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quarta-feira, 17 de novembro de 2021

Câmara convoca Guedes para explicar offshore na próxima terça-feira

 Audiência está prevista para ocorrer às 9h30; Comissão do Trabalho diz que tomará medidas cabíveis caso ele não compareça


O ministro da economia, Paulo Guedes, deverá prestar explicações sobre a offshore que mantém em paraíso fiscal na próxima terça-feira (23), às 9h30, na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados. A audiência deveria ocorrer hoje, mas Guedes enviou ofício à comissão, na última sexta-feira, informando que não compareceria por causa de viagem oficial a Dubai com o presidente da República, Jair Bolsonaro.

Guedes também tinha cancelado a participação em audiência anterior marcada para a última quarta-feira. Durante a votação da PEC dos Precatórios, na sessão de terça-feira da Câmara dos Deputados, já circulava o rumor de que ele não compareceria. A hashtag “Cadê o Guedes”, usada pelo deputado federal Rodrigo Maia, chegou a reunir uma série de postagens no Twitter de parlamentares, autoridades e da população contra o ministro.

Diante das desistências, o presidente da comissão, Afonso Motta (PDT-RS), decidiu fazer uma convocação. Agora, diferentemente do convite, o ministro é obrigado a ir pessoalmente à audiência. Em nota, a comissão destacou que "serão tomadas medidas cabíveis” se Guedes não comparecer. 

O ministro vai ter que explicar a empresa que possui fora do país e os negócios mantidos mesmo depois de fazer parte do governo federal, em 2019. As informações foram apontadas pela Pandora Papers, investigação sobre offshores abertas em paraísos fiscais, como as Ilhas Virgens Britânicas, no Caribe, onde estão as empresas de Guedes. Ele afirma que os empreendimentos estão declarados na Receita Federal e nega irregularidades.

Na última quinta-feira (15), o deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) afirmou ainda que o ministro da Economia omitiu do governo que sua filha é diretora de offshore no Caribe. Vaz informou que enviará uma representação ao MPF (Ministério Público Federal) com base nos novos fatos.


R7 e Correio do Povo

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