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quarta-feira, 8 de julho de 2020

RS enfrenta inundações, faltas de luz e deslizamentos durante ciclone

Acumulados de chuva chegaram a 200mm em pontos da região Norte

Zona Norte teve estragos nas vias e carros inundados

A chuva forte e as rajadas de vento previstas pela meteorologia por conta do novo ciclone que chegou ao RS se concretizaram durante toda a terça-feira. Segundo a MetSul, as precipitações superaram 200 mm em localidades da Metade Norte, causando inundações e deslizamentos de terra pelo Estado. Um homem foi soterrado em Caxias do Sul. Em Porto Alegre, onde a chuva chegou a 105 mm, houve alagamentos e bloqueios de vias por quedas de árvores. Não há relatos de feridos na Capital.
No bairro Sarandi, ruas ficaram inteiramente alagadas, como na avenida de mesmo nome. Veículos chegaram a boiar, arrastados, sem motoristas no interior. Um Corsa Sedan e uma van foram flagrados com água até as janelas.
Moradora há mais de 20 anos na região, Teresinha Lopes já está acostumada com este tipo de cena. “É muito triste. Enquanto não parar a chuva, o alagamento não termina, só umas três horas depois”, conta a senhora. Segundo ela, o nível da água já chegou a oito metros. Pessoas ficaram ilhadas entre as ruas Igapó e Ararás. No bairro Ipanema, a avenida Tramandaí foi bloqueada em diversos pontos por conta do acúmulo de água. Era possível visualizar pequenas correntezas se formando.
Semáforos como o da esquina entre as avenidas Farrapos e Sertório e da avenida Túlio de Rose com rua Antônio Carlos Berta, chegaram a ficar fora de operação. Até as 20h desta terça-feira, a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) registrou três pontos de alagamentos com bloqueio total de vias e 21 pontos de acúmulo de água com bloqueio parcial em razão da chuva que atingiu a Capital.
Um conjunto de sinaleiras estava em operação manual pelos agentes de trânsito por causa de falta de energia. Cerca de 120 agentes da EPTC foram às ruas, enquanto outra equipe monitorava mais de 200 câmeras. As equipes de fiscalização e manutenção elétrica da EPTC foram reforçadas e deslocadas, aos locais mais críticos e com maior risco de acidentes, para monitorar a circulação, restaurar a sinalização e auxiliar os usuários.
Com os ventos soprando a 70 km/h, árvores caíram em pontos diversos da cidade. As equipes de manejo arbóreo da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SMSUrb) atenderam 35 casos. Os serviços foram concluídos na maioria destes pontos. Um deles, aconteceu na avenida Wenceslau Escobar, bairro Tristeza. Uma árvore de grande porte deixou a via com uma faixa liberada e, ainda assim, com trânsito bem lento até a remoção do tronco.
“É normal acontecer isso. Como tem muito barranco por aqui, volta e veia acontece, quanto mais alta for a numeração, já que é uma subida”, diz o morador Walter Faleiro. Bloqueios totais das vias ocorreram nas ruas Pinheiro Machado com rua Gonçalo de Carvalho, no bairro Independência, rua Mariz e Barros com rua Professor Ivo Corseuil, bairro Petrópolis, e rua Comandaí com rua Itapitocaí, bairro Cristal.
A CEEE Distribuição foi acionada pela Defesa Civil e Corpo de Bombeiros para atuar na rua Arroio Grande esquina com a Otto Niemeyer. Em função de risco de choque elétrico devido à enchente no local, a concessionária precisou desligar um alimentador para equipe poder entrar na área e desligar os transformadores existentes. Foram impactados 4,2 mil clientes de parte dos bairros Camaquã, Cavalhada, Nonoai e Tristeza. Segundo a assessoria da Companhia, a situação foi acompanhada junto às autoridades para retomar o abastecimento de forma segura à população.
Equipes do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) ficaram de prontidão para atendimento a casos de acúmulo de água e alagamentos.
Correio do Povo

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