A bolsa e a ameaça ambiental; Marco do Saneamento; Google quer vistos nos EUA

O pedido de fundos de investimento ao Brasil, ontem, para que pare o desmatamento na Amazônia se soma ao debate global sobre a questão ambiental durante a pandemia, um dos temas que abordamos nesta quarta-feira. A Desperta destaca ainda o novo marco do Saneamento e as projeções econômicas do FMI. Boa leitura.
Desmatamento na Amazônia: pandemia pode gerar afrouxamento de regras ambientais em todo o mundo | REUTERS/Ricardo Moraes/File
1 - CRISE AMBIENTAL
A relação entre a crise do coronavírus e a crise ambiental volta ao radar nesta quarta-feira. Reportagem do jornal britânico Financial Times mostra que o governo americano está aproveitando a pandemia para afrouxar regras ambientais para a construção de rodovias e gasodutos, definidas na gestão de Barack Obama. O debate em curso nos Estados Unidos encontra eco em outros países, sobretudo no Brasil. Os números de desmatamento na Floresta Amazônica podem bater recorde em 2020. Ontem, um grupo de fundos de investimento que gerenciam ativos de 4 trilhões de dólares pediu ao Brasil que suspenda o desmatamento da floresta. Segundo eles, a perda da biodiversidade e o aumento nas emissões de carbono é um “risco sistêmico” que afeta seus portfólios de investimento. Apesar dos movimentos, os riscos climáticos são, na prática, ignorados pelas empresas em suas projeções, como mostrou um novo estudo nesta semana. Mais da metade reconhece que as mudanças climáticas representam riscos financeiros, mas apenas 10% traçam cenários para esses casos.
2 - PROJEÇÕES DO FMI
Um novo relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) a ser divulgado na manhã desta quarta-feira trará as novas previsões sobre os impactos do coronavírus na economia. As perspectivas, infelizmente, não são nada positivas. Os novos indicadores devem mostrar uma recessão ainda mais aprofundada do que se previa há alguns meses. Mesmo nos países que já saíram da quarentena, a retomada da atividade econômica continua lenta. No relatório de abril, o FMI previa uma queda de 5,9% da economia americana em 2020, seguida de um crescimento de 4,7% em 2021. Para o Brasil, a estimativa era de uma queda 5,3% em 2020, e um crescimento de 2,9% no ano que vem. É possível que o FMI apresente hoje projeções ainda menos otimistas.
3 - MISSÃO SANEAMENTO
Depois de tramitar mais de seis meses no Congresso, o marco regulatório do saneamento básico será votado nesta quarta-feira, no Senado. A expectativa é que a medida seja aprovada. O projeto cria novas metas e estabelecimento de direitos e deveres para a concessão dos serviços de água e esgoto, sem uma renovação automática com as companhias estaduais como acontece hoje. Com o marco regulatório, a renovação só será permitida se a rede de distruição de água chegar a 90% da população, o que só 6% das cidades cumprem no momento. Em todo o país, 35 milhões de pessoas não têm acesso a água tratada e metade não conta com coleta de esgoto, situação que a pandemia do coronavírus e as necessidades maiores de higiene ajuda a escancarar. A discussão é urgente. 
4 - SEM VISTOS, SEM GOOGLE?
Entra em vigor nesta quarta-feira nos Estados Unidos o decreto do presidente Donald Trump que suspende a concessão de vistos a várias categorias de estrangeiros. A medida, assinada na segunda-feira, tem gerado críticas por parte de grandes empresas americanas, sobretudo as do setor de tecnologia, que afirmam que serão prejudicadas pela redução da oferta de profissionais qualificados. Só Google e Apple contrataram em 2019 mais de 3.000 trabalhadores estrangeiros com o visto H-1B, no qual se enquadram profissionais de tecnologia. Em post no Twitter, o presidente da Alphabet e do Google, Sundar Pichai, que nasceu na Índia, disse que "a imigração contribuiu imensamente para o sucesso econômico da América" e "para fazer do Google a empresa que é hoje". A estimativa é que o decreto barre a entrada de 325.000 imigrantes neste ano.
 
O Brasil registrou 1.364 novas mortes por covid-19 no balanço de terça-feira, segundo maior número diário. O total chega agora a 52.771 mortes e 1,15 milhão de infectados.

A situação da pandemia nas capitais da região Sul, outrora confortável, começou a piorar nos últimos dias e já causa lotação em algumas UTIs. Veja os números.

O ouro atingiu na madrugada desta quarta-feira sua maior cotação em oito anos com temor dos mercados globais sobre o aumento de casos de covid-19 nos EUA. As bolsas europeias abriram em forte baixa.

O Senado aprovou o texto-base da proposta que adia as eleições municipais de outubro deste ano para 15 e 29 de novembro.

O Banco Central e o Cade, conselho de defesa da concorrência, mandaram paralisar temporariamente a opção de pagamentos via WhatsApp. O BC diz que estuda o caso para buscar um ambiente "competitivo". 
 
"A raiva é um sentimento de alto engajamento". A avaliação é da consultora e pioneira na Netflix, Kate O'Neill. Ela afirma que, embora esse comportamento explique o sucesso de alguns conteúdos nas redes sociais, ele pode ser prejudiciais às próprias redes no futuro. Leia a entrevista.

O futebol brasileiro deve perder até 2,5 bilhões de reais em receita com a pandemia em 2020, segundo novo estudo exclusivo, podendo voltar a patamares de 2010. Veja a situação de cada time.

De ferrovias a batatas, por que está em alta o interesse por dívidas de empresas, os chamados CRIs e CRAs.

Quais serão as profissões do futuro? Neste vídeo da série Examinando, entenda em seis minutos as tendências do mercado de trabalho nos próximos dois anos.

Após três meses fechado, um salão em Nova York reabriu com fila de espera para cortes de cabelo de 5.000 reais.
Lives
12h - Títulos Bancários – Entenda tudo sobre a garantia do FGC
Com Daniel Lima, CEO do FGC, Odilon Costa, da Exame Research, e Bruno Carvalho, do BTG Pactual 
(veja no YouTube)
Bolsa
HOJE | Xangai / +0,30%
Tóquio / +0,06%
Londres / -2,48% (às 7h)

ONTEM | Ibovespa / +0,67%
S&P 500 / +0,43%
Dólar / 5,15 reais (-2,26%)
A França permitiu a reabertura dos cinemas nesta semana e a rede MK2, em Paris, fez uma ação diferente para conscientizar os clientes sobre o distanciamento: colocou bonecos dos Minions entre uma poltrona e outra. Veja as fotos e conheça outra ação dos Minions contra o coronavírus com a Organização Mundial da Saúde. 
Minions: usados para manter o distanciamento em cinema reaberto na França | Benoit Tessier/Reuters

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