvinistas", disseram os três.

Agência Estado e Correio do Povo


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