O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira (17) que o problema do Brasil não será o crescimento baixo, mas a inflação em 2022.
Ao participar de evento promovido pelo Bradesco BBI, ele afirmou que haverá desaceleração cíclica, em meio ao ciclo de aperto monetário conduzido pelo Banco Central para domar a inflação, mas frisou que o pano de fundo é de crescimento sustentável da economia baseado em investimentos privados.
“É verdade que juros vão subir com luta do BC para controlar inflação… mas estamos realmente fazendo a transição para crescimento sustentável em todos os setores”, disse ele.
Segundo Guedes, as conversas mantidas pelo governo em viagem aos Emirados Árabes assegurou ao país compromisso de investimentos de 10 bilhões de dólares em 10 anos.
Reforma administrativa
No mesmo evento, o ministro Guedes disse que acredita na aprovação da reforma administrativa no Congresso ainda neste ano. Por outro lado, fez críticas a lobbies que estariam atrasando a tramitação da reforma do imposto de renda no Senado.
“Espero que a gente consiga aprovar ainda neste ano a reforma administrativa”, afirmou Guedes.
A mesma confiança, no entanto, não foi depositada em relação ao andamento do capítulo da reforma tributária que trata de mudanças no imposto de renda.
O ministro deverá prestar explicações sobre a offshore que mantém em paraíso fiscal na próxima terça-feira (23), na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados. A audiência deveria ocorrer na terça (16), mas Guedes enviou ofício à comissão, informando que não compareceria por causa de viagem oficial a Dubai com o presidente da República, Jair Bolsonaro.
Guedes também tinha cancelado a participação em audiência anterior marcada para a última quarta-feira (10). Durante a votação da PEC dos Precatórios já circulava o rumor de que ele não compareceria. A hashtag “Cadê o Guedes”, usada pelo deputado federal Rodrigo Maia, chegou a reunir uma série de postagens no Twitter de parlamentares, autoridades e da população contra o ministro.
O Sul
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