A formação de uma frente única de oposição ao governo Jair Bolsonaro, que sofre desgaste por causa da pandemia de coronavírus e da tensão com os demais poderes, por enquanto não passa de um discurso. Mesmo com a crise de popularidade do governo, os partidos de esquerda não conseguem "falar a mesma língua".
Dois episódios recentes ilustram bem a situação: o endosso ao pedido de impeachment de Bolsonaro e às manifestações de rua. Partidos como PDT e PSB lançaram em abril o movimento Impeachment Já, com outros partidos, logo após o pedido de demissão do ex-ministro Sergio Moro. O PT foi convidado a aderir ao movimento, mas se recusou afirmando que ainda não era hora. Mas, no fim de maio, os petistas apresentaram um pedido de impeachment em separado, com apoio do Psol e do PCdoB.
O desentendimento sobre as manifestações ocorreu na quinta-feira (5) e mais uma vez teve o PT como protagonista. No dia anterior, diante do risco de haver novos casos de violência, partidos de oposição ao governo no Senado, incluindo o Partido dos Trabalhadores, recomendaram que as pessoas não fossem às manifestações previstas para o último domingo (7).
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