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terça-feira, 21 de dezembro de 2021

Para escapar das dívidas, vale criar um limite de gastos para o Natal

 


Com a inflação corroendo o poder de compra dos brasileiros, sobra pouco para gastar com as despesas das festas de fim de ano. Os presentes e as compras para a ceia de Natal precisam ser bem planejados pelas famílias para os valores não ultrapassarem o orçamento e, o mais importante, não deixarem dívidas para 2022.

Motivos não faltam para adotar uma postura mais responsável com as finanças. De acordo com os dados do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia) da FGV (Fundação Getulio Vargas), a ceia de Natal está quase 8% (7,93%) mais cara neste ano em comparação ao ano passado. Os itens que mais contribuíram para a alta foram frango inteiro, ovos, azeitona, azeite e carne bovina, produtos essenciais para a ceia natalina.

Apesar do aumento, André Braz, economista do Ibre-FGV, afirma que a inflação dos itens de Natal veio abaixo do esperado pelo mercado. No entanto, a percepção não significa que a alta não possa comprometer o orçamento dos brasileiros.

“O desemprego ainda está muito elevado. Então, mesmo vendo os produtos natalinos variarem um pouco menos, muitas famílias não vão poder ter a cesta de Natal que gostariam. É uma situação que não vai se resolver no curto prazo”, avalia.

Para ajudar neste cenário, o site E-Investidor ouviu especialistas em educação financeira e selecionou quatro dicas de como ajustar as finanças pessoais e garantir as compras da ceia de Natal. Confira.

– 1) Adapte a ceia ao seu orçamentoO primeiro passo na hora de pensar na ceia de fim de ano, de acordo com os especialistas em educação financeira, é identificar quanto você pode gastar e, depois, estabelecer um limite. Dessa forma, você não prejudica o pagamento das despesas essenciais, como água, luz e telefone. Ao concluir esse processo, o consumidor terá condições de visualizar os itens que poderão ser substituídos por produtos mais baratos e adaptar a ceia ao seu orçamento atual. “No caso das nozes, amêndoas e avelãs, o ideal é trocar por frutas da estação, porque mesmo que estejam mais caras é possível economizar”, explica Aline Soaper, educadora financeira e idealizadora do Instituto Soaper, plataforma de ensino de educação financeira. A mesma recomendação é válida para os produtos estrangeiros. Com a valorização do dólar frente ao real, os itens importados podem estar com preços acima da média.

– 2) Pesquise preçosAntes de ir às compras, o ideal é que você faça uma lista dos itens que você precisa e deseja ter na sua ceia de fim de ano. Ao ter em mãos os principais produtos que devem ser comprados, a recomendação é pesquisar em diversos supermercados e buscar o melhor preço, principalmente quando a ceia for preparada para um grande número de pessoas. “Pequenas diferenças de preço podem se tornar muito relevantes na hora que você compra grandes volumes. Então, é preciso pesquisar, inclusive, na internet. Há diferença de preço entre os fornecedores e a pesquisa pode ajudar bastante”, afirma Valter Police, planejador fiduciário e head da Academia Fiduc, fintech de investimentos e planejamento financeiro. Pesquisar antes de comprar pode ajudar o consumidor a encontrar promoções que farão a diferença nas despesas da ceia de fim de ano.

– 3) Não utilize cartão de créditoNa hora de ir às compras, não é interessante comprar os produtos da ceia no cartão de crédito e muito menos parcelar. De acordo com Desiree Mota, conselheira Regional de Economia do Ceará (Corecon/CE), quando o consumidor escolhe essa forma de pagamento, ele pode comprometer o orçamento dos meses subsequentes e, nesse caso, entrar o ano de 2022 com dívidas. “Cuidado ao utilizar o cartão de crédito. Os valores devem estar dentro do orçamento dos próximos meses para que não seja necessário recorrer ao crédito”, explica Mota.

– 4) Tente se organizar ao longo do anoMas para não ficar com o orçamento apertado nesta época do ano, o ideal é que as pessoas se organizem ao longo dos meses para que tenham recursos a mais para gastar no mês de dezembro. Segundo Mota, as famílias podem poupar, caso seja viável, pelo menos 10% da sua renda mensal ao longo dos meses de janeiro a novembro. Para alcançar esse objetivo, a organização financeira é essencial. “Anote todas as suas receitas e despesas. Reserve pelo menos 10% do que você ganha para compor a sua reserva de emergência. Ao chegar o fim do ano, você terá recursos para a tão sonhada ceia de Natal”, sugere Mota. As informações são do site E-Investidor, do jornal O Estado de S. Paulo.

O Sul

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