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sábado, 4 de dezembro de 2021

Joe Biden promete impedir possível invasão russa à Ucrânia

 Presidentes americano e russo deverão se reunir na próxima semana para discutir sobre a tensão na fronteira ucraniana


O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nesta sexta-feira (3) que dificultará ao máximo qualquer tentativa de invasão russa na Ucrânia, um país em estado de alerta devido à concentração de tropas russas na fronteira comum.

A Rússia tem concentrado tropas perto do território ucraniano, o que, segundo o governo dos Estados Unidos e da Ucrânia, seria um indicativo de que os russos preparam um ataque em grande escala para o próximo mês.

Biden e o presidente russo, Vladimir Putin, se reunirão por videoconferência para conversar sobre a crescente tensão na região, confirmaram ambas as partes.

De Washington, Biden revelou que os Estados Unidos preparam um pacote de medidas para frear um avanço russo na Ucrânia.

"O que estou fazendo é reunir o que acredito que será o conjunto de iniciativas mais completo e significativo para que seja muito, muito difícil para [o líder russo, Vladimir] Putin seguir adiante e fazer o que as pessoas se preocupam que ele possa fazer", disse Biden aos jornalistas.

Ao ser questionado se havia falado com Putin na manhã desta sexta, Biden exclamou "não", enquanto deixava a coletiva de imprensa em Washington sobre os números do desemprego. O presidente americano não deu mais detalhes sobre as "iniciativas" que planeja colocar em prática na Ucrânia.

Os russos se apoderaram da península da Crimeia pertencente à Ucrânia em 2014 e, desde então, vem apoiando os separatistas pró-Rússia que lutam contra o governo central ucraniano no leste do país. O conflito já deixou mais de 13 mil mortos.

"Esta é nossa terra"

"O momento mais provável para alcançar a justa preparação para a escalada será no fim de janeiro" próximo, disse nesta sexta-feira o ministro da Defesa ucraniano, Oleksiy Reznikov, ao Parlamento em Kiev.

O ministro observou que um "período de treinamento de inverno" já havia começado na Rússia e que Moscou chegou a realizar manobras perto do território ucraniano, posicionando cerca de 100 mil soldados nos arredores da fronteira.

O governo russo, por sua vez, negou as acusações ucranianas e responsabilizou os Estados Unidos por supostamente alimentar as tensões. Na frente de batalha no leste da Ucrânia, as tropas governamentais disseram que estavam prontas para repelir qualquer ataque da Rússia.

"Nossa tarefa é simples: não deixar que o inimigo entre em nosso país", declarou à AFP um soldado chamado Andriy, de 29 anos, enquanto fumava dentro de uma trincheira perto de Svitlodarsk, a primeira cidade na linha de frente.

"Todos os nossos rapazes estão prontos para conter [os russos]. Esta é a nossa terra, e a protegeremos até o fim", acrescentou outro soldado, Yevgen, de 24 anos.

O assessor de política externa do Kremlin, Yuri Ushakov, garantiu aos jornalistas que já foi marcada uma data para uma videoconferência entre os presidentes americano e russo, mas que a mesma não seria anunciada antes de estabelecer os detalhes finais das conversas.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse que a reunião virtual seria realizada "em breve".

As tensões cresceram nas últimas semanas depois de Blinken ter alertado a Rússia contra uma possível invasão da Ucrânia.

Apesar do aumento dos contatos entre os dois países adversários desde que Putin e Biden se reuniram pela primeira vez em uma cúpula em Genebra, na Suíça, em junho, as tensões continuam elevadas.

Além do conflito na Ucrânia, Rússia e Estados Unidos continuam discutindo sobre ciberataques e o contingente de funcionários de suas embaixadas, depois de vários episódios envolvendo a expulsão de diplomatas.

Por outro lado, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, disse à AFP nesta sexta que rechaça qualquer esforço para que seu país abandone os planos de se juntar à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

A Otan abriu oficialmente as portas para a entrada da Ucrânia em 2008. Contudo, os avanços foram pequenos desde então.


AFP e Correio do Povo


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