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segunda-feira, 8 de março de 2021

Por que o prazo para pagamento de empréstimos está tão longo? Especialistas explicam

  por KARILAYN AREIAS

Dentre os fatores que podem ter influenciado esse prazo maior estão os estímulos dados à renegociação de dívidas devido à pandemia e a forte queda na taxa básica de juros, apontam especialistas  

Rio - Dados divulgados recentemente pelo Banco Central mostraram que os prazos para pagamentos de empréstimos nunca estiveram tão altos. Segundo a organização, os financiamentos concedidos em dezembro de 2020, tiveram um período de pagamento de 61 meses, abaixo apenas dos meses de junho e julho, pico da pandemia.
 
Em 2016, por exemplo, esse prazo taxa estava em 52 meses. De acordo com especialistas ouvidos pelo DIA, entre os fatores que podem ter influenciado esse prazo maior estão os estímulos dados à renegociação de dívidas devido à pandemia e a forte queda na taxa básica de juros.  

"Levando em consideração os efeitos da pandemia no Brasil e no mundo, o prazo prolongado serve para ajudar na saúde financeira. A flexibilização gera maior equilíbrio no fluxo de caixa e mantém a liquidez, garantindo um maior fôlego no curto prazo às empresas e pessoas", explica Ana Paula Pisaneschi, CEO do Uffa, plataforma de serviços financeiros que conecta empresas às pessoas e pessoas às empresas para resolução de dívidas.

Com tanto tempo para o pagamento, um preocupação comum a quem recorreu a um empréstimo é como não se endividar. Segundo o especialista em finanças, Alexandre Prado, a organização e educação financeiras são essenciais para a medida não se tornar uma bola de neve. "Para não se enrolar é preciso manter as finanças sob controle. Não pode entrar naquela de gastar mais do que tem e é preciso destinar uma parte do que ganha para pagar o empréstimo", analisa. 

Já o economista e sócio do escritório WGSA, Renato W. Gomes, ressalta a importância de se analisar quando vale a pena solicitar um empréstimo. "Geralmente vale a pena pegar dinheiro emprestado em três ocasiões: se você está em um momento em que sua renda estabilizou ou aumentou e o empréstimo se encaixa na sua renda; Se você tem um projeto de investimento em a taxa de retorno é maior do que o custo do empréstimo; E para pagar dívidas se o empréstimo atual tiver uma taxa de juros menor do que a cobrada pelo credor".  

Para Ana Paula Pisaneschi, o empréstimo também pode ser uma solução caso a pessoa não tenha uma reserva de emergência para imprevisto. "Poupar ainda não é um hábito adquirido para a maioria dos brasileiros e, quando imprevistos acontecem, falta a reserva de emergência para tratar daquele problema pontual. Além disso, com o agravamento da pandemia o surgimento de problemas financeiros se intensificou nas famílias.  

Quando o valor total das despesas é maior do que a renda, pode ser mais vantajoso buscar linhas de empréstimo mais adequadas ao perfil individual.

Entrar no cheque especial ou no rotativo do cartão sempre é a pior opção, uma vez que as taxas de juros praticadas são mais altas do que muitas linhas de crédito disponíveis no mercado", diz.   

Fonte: O Dia Online - 07/03/2021 e SOS Consumidor

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